Augusto Alberto
A ascensão do terrorismo é a outra face do declínio
americano, disse, na esteira de John dos Passos, Dom Delilo, um dos mais
prestigiados escritores americanos vivos. Tal como o golpe
contra-revolucionário de 25 de Novembro de 1975, poucos meses após a Revolução
do 25 de Abril de 1974, marcou o contemporâneo declínio da Nação, com o
regresso da velha camarilha ao poder, renovada com novos súcias, e também da
remanescente nomenclatura financeira, suportada por velhos e novos padrinhos e
velhas e novas famílias.
E para comprovar o axioma, destro, o ex ministro da
Agricultura do governo de Sócrates, António Serrano, disse que a contabilidade
da Fundação de Alter, que produz o cavalo lusitano, era um caso de polícia.
Contudo, à semelhança do que sempre se fez, observou, desinteressado e
enfatuado, velhos actos de gestão danosa sobre a coisa pública. E nada fez. E a
actual Ministra Cristas, do C.D.S., tão pouco. Pelo contrário, manteve a
cobertura aos crimes sobre o património, dando baixa da Fundação e colocando a
sua contabilidade sobre gestão privada com fins públicos. Elegendo como boa, a
velha maquinação de aperrear o que é público, para, de seguida, privatizar. No
caso, em breve.
Acontece que o cavalo lusitano é hoje um dos cavalos mais apreciados e
requisitados no mundo equestre. Ao ponto do cavalo de “dressage”, montado pela
amazona brasileira, Giovana Paes, estar em adiantado estado de preparação para
os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no futuro ano de 2016, tornando-se, desse
modo, o primeiro cavalo da raça lusitana, olímpico. Titulo que muito actual e
futuro bípede lusitano não tem, nem nunca terá. Porque, lamentavelmente, no dia
do voto, como em anteriores actos, resolve ir passear, inter ou fora de muros,
enquanto a base social da camarilha, essa, com o papo cheio, não falta. Por
isso, no próximo dia 25 de Maio, sem receio, folgará mais uma vez a camarilha,
porque não há, como nunca houve, perigo de coice.
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