segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

“Amelinhas”

Augusto Alberto

Será que já percebemos que o verbo que por cá mais se soletra, é o verbo cortar?
Azucrinaram-me os ouvidos. Qualifique-se! E eu assim fiz. Fiz licenciatura, depois mestrado e a seguir, segui para uma caixa de supermercado e agora, vêm uns patifes, que me cortam a esperança e me dizem: “corte-se daqui, e emigre”.
Cortaram as escolas porque antes cortaram os meninos. Só não cortaram os velhos, que a terra há-de cortar.
E agora dá-se o corte seguinte. Estão a cortar os médicos e demais técnicos de saúde. Com corte e mais corte, desenganem-se os que acham que os cortes pararam nas “berças”, onde já não há nada para cortar. A sanha e o corte avançou ao litoral, onde, aparentemente, não é crível cortar. Estão a entender, ou precisam de um desenho? O que eu quero dizer, é que à pala da “troika”, avança o derradeiro assalto ao povo que trabalha e está, aparentemente, sem escapatória. Cortam-nos e apontam o retrocesso. E nem sequer nos deixam tratar da vidinha, como por exemplo, fugir aos impostos, como a “caixa”. Replicar como a “caixa”, não é possível. Porque fugir aos impostos e fugir para uma escapada às Ilhas Caimão, é prerrogativa da oligarquia.
Cortar o bloco operatório, a urgência, a viatura médica, as urgências pediátricas, e cortar nos transportes. E algumas pessoas, que não têm corte que as amanse, reagem. Abaixo-assinado na Net e em papel. E uma freguesa levou o abaixo-assinado em papel à Junta de Freguesia, que é local, onde deverá morar a defesa dos fregueses. Mas pelos vistos, alguns eleitos, vestem de lacaios e estão exactamente com a oligarquia que indica, corta, corta.
Para que queremos nós uma Junta assim? Absolutamente para nada! Ou a freguesia está ao lado dos fregueses, ou então os fregueses tem o absoluto direito de cortar os da freguesia. Corta, corta, com os das freguesias que não estão com os fregueses. Rua, rua, com a “amelinha” do Montijo, presidente socialista, que assina por baixo as traquinices desgraçadas da oligarquia trambiqueira, PPD/CDS/PS.
Já chega de tanto sangrar, à custa de tanto taxar e cortar.
Rua “amelinhas”!

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