Augusto Alberto
Nicolau
Santos, director-adjunto do Expresso, fuzilou o primeiro-ministro Passos, mais
o Presidente da República e respectiva entourage. Construiu, com a calote
cerebral activa, um texto datado, que só diz meia verdade, que zurze demolidor
no PPD/PSD. A outra calote mantem-na em stand-by, porque cala as malfeitorias
antes realizadas pelo Partido Socialista, a solo ou acompanhado, pelo PPD ou
CDS.
É necessário
que se diga, sim senhor, que o deficit já vem do tempo de Cavaco Silva, quando,
como bom aluno que foi, nos anos 80,
a mando dos donos da Europa, decidiu, acabar com as
Pescas, a Agricultura e a Industria…Bruxelas pagava então, aos pescadores para
não pescarem e aos agricultores para não cultivarem. O resultado foi uma total
dependência alimentar, uma decadência industrial e investimentos faraónicos no
cimento e no alcatrão… e uma classe de novos muitíssimo-ricos.
Mas manda a
verdade histórica dizer, também, que a destruição do aparelho produtivo
industrial, alimentar e financeiro, teve o seu tiro de partida, no dia 24 de
Novembro de 75, quando se deu inicio ao agiornamento de classe e consequente
ajuste de contas. Todas as decisões tomadas, desde então, sempre vendidas na convicção
de que serviriam para melhorar a virtudes da democracia corrente e o
enriquecimento da Nação, à uma, tiveram o efeito perverso de nos puxar sempre
para mais fundo.
É redutor
levar o enxovalho unicamente a Cavaco e Passos, ainda que custe quebrar amarras
ideológicas. De todo o modo, se o poder do “espêsso” é grande, então saibamos
que foi dada a primeira indicação para a alternância, porque começam a
escassear garantias de Passos, Álvaro e Gaspar, após o trabalho sujo. Serão,
por sua vez, chamados a turno, os corifeus e belzebus, da esquerda democrática,
(dixit Assis), antes que chegue trovoada da grossa. Mas seja como for, não nos
deveremos descentrar do que fica.
E o que fica,
foi o que disse a deputada Apolónia: “Venham, venham. Por cá o trabalho é
barato e se quiserem despedir, não custa nada”.
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