terça-feira, 19 de julho de 2011

Trocas e baldrocas

Augusto Alberto

O meu santo pai, que sempre foi um tipo muito difícil e que tinha uma malapata com um familiar muito próximo, quando o queria aborrecer, dizia-lhe: - não são obos, senhora, são ovos…E depois, lembram-se, ainda havia aquela: - os vomveiros boluntários de Alvergaria-a-Belha vorraram as votas com vosta de boi…E o nosso presidente Cabaco e Silba, em bisita ao Minho, em Bila Noba de Cerbeira disse umas coisas, em sequência do seu finíssimo rigor, constante aperfeiçoamento técnico e distinta eloquência intelectual: - "gostaria que o euro se desvalorizasse para que os produtos europeus fossem mais competitivos".
 Eu que de economia nada sei, mas tenho alguma sensibilidade ao economes, direi que o nosso presidente Cabaco carrega simultaneamente na mendicancia intelectual e na consciência um enorme calhau.
Mas o que mais me irrita no nosso presidente é a constante mania de chafurdar nas trocas e confundir caridadezinha e misericórdia com melhor e maior repartição de riqueza. Evidentemente que dá jeito e por isso eu bem o entendo, até porque em tempos já muito antigos, também bem entendia que qualquer fascistazito dissesse e fizesse o mesmo. De qualquer modo, Chico de Assis, sempre com aquela pica que os progenitores lhe deixaram, candidato a secretário-geral do ba( )tido socialista, o b aqui está com todo o propósito, disse-nos exactamente o contrário : -" gostaria que a Europa tivesse uma moeda mais forte".
Vá lá a gente entendê-los! Balha-nos São Vanovaião Anacoreta Mártir.

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