quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
sábado, 15 de novembro de 2014
Morreu José Casanova
foto: Alex Campos |
Há noticias que não deveriam existir. A do desaparecimento de um amigo é uma delas. Amigo e camarada.
O dirigente do PCP, José Casanova, faleceu este sábado, devido a doença grave.
Escritor de grandes recursos, com três romances publicados, referimo-nos aqui a um deles, Casanova estava há uns tempos a trabalhar o quarto. Que ficará irremediavelmente inacabado.
O PCP, a democracia e a cultura portuguesas estão de luto.
Talvez a dor da perda não seja uma justa homenagem a um amigo que parte. Será insuficiente. Talvez porque "a melhor homenagem que lhe podemos prestar é prosseguir a luta do seu partido de sempre".
Até sempre, Zé.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Todo o poder ao camarada Seguro
Augusto Alberto
A parte mais esclarecida do
Brasil exige padrão FIFA na saúde, no ensino, nos transportes e na habitação. E
a esse propósito, o ex-Ministro dos pregos, também conhecido pelo Ângelo da
Peixeira, um guru trapaceiro, notou a coragem, a decência e a bondade do Costa,
da Praça do Município. E, quem sabe, talvez, com outros sabidos do regime, tenha
indicado ao Costa a necessidade do Partido Socialista Português se colocar
segundo o melhor padrão capitalista. Registado o pedido, vai avançar, então,
para o Rato, o amolador, o que afia facas e navalhas, (que dilacera a carne e
disseca o carácter), e (rebita e conserva), panelas e tachos, (os do Vitorino e
do Assis, em grandes escritórios de advogados, o do Coelho, na Engil, o do
Pina, na Iberdola, ou o do Vara, que teve a habilidade de somar à sucata,
robalos, e ainda outros, que a gente nem imagina).
Já passou o tempo, em que, quem
se metia com o P.S., levava, mas agora, para obedecer ao melhor padrão
capitalista, levam também, alguns socialistas, que de momento, estão do lado de
dentro, para gáudio e lambuzadela, de muitos cidadãos desta pátria, que fora do
P.S. estão.
Os gatos, na minha rua, miam e
bulham debaixo do contentor do lixo, mas os que querem o mais copioso padrão
capitalista, miam e encenam o enfurecimento, ora na Assembleia da República, ora
na sede ao Rato, ora na sede ao Caldas ou ainda, na sede à Lapa, e agora,
também, na sede do poder autárquico da Capital. Apesar deste processo
destruidor, ainda não é o fim do P.S. de Portugal. Mas por este andar, para lá
caminha. Tomemos como exemplo o grande P.S. de França, do camarada Hollande,
que também foi do amigo Miterrand, que se deu, como os ianques, às primárias. E
até deu uma segunda volta. Mas o acaso quis, afinal, que o processo só desse para
politicas de merda, e por essa causa, mais quase, o apagamento do P.S Francês.
A comprovar, que o mais importante, não são as pessoas, mas as politicas.
Meu caro, as rábulas do P.S., são
caca, disse na cara do seu interlocutor, um amigo meu, já um pouco desaustinado.
Mas eu, que sou mais fino, nem me desuno nem me descarto. Se houver primárias,
lá estarei. Pago a caução de 3 euros e inscrevo-me nos cadernos eleitorais,
para votar no Seguro. Pois então! Confuso!
Não! Antes pelo contrário. Como lido, em, “na arte da guerra, de Sun Tzu. “ …os
senhores feudais irão tirar proveito de toda esta desordem instalada…”
Ataque, então, nas primárias, a
base eleitoral da direita caceteira, dando o poder ao camarada Seguro, esperando pacientemente, que o P.S., lá mais para a frente,
caia de maduro.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
"Matai o Costa!"
Augusto Alberto
Nos corredores e nas salas do
Partido Socialista, já se grita: “matai o Costa!” Ah pois, matai o Costa,
gritam alguns fiéis militantes do socialismo de rosto humano, contra a serpente
calculista. Mas para melhor entendimento, quero aqui lembrar, tanto aos fiéis
como aos abstencionistas do dia 25 de Maio e aos desgraçados que teimam em
votar na corja, a extraordinária estória de Rosa, do Porto, que foi despejada
pelos serviços de um hospital público, nas escadarias da igreja do Carvalhido,
deixada perpendicular aos degraus, também gastos, pelo sucessivo corrupio de fiéis
às orações, embrulhada em cobertores e numa combinação já muito puída por força
da traça que grassou pelos seus velhos armários em madeira.
