terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O chapéu de 5 bicos

Augusto Alberto


Diz a ideologia dominante, que é com a votação de braço no ar que os comunistas fisgam a democracia. Nunca dei por isso. Algumas vezes votei de braço no ar, contra e isolado, e nunca ninguém me perguntou porquê. Sorte minha, por ventura.
Contudo, sabemos que o anterior líder parlamentar socialista, o camarada Assis, impôs aos seus pares, há pouco tempo, uma votação de braço no ar com vista a fisgar e a apanhar os trânsfugas. De todo o modo, sabemos que é em voto na urna que se têm dado as mais gostosas chapeladas. Os mais velhos como eu, lembram-se das chapeladas à moda de Salazar. A reeleição do anacrónico Bush obedeceu a uma chapelada legalizada por uma procuradora sua amiga e correligionária da Florida.
Estão também na memória as grandiosas chapeladas, banhadas a sangue, gás e petróleo, no norte de África, Egipto, Argélia e Tunísia, de modo a contentar as democracias ocidentais. Também Putin, que em breve será de novo coroado como czar, ao que se diz, só o será por causa de uma monumental chapelada.
Mas sobretudo, é de partir o coco, a chapelada em modo de opereta, dada durante a eleição para a federação distrital de Coimbra do Partido Socialista. O camarada Vítor Batista, acusa o camarada Mário Ruivo, de o ter zurzido com um chapéu de 5 bicos, (a chapelada pelos vistos, foi pequerrucha, 5 votitos), e logo pediu ao ministério publico para investigar. O ministério público mandou avançar a Policia Judiciária, que há pouquitos dias entrou, de manso, para que se não soubesse, na sede do Rato e de lá trouxe entre vários documentos, 5 cheques. Parece que pelo menos num deles, está o ADN que prova que Mário Ruivo zurziu com o chapéu de 5 bicos em Vítor Batista. É caso para perguntar, que (súcia)lismo é este, que depois da falácia do socialismo em liberdade, ou de rosto humano, até nas chapeladas mete dó…

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