sábado, 1 de janeiro de 2011

2011: primeiras reflexões



1. 2010 foi considerado o Ano Europeu de Luta Contra a Pobreza. Sabe-se que esta aumentou, como também aumentou o número de seres humanos que passam fome. Aumentaram também os chorudos lucros de quem realmente detém o poder, querendo dizer que a distribuição da riqueza se tornou ainda mais injusta.
Onde a pobreza baixou, pelo menos a extrema, foi no Brasil. Dilma irá tomar posse esta tarde. E irá dizer que as conquistas do governo de Lula precisam de ser aprofundadas. Depreende-se assim que a governação se faz com actos e não com as baboseiras, com que os fúteis servidores do capital, na Europa, se lambuzam. Lula levou o povo a “outra margem da História”, irá afirmar a presidente Dilma.

2. A presidente brasileira vai aumentar o investimento na educação. Este, em Portugal vai diminuir. Isto poderá significar que a geração de dirigentes políticos daqui a uns anos será ainda mais néscia que a actual. Quer dizer, ainda mais gananciosos e corruptos, o que eu julgava difícil.

3. 2011 traz-nos mais dificuldades. A quem trabalha, obviamente. A classe ociosa, isto é como o princípio dos vasos comunicantes, vai melhorando.
Se os dois candidatos do grande poder económico obtiverem, juntos, sei lá, mais de 65% dos votos no próximo dia 23 pode-se conjecturar que o povinho está a sancionar esta treta toda. A crise aumenta e o IVA subirá para 25%. É que a classe ociosa, além da ganância, é insaciável.
Temos de pensar em aportar a uma “outra margem da História”.

4. Quem não tem melhoras nenhumas é o meu desalmado Sporting. Há tempos o treinador pediu um jogador alto para o ataque. Deram-lhe um guarda-redes. Pronto, também é alto. Continuou a necessitar de reforçar o ataque. Compraram um director-geral. Ora, balha-me Deus.
Não vejo maneira nenhuma de 2011 não piorar as coisas.

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