sexta-feira, 13 de junho de 2008

Álvaro Cunhal, 10/09/1913 - 13/06/2005

Foto: PCP - Fig. Foz

“(a globalização) é uma ofensiva mundial que o capitalismo agora desenvolve para se instaurar no mundo como sistema único, final e definitivo. A internacionalização dos processos produtivos é o natural desenvolvimento da própria economia, seja qual for o sistema económico. Também há a criação de zonas de integração. Mas aqui trata-se de outra coisa. É uma ofensiva global que utiliza todos os meios financeiros e económicos – sabotagem, imposição de regimes, intervenção noutros países…”
(Revista Expresso, 11/03/2000, entrevista de Maria João Avilez)

“Distingo a convicção da fé. A fé é a crença em qualquer coisa que não está provada, em termos objectivos. Qualquer coisa que não se viu mas em que se acredita. A convicção não. A convicção resulta da observação com verdade dos factos, dos acontecimentos da vida. Eu não tenho fé. Tenho convicção, que é uma coisa diferente.
A convicção não seria convicção – e seria fé – se não houvesse espaço para as dúvidas.”

(Público, 17/04/1996, entrevista de Ana Sousa Dias)

“Arte é liberdade. É imaginação, fantasia, é descoberta e é sonho. É criação e recriação da beleza pelo ser humano e não apenas recriação da beleza que o ser humano considera descobrir na realidade que o cerca”.
(“A Arte, o Artista e a Sociedade”, 1996)

“Não gosto da expressão arte social porque entendo que a criação artística não se pode subordinar aos gostos ou critérios que o poder lhe pode querer impor”.
(Diário de Notícias, 20 de Maio de 1998)

“A cultura física e o desporto devem ser, não o privilégio de uma classe ou de uma elite, mas parte integrante da forma de viver de um povo. Devem ser, não motivo de confronto, rivalidade e até violência, mas estímulo de aproximação, entendimento, convívio e amizade”.
(“Os chamados governos de iniciativa presidencial – II”, 1980)


2 comentários:

Anónimo disse...

Ámen !

Anónimo disse...

Vai em paz, e que a revolução te acompanhe!