E ainda, poder contar para quem
não sabe, também, a extraordinária estória dos meninos de rua, que procuraram
um pouco de paz e vianda, nas escadarias da igreja da Candelária, na Cidade do
Rio de Janeiro, e que pela calada da noite foram fuzilados por um esquadrão da
morte, (policia militar), que julgou limpar a cidade de putos indigentes e
metediços, cuidando oferecer, na ponta de uma pistola, melhor sossego à
aristocracia da Cidade Maravilhosa.
Para os acima citados fiéis,
abstencionistas e desgraçados, que pouco têm aprendido, estes dois exemplos indicam
como o modelo liberal de hoje não difere do de ontem. Deste modo, bom seria que
por exemplo, Joana Amaral Dias, que em breve será deputada da nação, ou
Secretária de Estado do Governo da República, no partido, quem sabe, dirigido
pelo Costa, e que até há pouco, foi uma seriíssima revolucionária, e que sabe,
creio, destas coisas de chumbo e pólvora, aproveitasse para explicar a Rosa, do
Porto, quem a colocou no seu estado de miséria.
E também, bom seria que o poeta
Alegre, nos explicasse, quem iniciou a contra-revolução, desde logo, com as
abstrusas alterações às leis do trabalho, que permitem que a balança esteja em
definitivo, contra o mundo de quem, pelas 8 horas da manhã, ensonado, pega no
batente, quer seja num escritório, no ferro ou na malha, e contra uma certa
aristocracia operária, que julgando ser, (como custa por os pés na terra, não é
Soporcel?), cuidou que mal não lhe sucederia.
E também, que o engenheiro
Sócrates, mais o Costa, que foi seu delfim, explicassem à nação, quem, na
Assembleia da República, votou favoravelmente, os seus planos de estabilidade e
crescimento, (as antecâmaras das politicas de rapina), 1, 2 e 3, e só não foi
ainda mais adiante, porque, quem manda pode, e chegado o 4º, fez-se alto e a
mando dos banqueiros, foram os socialistas arreados.
Para os citados fiéis,
abstencionistas e desgraçados, lembro que a estratégia abstencionista e a
estratégia de votar nos escroques, tem sido uma merda. Se fossem boas, nem
Portugal, a sul plantado, nem a Europa, do Atlântico aos Urais, estavam com
milhões de desempregados. E outros milhões de famintos, e já muitos fascistas a
meterem os músculos de fora, como na Ucrânia e em França, a lata e a prosápia.
Foi, não se duvide, de copianço em copianço, e de rotação em rotação, que
chegamos ao pântano. Infelizmente, para muitos, ainda é tempo de ilusões, e por
isso, voltaram a votar nos ladrões.
Ou de desilusões, e desse modo,
faltaram ao voto, dando por essa via, outra boa ajuda aos citados ladrões. E só
não vê, quem não quer, ou quem também é, patife, ou crê, que o melhor é viver
com as sobras do banquete dos leões. Bem sei que o mundo mudará, mas não será
com o Costa, nem com demagogos como um tal Nobre e agora, com Marinho Pinto,
(novo engano), com certo jeitinho para o caudilhismo.
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Crónicas em desalinho
domingo, 11 de maio de 2014
Querubins
Augusto Alberto
Eu bem sei que não há cão nem
gato, nem povo, que não goste de ser reabilitado. Todavia, neste país, a
reabilitação apanha, sobretudo, os fascistas de antanho, enquanto os cães na
minha rua, alguns, caminham cambados, suportados por 3 patas, quase sem pelo e
sem vianda, para suportar o dia de cão, enquanto os gatos, se acantonam em cima
ou por debaixo do contentor do lixo, na esperança de ter o que esgravatar e para
se defenderem, dos cães e dos homens, que gostam de os apedrejar.
