sexta-feira, 13 de abril de 2012

O que deu em escória, nunca dará matéria-prima

Augusto Alberto

Em tempos, apaixonei-me pelos materiais e, sobretudo, pela sua resistência. Recolhi bibliografia e visitei, entre outras, a velha e derribada Siderurgia Nacional. Nessa viagem pelo mundo dos materiais percebi que o sub-produto da fusão e transformação da matéria bruta em matéria-prima, a ganga, escumalha, ou escória, só tem um destino: o lixo!
Por isso fiquei de certo modo incrédulo com o apelo de Luís Filipe Meneses, às vezes também conhecido pelo senhor Luís Filipe às Vezes, dirigido ao Partido Socialista, a propor a própria reciclagem. Infausto e desconchavo, porque mesmo alinhavando a dialéctica, como se percebe, também nem toda a matéria social é passível de reciclar. Para melhor entendimento, aí vai um exemplo:
Ontem, no Parlamento, o Medicis, Macedo, fez bem em lembrar que nesta coisa do fecho da Maternidade Alfredo da Costa, a decisão começou a ser tomada em pleno governo socialista de Correia de Campos. Aliás, se bem nos lembramos, em matéria de saúde foi exactamente o Correia quem mais mandou fechar. 
E adiante, porque sabemos que Marta quando morre, morre farta, convêm não esquecer o enorme monte de escória em que se tornou o BPN, que começou a ganhar forma com os amigos do Cavaco, mais o próprio, (abaixo a amnésia), continuou a avolumar, mal, com o governo socialista de Sócrates e acaba bojudo, e sobretudo, farto e sortudo, (bravo Amaral), no actual governo do PPD/CDS, de Passos e Portas. E o que dizer, do senhor Filipe às Vezes, que montado no corcel de Presidente do PPD/PSD intentou, em 6 meses, derrubar o governo socialista?
Ora, o que dizer? Uma fraude e um embuste. Porque como se comprova, o que deu em escória, nunca dará matéria-prima. 

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