segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Fio-de-prumo

Augusto Alberto

Diz-me a quem te atrelas e dir-te-ei quem és! Na imodéstia desta frase convêm perguntar por onde anda a tropa portuguesa, ao serviço da NATO, (essa coisa, cada vez mais deplorável). No Kosovo! E a presença no Kosovo é um bom exemplo de legalidade? A “comunidade internacional”, diz que sim, mas eu acho que não. E nesse sentido, socorro-me, mais uma vez, da insuspeita Carla del Ponte, ex-Procuradora do Tribunal Penal Internacional (agora embaixadora suíça na Argentina, que terá sido aconselhada por Berna a manter silêncio).

O Exército de Libertação do Kosovo, extirpou os órgãos de prisioneiros sérvios que levou para a Albânia, no Verão de 1999, com o objectivo de os introduzir no tráfico internacional. E tudo com o conhecimento de…Hashim Thaçi, o primeiro-ministro do Kosovo. Terra onde Portugal está com um contingente militar para proteger o estimado aliado do ocidente, (elevado à condição de democrata), mais a trupe, que se tem dedicado ao contrabando de órgãos humanos, de armas, drogas, e à especialíssima arte da prostituição e fundamentalmente, a manutenção na região, de um posto avançado, da “comunidade internacional”, com vista à sempre renovada politica da canhoneira.
 É para os braços desta gente que a elite manhosa desta velha nação nos manda. Já fomos enviados para África, só porque os interesses económicos e negreiros na África Portuguesa, reclamava, com efeito, a presença. “Uma da características fundamentais do capital colonial português é o seu elevado grau de concentração…Estes investimentos…são orientados para infra-estruturas caras e sem interesse para o país dominado, mas necessárias à exploração capitalista” (Armando de Castro, in “O sistema colonial Português em África, meados do século XX).

Diz-me, pois, elite, com quem andas? Com déspotas e ladrões. E digo-te quem és. Servil, bacoca, energúmena, sem nenhum respeito pelo povo que infelizmente te elege. Abandonastes o pé rapado, quando pressentiste as ordens napoleónicas. Vendeste-nos aos filipinos, apesar de saberes que os teus ganhos seriam escassos, e meteste-nos na Europa e na tragédia do euro, só para estares segura de que não te expunhas a um ímpeto mais hostil. És intelectualmente chula e puxa saco, e mais uma vez vais a reboque da política belicista americana, direita ao patíbulo, como bem explicou à nação, o bandalho do ministro Aguiar Branco. 

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