quarta-feira, 25 de julho de 2012

Na cor das folhas de coca, a cor das notas de dólar

Augusto Alberto


Há banqueiros que vêem na cor das folhas de coca, a cor das notas de dólares e com muita probabilidade, são ainda membros da “Opus Dei”, discípulos de Escrivá de Balaguer, que anunciou que pelo trabalho se cria a oportunidade de um abraço a Cristo.
Estava um calor sufocante e o encontro do banqueiro com o padrinho do cartel da droga, foi no conforto de uma das salas muito privadas de um hotel de charme da cidade fronteiriça mexicana de Juarez. Ambos discutiram as rendas de um fenomenal negócio. Lavagem de dinheiro proveniente do cartel, ali representado por um padrinho, muito pouco parecido com um homem habituado a precaver-se com um pistolão no bolso. E talvez o “senhor” banqueiro seja o homem do H.S.B.C., acrónimo de Hong Kong and Shanghai Banking Corporation. De volta e no aconchego do gabinete, o “senhor” do acrónimo, foi efusivamente beijado pelos pares. E para o desejo de continuação, votos de lealdade e de boa liderança, foram parar à mesa de um dos exclusivos restaurantes da City.
Ali, na lambuzagem do champanhe de Reims, definiram ainda a diversificação dos locais do negócio, coisa chave na área e por isso, os homens do H.S.B.C, muito justamente, não se ficam pela lavagem de dinheiro dos cartéis da droga mexicanos. Também se faz com centro em alguns locais, que são exclusivas células do mal. Síria e Irão. E por isso, ocorre-me perguntar, afinal onde se centra o eixo do mal? Quem sabe, sem espanto, na exclusiva Wall Street. E talvez o banqueiro do acrónimo, possa ser ainda, deputado ou Lord.
O mundo para alguns dos homens que perseguem o abraço com Cristo e que se acham tonificados pela democracia de um homem, um voto, e pelo temor a Deus, e que anseiam por um mundo aconchegado, não tem fronteiras. E muros? Só os que são erigidos para manter sobre segurança o casulo onde se dá a metamorfose dos princípios bíblicos do não matarás e não roubarás. Sê católico na aparência, mas despe-te dos requisitos.  
O encontro na cidade de Juarez é invenção minha, evidentemente. Contudo, quem sabe? Mas da diversidade do negócio, falou o seriíssimo Congresso dos Estados Unidos.

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