Augusto Alberto
Quero aqui dar nota da ordem dada pela empresa Mota-Engil,
aos amigos.
A maioria politica PPD/CDS, avançou com uma proposta de lei
para regularizar o trabalho portuário. É sabido, o trabalho portuário anda
agitado. Há, inclusive, quem se divirta cascando na estiva. Não sei se na estiva
existe abuso, como se escreve e diz. Contudo, o que visa a lei cinzelada pela
maioria? Eliminar a carteira profissional dos trabalhadores portuários.
Eliminar a livre contratação colectiva. Permitir a contratação de trabalhadores
à peça, à hora e à jorna. Uma espécie de praça da jorna, rebuscada dos tempos
de Salazar e Caetano, sem que haja ajuntamentos no portão do cais, porque as
novas tecnologias resolvem o caso. Correio electrónico: Amanhã, tenho aqui umas
horitas para fazer. Entras às 13 e sais às 20. Mas para o outro dia, não
garanto. E quanto ao preço, é o do costume. É a selvajaria!
Esta lei foi aprovada pela maioria e com a anuência de quem?
Ora de quem, do Partido Socialista, claro está. Que em matéria estruturante está sempre do lado direito dos abegões e dos coirões.
Abro um parênteses, para
lembrar que foi também o P.S. que produziu alterações à lei do trabalho, mais à
direita do que o projecto anterior, de Bagão Félix, lampião, cristão e
simpatizante do CDS/PP. Aprovada a lei, trabalho adiantado e em caso de restolho,
o Partido Socialista tentará caminhar entre os pingos, para evitar a molha.
Quem sabe, um dia, seja levado pelo dilúvio.
Porque anda pelo mundo gente crédula, aproveito para
esclarecer, sobre a quem serve esta lei. Lembram-se da tentativa de um ecrã na
doca do Espanhol? É exactamente essa, a Mota-Engil, quem dirige a carga e
descarga no porto de Lisboa, Liscont, que tem como seu presidente executivo,
quem? Jorge Coelho, esse mesmo, o ex-poderoso ministro socialista. Cá está,
para que serve o périplo empresas privadas, Assembleia da República, empresas
privadas.
Para acabar, quero aqui dizer, que os porcos, sejam os que
dirigem a carga e descarga no porto de Lisboa, ou os porcos do estado de
Michigan, são os mesmos, e só esses podem ser alimentados a pérolas. Pérolas a
porcos!
Nota final: a imprensa escrita portuguesa está a bloquear
informação sobre o xeque-mate ao movimento sindical no estado do Michigan,
(como já antes na casa da democracia em Portugal). Ontem, no senado do Estado,
andaram portas a bater, gritos, chanfalhos e cadeiras pelo ar.
E os porcos a
grunhirem, a aplaudirem e a dançarem. Um nunca visto.
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