E os homens caminham taciturnos,
de casa para o trabalho e do trabalho para casa e depois para a cama,
convencidos de que acordar vivo já é uma bênção. Parca bênção, porque acordar
pela manhã não é condição única para haver dignidade. Para haver, é preciso
ter, paz, pão e habitação. E liberdade. Liberdade, a gente ainda tem uns
laivos, é certo, mas é mal utilizada. E porquê? Porque demos, por exemplo, a
fina oportunidade a um ministro fascista, entre 1970 e 1974, no governo do
professor Marcelo Caetano, de ser reabilitado e de ter chegado, por duas vezes,
a ministro da “democracia”.
E ainda permitimos que um
católico charlatão, tenha a oportunidade de fazer o panegírico do fascista Simão,
apesar de aborrecido pelo facto do Simão não ter caído no CDS, de que agora é
presidente, mas no Partido Socialista. Outro “democrático” anacronismo. Ou
talvez não, porque o Partido Socialista, reabilitou, não um fascista, mas
vários. Sobretudo, os “querubins”, Simão e Amaral, e outro quase, Horta. Ora
acontece que a “democracia”, nunca deve servir para reabilitar homens, que
depois se esquecem, que torturam em larga escala, outros homens. (No Tarrafal,
encerrado em 1954 e reactivado em 1961, sob a denominação de Campo do Chão Bom,
pela portaria n.º 18.539, de 17.6.1961, era ministro do ultramar, o reabilitado
Adriano, para receber prisioneiros oriundos das colónias. E entretanto, em
Moçambique, 1969, Mondlane é abatido. E na Guiné, 1973, Amílcar Cabral também).
E na metrópole, o pintor Dias Coelho, é fuzilado à porta de casa, a 19 de
Dezembro desse mesmo ano de 1961. E agora leiamos, como foi reabilitado, em
plena democracia, o PIDE que o matou.
Diário de Notícias,
6 de Janeiro de 1977.
O antigo agente da PIDE/DGS António Domingues, responsável pela
morte do escultor comunista José Dias Coelho, foi, ontem, condenado em três
anos e nove meses de prisão maior. Perdoados 90 dias e tomado em conta o tempo
de prisão preventiva que já sofreu, desde 1974, vai o réu cumprir apenas mais
cerca de 10 meses de cadeia. O tribunal (3ºTMTL) considerou não ter havido
homicídio voluntário, mas apenas “ofensa corporal voluntária, de que resultou a
morte “praeter-intencional”. Dado como provado o disparo de dois tiros, o
último dos quais com a arama “muito próxima da roupa da vítima, a sentença foi
recebida pela assistência com uma manifestação de protesto.
Arrepanhe-se, então, o Simão, o
“querubim”que já partiu, mais os outros, que a seguir irão, cuja reabilitação,
andou de par, com a vitória da contra-revolução, que dá no que a seguir se
escreve. “Rosa…doente
de cancro, com graves problemas de mobilidade…teve alta do Hospital Joaquim
Urbano…foi parar, desamparada, às escadas da igreja do Carvalhido... (ocorrem-me
as histórias da igreja da candelária, no Rio de Janeiro) …aguentou-se ali…até
ser transportada pela polícia, para um quarto numa pensão de Cedofeita,
arranjado pela…Segurança Social, que lhes cortara o rendimento social de
inserção, deixando-os sem capacidade de pagar uma renda”.
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Crónicas em desalinho
sexta-feira, 2 de maio de 2014
No rescaldo da desilusão, o que sobra ou é foda ou canelada
Augusto Alberto
“Em arquivos da ditadura”,
ficamos a saber, que John Kennedy, perguntou ao embaixador americano no Brasil,
se…acha aconselhável uma intervenção militar? Dias depois, John é assassinado
em Dallas e Lyndon Johnson, que o substitui, a 3 de Março de 1964, envia seis
destroyers, com 110 toneladas de munições, um porta-aviões, um porta
helicópteros, um posto de comando aerotransportado e quatro petroleiros, para
encostar o Brasil às cordas. E muitos anos após, no dia 25 de Abril de 2014,
depois de prestar depoimento à Comissão Nacional da Verdade e admitir que
agentes do Centro de Informação do Exército (CIE), durante a ditadura militar,
mutilavam os corpos de vítimas…arrancando arcadas dentárias e pontas dos dedos
para impedir a sua identificação, o coronel reformado do Exército Paulo
Malhães, com 76 anos, foi encontrado morto dentro da sua residência. A
investigação ao crime, indica que a morte do coronel, indicia uma “queima de arquivo”.
