Pedro Saboga (à esquerda) e o jornalista Jorge Lemos |
A
segunda edição das “Conversas na Bijou”, uma iniciativa que se aplaude, teve
como convidado Pedro Saboga, um dos fundadores do Tubo de Ensaio de Artes, e a
conversa, moderada pelo jornalista Jorge Lemos foi, como é evidente, sobre cultura.
As
poucas pessoas que afrontaram uma noite de invernia para se deslocarem ao café
ficaram a saber que a ideia que presidiu ao aparecimento da associação também
nasceu de uma conversa de café, entre quatro jovens.
Seis anos depois o “Tubo” cresceu, tem agora mais de 250 alunos, na dança, pintura, música,
fotografia, e tem realizado vários eventos, ininterruptamente, tais como cinema,
teatro, concertos musicais, exposições. Tem protocolos com várias escolas e
tem-se assumido como uma pedrada no charco na vida cultural da cidade.
Tem,
imagine-se, e em contradição com a política governamental de produzir desemprego,
criado alguns postos de trabalho. O que poderá, não sei, provocar algum
incidente diplomático com a troika. Mas é obra, numa associação ao serviço da
comunidade e sem fins lucrativos.
Uma
das iniciativas do “tubo” tem sido trazer à Figueira extensões de vários festivais
de cinema, como o Fantas e o Festival de Avanca, o que permitirá minorar o pessimismo irónico do dr. Jorge Tocha Coelho. Diz o insigne intelectual que a Figueira cometeu suicídio cultural ao acabar com o Festival
Internacional de Cinema.
2 comentários:
O Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz foi, durante três décadas, o mais importante festival de cinema de Portugal. Entre os anos de 1972 e 2002, o certame atraía, durante dez dias do mês de setembro, cinéfilos de todo o país e também do estrangeiro. Em regra, o júri do festival privilegiava filmes oriundos de uma grande variedade de cinematografias, principalmente as que eram pouco divulgadas no circuito comercial português.
A primeira edição do Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz decorreu em 1972, por iniciativa de um grupo de cinéfilos, no qual se destacava o papel de José Vieira Marques que foi, ao longo dos trinta e um anos do certame, o seu único diretor.
Um festival que começou em plena ditadura Marcelista e que durante 30 anos prestigiou a Figueira da Foz, foi preciso o PPD/PSD chegar ao poder local na nossa cidade para lhe dar o golpe de misericórdia…
E, em 2002, não estava cá a “troika”…
oh Mratinha, tu num me faxas falar du fistibal. Atão num ta lembras que quando lá iamos tu xó crias ir pró ingate e prós copes?
Olha que xe o fistibal num acabaxe onde tu já istabas, angradexe é ao Pedrito ter acabado cum ele.
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