quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O querido “santos”

Augusto Alberto


O “querido patrãozinho” está de partida. Vejam para onde partiu, e para quê? Para provar o contrário da arenga oficial e dominante que diz que os sacrifícios são para todos. A fazer fé na ideologia oficial, é preciso partir para resistir à fome, contudo, o “querido patrãozinho”, foge para ficar mais rico. É o deslumbramento à solta, porque o “querido patrãozinho”, com formação fascista, está imparável”. “Às “regras universais” dá sopa, porque, a “democracia”, reafirma, “sou eu”.
Entretanto algumas virgens ofendidas, em cruzada, recomendam boicote aos produtos Pingo Doce, esquecendo aquela “boutade”marxista, que diz que o capital não tem pátria.
Contudo, para expiar a consciência e dar um lampejo de cidadania, logo na televisão pública apareceu o editor de economia, residente e oficial, a afirmar. Sim, é assim mesmo. Aliás, dizem os puritanos do capitalismo, que se está perante uma tendência. Com efeito, qualquer tendência capitalista cavalga na lógica que permite a qualquer “querido patrãozinho”, legal e sofregamente, fugir aos impostos, estando, contudo, vedado o alivio nas taxas e impostos a qualquer pessoa singular, que é exclusivamente quem aguenta a amada pátria, que escoicinha em milhões e é madrinha para “santos”.
Não foi preciso muito tempo para se provar que os sacrifícios são para os que na folha da vianda mensal logo vêm as taxas e impostos sacados, sem expedientes e fugas, ao contrário do capital, que engendrou meios legais para resfolgar e chafurdar. Aliás, do meu ponto de vista, só falta ao grande capital, no momento das grandes emoções, ordenar que a terra baile e os pássaros cantem hinos, ao fulgor do mais desbragado e bravo capitalismo.
Grande Kim, vais-me desculpar, mas já não vejo em ti o mais belo ditador! Fenecestes, contudo ficaram “santos” que continuam, deslumbrados, a ditar e a rejubilar, ditando trabalho escravo e vencimento mínimo, ou quase.

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