sábado, 7 de novembro de 2009

Da A14 e da Madeira


Correia de Campos, ex-ministro da saúde, continua um homem muito distraído. Há uns anos, enquanto ministro, premiou os serviços da maternidade do Hospital Distrital da Figueira da Foz e, logo a seguir, pôs os figueirenses a nascer na auto-estrada A14, ao longo do percurso entre Figueira da Foz e Coimbra. Eu não entendo, acho mesmo um estranho paradoxo, mas os figueirenses não se importaram por aí além. Continuaram a votar garbosamente no”ps”, como se viu nos vários actos eleitorais do presente ano, quer o legislativo quer o autárquico.
O agora deputado europeu continua na sua onda de distracção. Pelo menos é o que eu consigo deduzir das suas declarações ao semanário “Sol” de ontem. Diz o inefável Correia de Campos que Jaime Gama é o melhor candidato a Belém. Está bem que ele disse da área socialista, mas deve ser só uma mera figura de estilo, fazendo o balanço entre diferenças e semelhanças entre a área socialista que ele refere e o resto das áreas neo-liberais.
Se tivesse um pouco mais de atenção saberia que Jaime Gama aprecia muito Alberto João Jardim, é um fã incontestável da sua obra e dos consequentes resultados da dita. Foi há cerca de um ano que Jaime Gama considerou o senhor da Madeira um grande talento. E um político combativo. E se é de políticos combativos que o país precisa penso que Gama terá feito a sua escolha. A menos que se contradiga, aliás uma coisa muito frequente nos socialistas.
Mas por via dessa distracção fiquei também a saber, com muita pena minha, digo-o com franqueza, que Campos não frequenta o “aldeia olímpica”.
Se o fizesse já saberia do encanto que João Jardim provoca no presidente da Assembleia da República. Era só descer para baixo (pleonasmo dedicado ao zé d’alhada que escreve primorosamente português) três ou quatro posts e ficava elucidado, podendo até melhorar a sua perspectiva acerca da coerência e outros atributos daquele que para ele é o “melhor candidato”.

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