Augusto Alberto
O centro de estatística da Associação Nacional das pequenas e médias empresas e a Universidade Fernando Pessoa, fizeram uma denúncia que envergonha. O que disseram: que a região norte do país é a região mais pobre de Portugal e está entre as 30 mais pobres das 254 regiões da UE25, enquanto Trás-os-Montes, é classificada como a sub-região mais pobre da UE27, apesar dos muitos milhões, creio que se falou em 7 mil milhões de euros, distribuídos, para que em 2006 a região ganhasse melhor fôlego. Aliás, recomenda o presidente da referida associação, vai sendo cada vez mais a regra, não consta que seja comunista ou que para lá caminhe, portanto, por aqui não há cassete, que se avalie como se aplicaram os fundos, quem lucrou e como? Pela certa, será um pedido que cairá em saco roto. O hábito. Embora a julgar pelos factos, alguém os tenha bem atados.
Vamos chegando ao ponto que se recomenda, que se saiba quem são os culpados por este estado de coisas. A democracia chegou há 35 anos, não sendo um tempo brutal, é ainda assim um tempo já bastante para que muita coisa socialmente tenha mudado.
Estando as coisas assim, também vai sendo tempo de perguntar porque razão, ainda hoje, se quer acusar os comunistas por coisas pelas quais não são culpados? A norte, no parlamento, só existe 1 deputado eleito pelo círculo de Braga. Sabe-se que não têm responsabilidades de liderança autárquica, salvo um ou outro vereador ou presidente de junta. Também não são da sua responsabilidade a eleição da tralha do Loureiro, da Felgueiras, do Avelino, do Mesquita… E se se quiser ir mais fundo, não consta que algum dos banqueiros, amigos do Presidente Cavaco e da D. Manuela, seja comunistas. Pode-se falar do banqueiro Loureiro, do banqueiro Arlindo de Carvalho, do banqueiro Costa, do banqueiro, com ar de yuppe e diletante, Rendeiro, e outros banqueiros que o tempo nos revelará…Nesta matéria, o Dr. Cavaco corre o sério risco de ter um governo na sombra. Isto é, se se for para lá do inicio. Temos nesta como em outras matérias, razões para desconfiar. Gente, ainda, como o Coelho, que sempre sabe onde estão as melhores cenouras. O Vara da Caixa. Os avençados, Vitorino e Júdice. Aquele rapaz amarelo que prestou um servição, Torres Couto e outros coitos, que se saibam, também não são comunistas. E se alguns o foram antes, e hoje dizem o seu contrário, foi porque tiveram tremuras.
Porque as coisas estão assim, logo veio aquele que parece o “tolinho” da Madeira, mas pouco, chutar responsabilidades. O D. Jardim tem uma virtude, diz aquilo que outros gostariam de dizer, mas por falta de coragem ou porque o tempo ainda está verde, vão estando mudos, ainda que à boleia, lá conseguem meio engasgados, de quando em vez, dizer que afinal, bem vistas as coisas, se calhar, talvez, a democracia. Uma merda! Tenham a coragem, filhos. Esta implicância com os comunistas tem razões. Lançar cortinas de fumo para desviar atenções e fugir à responsabilidade, como se depreende do pedido feito pelo presidente da referida associação das pequenas e médias empresas. É mais fácil implicar com os comunistas, e pronto...deixar a via limpa de gente que resiste.
O D. Jardim gostaria de ser um “duce”, mas o tempo ainda vai verde. Mas… uma vez, disse a um conhecido, que me chamou tolo, porque a Europa, patatipatatá, que os “duces” ainda por ai andam, que em vez de me chamar tolo, se precatasse, no momento, todos serão abençoados com a sua parte.
Que não haja dúvidas.