domingo, 18 de outubro de 2009

Um aliado insuspeito

Tenho defendido, aliás é uma conclusão das minhas reflexões políticas, que o “ps” é um partido de direita, reaccionário. Cheguei a esta conclusão a partir da análise das suas governações, do seu “modus operandi”, do estado em que está o país. Acho que nem é preciso ser muito entendido em política, muito menos ser politólogo, para isso se concluir.
Mas muita gente não concorda comigo, sobretudo os “xuxas”, os que com quem não consigo evitar de conversar e com quem o tema da política, desagradavelmente para mim, vem à baila.
Noto que eles gostam de se considerar de Esquerda, é quase um ponto de honra para eles, mas deve ser só para dar a entender que são diferentes do resto da Direita, sobretudo do PSD. Mesmo ontem, nos telejornais, ouvimos que há famílias inteiras sem-abrigo, enquanto as fortunas de meia dúzia de ociosos nababos aumentam… aumentam…aumentam.
Mas quando alguém diz, alto e bom som, e alguém que não é um qualquer, que o governo “ps” se deve entender com o CDS, ou chegar a um entendimento para o PSD “deixar passar”, penso que está tudo dito. E acaba de me dar razão.
Esse alguém é o patrão-mor da indústria portuguesa. Patrão-mor da seita que vai impor ministros e a política vigente. Que é como quem diz, já não há poder político, pois está subordinado ao poder económico.
O Senhor Francisco Van Zeller – sem vergonha na cara.

1 comentário:

Anónimo disse...

UNICAMENTE POR CAUSA DA DESORDEM CRESCENTE

Unicamente por causa da desordem crescente
Nas nossas cidades com as suas lutas de classes
Alguns de nós nestes anos decidimos
Não mais falar dos grandes portos, da neve nos telhados, das mulheres,
Do perfume das maçãs maduras na despensa, das impressões da carne,
De tudo o que faz o homem redondo e humano, mas
Falar só da desordem
E portanto, ser parciais, secos, enfronhados nos negócios
Da política, e no árido e «indigno» vocabulário
Da economia dialética,
Para que esta terrível pesada promiscuidade
Das quedas da neve (elas não são só frias, nós bem o sabemos),
Da exploração, da tentação da carne e da justiça de classes,
Não nos leve à aceitação deste mundo tão diverso
Nem ao prazer das contradições de uma vida tão sangrenta.

Vocês entendem.

Bertold Brecht