Acontece que todo o aparato
descrito, em primeira-mão, destinou-se a salvaguardar os interesses da
oligarquia brasileira e da grande elite imperialista americana, as duas pontas
da mesma tenaz, responsáveis pelos morros favelados a perder de vista, sem água
e saneamento, alta taxa de mortalidade infantil e manhosa taxa de
analfabetismo, social e académico. E em segunda-mão, parece que o assassínio do
coronel deseja esconder esse facto.
Isso, dir-me-ão, foi obra de uma
ditadura. Pois sim! E o como se faz numa “demo” (diabo)cracia? Diz a
imprensa, que a Bolsa está a
engordar as grandes fortunas em Portugal. Sete dos maiores accionistas das
empresas cotadas, ganharam já 336 milhões de euros, apenas à conta da
valorização dos seus investimentos. E por contraponto, como escreveu o diário
“Jornal de Noticias”, faz com que…milhares de pessoas, crianças incluídas,
dependam actualmente da ajuda de instituições…nas grandes cidades, há muitos
casos em que as refeições oferecidas são as únicas do dia.
E o que une, estas, aparentemente
díspares, notícias? Que para manter a brutal disparidade na distribuição da
riqueza, no quintal, abaixo dos E.U., a política da canhoneira foi e continua a
ser uma evidência e depois, para manter os espíritos sossegados, dá-se-lhes com
o cacete. E na “demo”? Que para
manter essa mesma brutal disparidade na distribuição da riqueza, o “diabo”, vive montado na manipulação dos
factos e da informação, porque vozes dissonantes, por ali, não chegam aos
destinatários. E para se aleivosar, criou uma nova elite, bem preparada e
organizada, que se senta nos grandes escritórios de advogados, de Lisboa e
Porto, (de onde são oriundos Rangel e Assis), que nos fazem crer, que no país
das cautelas, das raspadinhas, do totobola, do euromilhões, do sorteio dos
automóveis e ainda, de muito outros totonegócios, que todos os modos de
ditadura são um bom modo de emborcar democracia.
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Crónicas em desalinho
domingo, 27 de abril de 2014
O “barão” de Cascais
Augusto Alberto
E seguindo o princípio, contumaz, rejeitei o conselho dado pelo “Barão de
Cascais”, numa das rádios do regime, (e da igreja), de que no 25 de Maio, o
povo deverá votar em branco.
O “barão”, é homem delicado e de verbo fino, com certeza. Mas
acontece, que o “Barão”, sempre que pôde colocar a mão na nora, fê-la andar
para trás. Foi deputado pelo PSD/PPD. Foi secretário-geral adjunto no seu
partido. Foi coordenador do grupo parlamentar europeu do seu partido. Foi
ministro da qualidade de vida. Foi ministro dos assuntos parlamentares. Foi,
inclusive, fundador do seu partido. E foi Conselheiro do Estado. Bem sei que o
“Barão” se agastou com os seus, porque pediu mais guita para voar mais alto,
como os papagaios lançados ao vento, “Tenho perfil para o lugar de Presidente da República”,
mas mais guita foi-lhe negada e por isso, amofinou-se, barafustou e acabou defenestrado.
Todavia, o “barão”, como toda a elite, tem um carácter
adjacente. Toma o povo por desajeitado, enquanto tem a torpeza de reclamar boas
virtudes de classe. E desse modo, o “barão”, porque tem medo dos sustos,
desenha a hipérbole, de que povo do ordenado mínimo e do pouco pão, deve
manter-se quietinho. Difícil de perceber?
António Capucho, que é o nosso serôdio “barão”, tome
atenção, não é tolo e tem muita arte. Na verdade, só com bastante arte, é que
tipos como o “barão”, conseguiram colocar, hoje, o ordenado mínimo nacional,
abaixo 50 euros, dos 3.300$00, atribuídos no ano de 1975, pela “desequilibrada
abrilada”, do camarada Vasco Gonçalves.
Mas saiba o “barão”, que neste tempo medonho, não se admitem
pesporrências e passa-culpas. Por isso, diga lá, quantos votos foram precisos
para o eleger e para concomitantemente, se construir um pobre?
