sábado, 26 de julho de 2008

Obama, o iluminado (croniqueta de fim-de-semana)


Para além das tretas do costume, aldrabices, contradições, demagogias, e outras coisas que tais, com o discurso a falar ao sentimento, o candidato Obama conseguiu, pelo menos aparentemente, trazer algo de novo.
Mas as tretas não passaram do “dejá vu”, como aquelas tiradas de que o caminho é derrubar muros ou o objectivo de um mundo sem armas nucleares. Como se o mundo não soubesse que foram eles os únicos que as usaram.
As contradições aparecem logo a seguir. Que a Europa, coisa e tal, tal e coisa, deve-se envolver nas guerras de agressão que os States decidam fazer. Porque eles, sozinhos, já não conseguem resolver os problemas que eles próprios criaram, ou vão criando.
De novo, de novo, surge o facto de Obama ir fazendo comícios por tudo quanto é sítio fora dos Estados Unidos. Tudo, também não é bem assim. Na América Latina, à excepção da Colômbia, será algo difícil.
Facto esse que me trouxe à memória a teoria de Frank Zappa. Aquela de que todos os cidadãos do mundo deveriam ter direito a votar nas eleições americanas, uma vez que os Estados Unidos se imiscuem em todos os países que lhes apetece, consoante os seus próprios interesses, e praticam a ingerência nos seus governos. E não é propriamente democracia, paz ou decência que os américas têm para exportar. Até agora nunca fomos capazes de as vislumbrar.
Quando me for concedido o direito de votar, votarei em branco. Mas apesar de não dar o voto a Obama, não quero deixar de lhe dedicar esta canção.
Aí vai:



1 comentário:

Anónimo disse...

Ai que o mafarrico do demo agora mascarou-se de preto simpático! Ai que eu ia caindo na fantasia não fosse o alerta vermelho do sr. Campos, sempre solícito a apontar o dedo aos mauzões dos americanos! Deus Nosso Senhor e S. Cunhal lhe guardem essa esperteza...