terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O Messi de deus é uma notação trôpega

Augusto Alberto

Disse John Foster Dulles, (1888/1959), secretário de estado Americano: - deixem os asiáticos fazer a guerra aos asiáticos, onde quer que isso aproveite aos Estados Unidos. Foi, utilizando até à exaustão este princípio que os Estados Unidos acumularam guerras e derrotas na Ásia. Mas também acumularam vitórias nas Américas, fazendo dela, o quintal a sul. E ainda hoje, mantêm o médio Oriente e África, segundo esse odioso e velho princípio, com custos irreparáveis para os autóctones. Ora, acontece, que nestas refregas, se associou lindamente a igreja de Roma, sobretudo, no grande período da política americana da canhoneira. Ao ponto de excomungar personalidades progressistas, fartas na denúncia dos governos torcionários da América do Centro, Sul e Caribe, a mando dos Estados Unidos.
Soubesse destes factos António Raminhos, ao que me dizem, humorista da nova vaga, e logo perceberia que a sua “boutade”, que classifica o padre Chico, como o Messi de Deus, é trôpega, porque, exactamente a igreja de Roma, ao longo dos séculos, sempre apresentou a espinha macia e foi farta nos skills, ou na soberana capacidade de se adaptar, prever e potenciar acontecimentos. De um cardeal polaco, fê-lo “Papa”, ou o representante de Pedro na terra, que conhecendo bem as contradições do regime socialista, deu um contributo inestimável para a sua queda, ainda que não seja definitiva, que resultou num mundo unipolar, onde quem esfola é o liberalismo, ou, por hora, o fascismo de baixa intensidade.
E de momento, sentindo que a igreja está a caminhar para a irrelevância, por força dos ajustes sociais e demográficos, acelerados, justamente por esse liberalismo, elegeu para representante de Pedro, na ânsia de estancar o declínio, um homem que parece um comunista, justamente, na denúncia desse modelo unipolar, vindo de um país, onde a doutrina da denúncia dos crimes políticos e sociais fez escola. Acontece, que os ajustes, tanto são em Roma como na Lusitânia. E por isso, convêm tomar nota, do modo como por cá se vai procurando a “personalidade” que dê seguimento à regra que diz que com “Papas”, papas e bolos, se enganam os tolos, ou a habilidade de manter a direita usuária no centro dos poderes.

E assim, está a chegar a hora do católico Rio, a quem se atribuem rios de boa gestão, tal como chegaram a Roma, da Polónia, Woijtila, para enfatizar o mundo unipolar, e da Argentina, Bergoglio, para estancar a irrelevância dos dogmas da igreja de Pedro. Mais um engano. Por isso, povo, se alguém te disser que a direita é burra, está-te a enganar. Um temente a “Deus”, tanto pode ser um “Rio”, farto na sorrelfa, como um vil e desprezível, (assim mostrou ser Dick Cheney, vice-Presidente dos Estados Unidos), vendedor de armas. Não sei se me faço entender, caro Raminhos?

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