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Crónicas em desalinho
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Não há perigo de coice
Augusto Alberto
A ascensão do terrorismo é a outra face do declínio
americano, disse, na esteira de John dos Passos, Dom Delilo, um dos mais
prestigiados escritores americanos vivos. Tal como o golpe
contra-revolucionário de 25 de Novembro de 1975, poucos meses após a Revolução
do 25 de Abril de 1974, marcou o contemporâneo declínio da Nação, com o
regresso da velha camarilha ao poder, renovada com novos súcias, e também da
remanescente nomenclatura financeira, suportada por velhos e novos padrinhos e
velhas e novas famílias.
E para comprovar o axioma, destro, o ex ministro da
Agricultura do governo de Sócrates, António Serrano, disse que a contabilidade
da Fundação de Alter, que produz o cavalo lusitano, era um caso de polícia.
Contudo, à semelhança do que sempre se fez, observou, desinteressado e
enfatuado, velhos actos de gestão danosa sobre a coisa pública. E nada fez. E a
actual Ministra Cristas, do C.D.S., tão pouco. Pelo contrário, manteve a
cobertura aos crimes sobre o património, dando baixa da Fundação e colocando a
sua contabilidade sobre gestão privada com fins públicos. Elegendo como boa, a
velha maquinação de aperrear o que é público, para, de seguida, privatizar. No
caso, em breve.
Acontece que o cavalo lusitano é hoje um dos cavalos mais apreciados e
requisitados no mundo equestre. Ao ponto do cavalo de “dressage”, montado pela
amazona brasileira, Giovana Paes, estar em adiantado estado de preparação para
os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no futuro ano de 2016, tornando-se, desse
modo, o primeiro cavalo da raça lusitana, olímpico. Titulo que muito actual e
futuro bípede lusitano não tem, nem nunca terá. Porque, lamentavelmente, no dia
do voto, como em anteriores actos, resolve ir passear, inter ou fora de muros,
enquanto a base social da camarilha, essa, com o papo cheio, não falta. Por
isso, no próximo dia 25 de Maio, sem receio, folgará mais uma vez a camarilha,
porque não há, como nunca houve, perigo de coice.
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Crónicas em desalinho
domingo, 20 de abril de 2014
Relembrar Abril
fotos: alex campos
Nos tempos que correm não fará muito sentido comemorar Abril. Sabe-se que está atravessado nos partidos que costumamos eleger, e nas classes que eles representam e que detêm o poder. Quer o PPD, quer o PS que, paradoxalmente ou não, foi aquele que maior contributo deu para o seu esvaziamento e para a reposição da ordem vigente antes da data em causa. Patrocinados, como todos se lembram, e não é necessário perceber de História, pelo assassino de Lumumba e Allende. A situação do país fala por si.
Mas continua a ser importante relembrar Abril. Fazê-lo é ter esperança, é continuar a luta por uma sociedade mais justa.
terça-feira, 15 de abril de 2014
Nem com benzina, a branca e a breca
Augusto Alberto
Tinham que chegar as promessas.
Mas cheiram a falso. E por isso, convêm perguntar, o que cola António José
Seguro ao Conde de Abranhos, personagem melosa, que só chega ao poder, porque, “embora
o Rei não o conheça, é informado que tem uma senhora muito galante”. Mas, como
disse Eça: …é um patife, um pedante, um burro, porque enquanto ministro da
Marinha, afirmou …que só ao fim de 18 meses de Ministério, é que descobriu onde
ficava Timor. Do mesmo modo que António José descobriu, que o país está
enxameado de pobreza e por esse facto, resolve garantir que acaba em 4 anos com
os sem-abrigo, após António Guterres, seu camarada e 1º ministro, os ter
aumentado, desmentindo a tarefa prioritária, de acabar, eternum, com os que
vivem na rua. E onde irá o futuro 1º ministro, António José, meter tanta gente?
Não diz, e por isso, Abranhos, leva-lhe vantagem.
Na câmara anuncia, isole-se o
pobre, definindo como necessário a construção de grandes espaços físicos,
telhados e, dentro, uma enxerga, um cobertor e ao rebentar da lua, um prato de
sopa quente. Mas para manter a sobriedade, exigiu aos indigentes, que fossem
abstémicos. No sexo, (nem foda nem pívia), e parcos no praguejar, que, por
sinal, cola com a miséria da sopa e do pão. De todo o modo, convêm insistir.
