Augusto Alberto
Conta, conta uma estória belzebu. Conto, sim senhor. É
preciso esclarecer, que desde tempos muito antigos, há no reino, uns belzebus,
mais do que os restantes homens. Como assim? Houve a bizarra estória, que
valida a casta. Alguns belzebus, deslocaram-se ao Brasil, para participar num
fantástico casamento e festa de fim de ano. O grande belzebu, comendador
Eduardo Rangel, convidou os belzebus que em altos cargos, decidem como fazer, e
pagou. Eu chamo-lhes, a choldra. E isso é mau? O quê? A choldra? Se é! O grande
belzebu, resfolga e escoicinha, até conseguir chegar à teta do estado, que se
lhe cola ao focinho, como grude. Entendo! Então, para que a estória se
complete, diz-me os nomes da choldra? De um fôlego. Os presenteados, foram o
secretário de Estado adjunto da Economia, Almeida Henriques, Fernando Gomes
(presidente da F.P.F.), António Salvador (presidente do Sp. Braga), Fernando
Seara, (Presidente da Câmara Municipal de Sintra) e sua esposa, Judite Sousa,
Luís Filipe Menezes, (presidente da Câmara Municipal de Gaia), Luís Montenegro,
(líder parlamentar do PSD), João Soares e Marcos Perestrelo, (a nata do P. S.),
Luís Campos Ferreira, (deputado social democrata) e Marques Mendes, (um dos
belzebus avençados do regime, parasita e opinador minimalista).
Estiveram, copiosos e em conclave, na Pousada da Bica de
Pedra, em Maceió, para parodiar e congeminar o melhor modo de entrar no curral
das galinhas, para as trucidar. Perguntar-me-ás, que nos interessa o conclave?
E eu digo-te. A questão central, está no modo como se reparte a paparoca.
Enquanto alguns belzebus vão ao Brasil, para parodiar, entre caviar, moet,
tinto vale meão, tomar um banho com sais, dormir em cama fofa e arejada,
“pinar”, recuperar, e no outro dia, estar pronto para achocolatar ao sol,
milhares de homens, nas nossas cidades, só tiveram direito à fatia de bolo-rei,
na tenda dos voluntários do exército contra a fome. Isso é grave? Como? Se a
“pivot”, convidada a Maceió, Judite de Sousa, quisesse, por uma santa noite,
ser santa, em lugar de belzebu, convidaria para a sua entrevista semanal, não
um belzebu que por norma assume a defesa ideológica do sistema, mas um sem
abrigo, para ouvir a estória de quem, após o bolo-rei, teve de voltar ás caixas
de cartão, para passar a noite deitado sobre as pedras da calçada. Logo
perceberias, como no reino, há os homens ricos e os que, para além de pobres,
são ainda tansos. Percebo! É como a história da enfática pataca. Euro a
mim…euro a mim…euro a mim…e euro a mim… e tu, se quiseres a fatia de bolo-rei,
nesta noite de consolação, vai à tenda dos voluntários conta a fome. Mas
apressa-te, porque o tempo, ali, também é escasso. Brilhante observação.
Agora, toma atenção, em como belzebus transfigurados em
raposas, de porta aberta, entram no galinheiro, para de seguida devorarem os
galináceos. A TAP, contratou e gastou 3 milhões de euros, com o escritório dos
advogados, Rui Pena & Arnaut, (verdadeiros quadradões do PPD/PSD), para
assessoria, em referência à privatização da TAP. Enquanto o único candidato à
privatização, German Efromovich, gastou 1,5 milhões de euros, envolvendo 40
pessoas no processo. Limpo, sem rasto de penas.
Mas então, quando é que acaba a nossa cepa torta, avô? Não
sei, netinha. Até lá, tenho a firme convicção, de que muito galináceo vai sendo
depenado, enquanto boceja.