terça-feira, 30 de abril de 2013

Período fascista em curso


   Augusto Alberto

Gritou a mãe, ai o bagulho, quando deu pelo vizinho, no baile dos bombeiros, a acariciar as mamas à filha e soube, dias mais tarde, que lhe rasgou a virgindade. Ai os bagulhos, digo, a propósito da revolução branca. Que politicas caucionaste? Com que direito tratais todos por igual? Branquear, já sabemos, é hábito velho. Talvez por isso, também alguns socialistas desejem ter a sua alva revolução. Entra-se simpatizante, passa-se pelo auto-clave sito na sede ao Largo do Rato e fica-se um independente sem poalha e nódoa. Purificado e com ordem para votar para os órgãos dirigentes do partido ou indicando políticas sectoriais ou nacionais. Contudo, não sendo organicamente militante, deixa do lado de fora responsabilidades estruturais, financeiras, politicas, cívicas, éticas e morais. Era o que faltava! As coisas não correm assim, porque um militante corre, para além da ética politica, por um quadro opcional e de classe. 
De que lado estiveram os militantes eleitos pelo PPD/PSD, PS e CDS/PP; quando se tratou de elaborar e aprovar sucessivos orçamentos do estado, que liquidaram a indústria, as pescas e a agricultura, que nos trouxe à decorrente pobreza? 
De que lado se colocaram esses mesmos militantes quando se aprovou a actual legislação do trabalho, que joga em desfavor do mundo laboral? E que partidos entregaram a Pátria à extorsão, às mãos do Goldman Sachs, do banco central europeu, da união europeia e do F.M.I.? 
Bem sei que muitos tendem a mudar de pele quando o perigo encrespa, mas convêm perguntar, para que melhor se perceba quem nunca mudou. De que lado estão os comunistas? Boa vai ela… Não há como negar, que quase sempre as opções de classe comandam a vida. Só não percebe quem é tolo ou a quem serve a arte da treta. Por isso, ainda que custe, é preciso dizer, que o povo e os militantes de base dos partidos da rotatividade, elegem gente, para para além da ética ser uma ova, por opção de classe, continuam a desejar ajustes de contas com Abril e, ainda que subtilmente, ponham o cravo à lapela. 
Olhai os do finado P.R.D. (partido renovador democrático), e do pacóvio Fernando Nobre, que brancos que foram, após desnatarem a política e bobarem de dulcíssimas pessoas que cuidaram ser tocados por um milagre.
São extraordinários os “Malagridas” de hoje, que, no centro do palco do teatro dos truques, recusam assinalar as verdadeiras causas do terramoto social. Mas há sempre de tocaia um casmurro que lembra. Cuidado com os truques. Está em velocidade de cruzeiro o período neo-fascista em curso.

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