Onde vai António José, recolher tanta gente? No Centro Cultural de Belém? De
todo, não vá a classe alta, tropeçar num pedinte encardido, ao entrar para os
dias da música e cagar o tacão do sapatinho de vela. Ou na magnifica sala do
Teatro Nacional D. Maria II? Tão pouco. Ainda que pelas noites, debaixo das
suas arcadas, recolhidas da geada e da chuva, já muitos andrajosos estendem o
cartão, para passar pelas brasas. Contudo, já imagino, António José, convidado
para a abertura da época de ópera, e já estou a ver, muito antes de chegar,
aparecer um polícia dos costumes, a indicar: - arreda, arreda mendigo, que está
a chegar António José, o primeiro-ministro de Portugal. A ordem, nesta noite, é
para recolher para lá da “uma”, não vá, o 1º Ministro, pisar o cartão,
escorregar e romper o tendão. E lá se vão as promessas. Que são um vício, que
nem com benzina se lavam.
De todo o modo, prometa o que
prometer António José, a verdade é que Portugal é hoje uma colossal “mitra”, e
por esse facto, deverá também, António José, penitenciar-se. Dá-se o caso de
António José ter sido ministro-adjunto
do piedoso primeiro-ministro António Guterres, pelo que, hoje, por má
consciência, António José, está tomado, simultaneamente, por uma branca e por
uma breca.
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Crónicas em desalinho
domingo, 13 de abril de 2014
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Ao Eliseu, as vaginas, mais os bostinhas
Augusto Alberto
No Eliseu, o poder, a alcova e a
vagina, são coisa trivial e singela. Contudo, Maria Antonieta, a austríaca que
foi rainha de França, apesar de ter poder e vagina, acabou com o pescoço na
guilhotina, (com o Povo a berrar, mata a cadela, mata…), porque parece que também
o rei era mais ao menos atrapalhado em matéria de coito, ao ponto de o
imperador, José II da Áustria, ter viajado até Paris, para saber das
razões que impediam o casamento entre sua irmã e Luís XVI. Chegou à conclusão,
de que, afinal, Luís XVI, tinha erecções satisfatórias, mas que sua irmã, não
tinha apetite para o sexo nem tampouco, desenvoltura. Segundo ele, o rei e sua
irmã, eram "dois perfeitos confusos”. Confusa, a França? Oh, lá,
lá….Sendo assim, sem mudar de cenário e sem interromper o raciocínio, falemos
do cepo autárquico, onde o Partido Socialista Francês, depositou, também, a sua
cabeça, ao ponto, de Hollande, (outra cabotina e perfeita confusão), trocar um
governo de bosta, por um governo de bostinhas.
Hollande, afinal, é só mais um
pindérico, como anteriores Presidentes da República Francesa, muito envolvidos
em escândalos, políticos, financeiros e de vagina. Pouco serve, pelos vistos,
os interesses da aristocracia Francesa, e nenhum préstimo, tem, sobretudo para
o mundo do trabalho, mas é um tipo muito bom, nos alardes de alcova. Só pode
haver consenso, quanto a estas duas matérias.
Para 1º ministro, escolheu um
tipo muito celebrado pela direita. Porque essa coisa de se ser socialista, sem
vir ao marxismo, é de cabo de esquadra. E saliva, porque, honra seja feita ao
1º ministro indicado, o Catalão, “Manel Valls”, escolheu e muito bem, para
ministra do ambiente, uma tremendíssima vagina, em tempos, por Hollande, muito
bem visitada. Será que Hollande, apavoado, mais uma vez, ainda pensa
“segolanizar, Segolande? Ou será, que desgraçado, outra vez, ainda vai, em
definitivo, para gozo da grande aristocracia, ser pateado e corneado pela
França? Mistério! De todo o modo, estes socialistas franceses, são uma boa
pandilha. Do ponto de vista da alcova, capacíssimos, (ao contrário dos
“nossos”, simplórios nessa nobre arte de acomodar os mais brilhantes desejos
furtivos. Mas do ponto de vista politico, um desastre, à semelhança, pim, pam,
pum, dos socialistas de “cá”. Ora agora engano eu, ora agora enganas tu, tum).
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Crónicas em desalinho
terça-feira, 8 de abril de 2014
Subliminarmente...
