A chamada canção literária é uma prática muito salutar em França. É uma excelente maneira de se divulgar a poesia.
Muitos cantores musicaram e cantaram muitos poetas. Desde Baudelaire, interpretado por Ferré ou Montand, até Aragon, e outros, cantado por muitos outros. Jean Ferrat, um dos mais, senão o mais brilhante interprete do poeta de “Elsa” musicou também outros.
Georges Coulonges foi um deles.
No final da década de 70, estava eu em França, um dos canais de televisão, não me lembro qual, resolveu fazer um programa sobre o poeta. Convidou Ferrat para cantar dois dos poemas da autoria de Coulonges. A coisa prometia, entre eles os inesquecíveis “La Jeunesse”, La fête aux copains”, “La commune”, por exemplo.
Só que o cantor escolheu aquele que será, com certeza, um dos poemas mais emblemáticos que Coulonges escreveu para si: “Potemkine”. Aconteceu que a estação de televisão não aceitou e impôs, ela própria a escolha. Ferrat, logicamente, não aceitou. E eu não o vi na televisão.
Aí vai o “Potemkine”:
M'en voudrez vous beaucoup si je vous dis un monde
oú l'on n'est pas toujours du côté du plus fort
1 comentário:
O Potemkine chegou cá (em vinil) creio que em 1967. Foi uma festa!...
Um abraço.
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