Embora nunca tivesse sido jornalista, nem qualquer coisa que se pareça, pratiquei-o. Amador, nos tempos do "Barca Nova". Também, nos tempos de "A linha do Oeste". Jornalismo local, era uma aventura arrebatadora. Pagávamos para fazer o que gostávamos. Acho que não é preciso talento para se fazer o que quer que seja, embora deva ajudar um bom bocado. No meu caso, colmatava essa falta com trabalho, dedicação, prazer. Muito.
Lembrei-me disto agora mesmo. Acabo de ver uma reportagem numa estação de televisão sobre a canção. "A canção é uma arma" assim se intitulava.
E lembrei-me também que invejo o talento. Eu nunca conseguiria fazer uma reportagem dessas sem falar com José Mário Branco, José Freire, Samuel ou Francisco Fanhais. "Et bien d'autres", diria Michelle Senlis. Pela importância que têm. social, cultural, política, artística.
Mas a dita estação conseguiu-o. É obra.
Convém lembrar que os quatro senhores que referi interpretaram, e interpretam, para além de textos próprios, , Natália Correia, Sophia de Melo Breyner Andresen, Ary dos Santos ou António Gedeão.
E que um deles é autor de uma canção que se intitula mesmo "A canção é uma arma". E que a utilizaram com mestria, com arte, com grande qualidade. E quando era difícil.
Mas os tempos são outros.
Como cantaria Graeme Allwright:
"Les temps sont durs
Et j'suis pas sûr
de me payer un coup à boire."
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Perfeito principio
Augusto Alberto
Não há bem que nos calhe, porque,
amiúde, aparece sempre algum canalha a deixar-nos aterrorizados. É o caso da
senhora economista, Teodora Cardoso, formatada numa das madraças (faculdades de
economia) do capitalismo fundamentalista, onde se aprende o melhor modo de
tirar a pele a quem trabalha, e que foi conselheira de António Guterres, ex-primeiro
ministro de Portugal, simultaneamente dado à beatice e a Toni Blair, um
sacripanta de luxo, que agora perora sobre a democracia pelo mundo inteiro,
para aperfeiçoar a biltrice e ainda, com “blarisses” e bolos, enganar os tolos,
em troca de grande somas em dinheiro, e que já há muito deveria estar preso,
pelo papel de brutamontes contra a humanidade, e que liderou, ainda, um grupo
de bacanos, a que se associou, precisamente, António Guterres, numa “terceira
ideológica”, a que deram, precisamente, o nome genérico, de terceira via.
Coisa de cachaço em baixo, para assegurar o
servilismo à “hidra” liberal, de milhentas cabeças. Que para além de triturar o
trabalho, tratou de fazer baixar muita da chamada classe média à condição de
trapo. Esse mesmo António Guterres, que por cá, ao não resistir ao pântano,
acabou por fugir, para mais tarde ser recompensado, com uma tarefa à escala
global. Provedor dos “desgraçadinhos”. E essa Teodora, outra ideóloga ao
serviço da “bicha”, que descobriu, nova via para sacar o dinheiro de um modo
mais fácil, aos que vivem do trabalho e do salário, através de um artifício
legal, suportado, pois claro, pela tremendíssima banca, estabelecida em Portugal. E também,
ainda, o conselheiro económico do principal, (que principal?), líder da
oposição, (que oposição?), António José Seguro, que afinal, veio revelar,
aquilo que Seguro nos tem andado a esconder. Seja no futuro, o Partido Socialista
governo, o modelo actual de emagrecimento do Povo, é para manter.
E o mais vil, dizem as sondagens,
ainda virá. Que os pobretanas revelam uma obsessão doidivanas pelo masoquismo,
ao dar seguimento à abstenção ou entregar o voto à “hidra”.
Ao contrário da base social de
apoio da “dita”, que não se esquece da sábia missão de votar, porque não
precisa de um país diferente. Deste modo, um Povo que está sucessivamente a
ajustar a cabeça no cepo, não merece perdão. Porque, não percebe, que a
“bicha”, Dele, só necessita que
continue a abster-se ou a votar PS, PPD/PSD e CDS, (Barroso), no sentido de
manter a grande aliança, em ordem a que nada mude, (Lampeduza), segundo o
perfeito principio, de que o Povo é um bom burro de carga e ainda por cima,
tolo.
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