Jornal diário remete-nos para uma notícia de que o crime organizado esta a influenciar cada vez mais a economia italiana…tornando as várias máfias no “maior banco” do país. As actividades comerciais envolvendo grupos como a siciliana Cosa Nostra, a napolitana Camorra ou a Ndragheta, da Calábria, têm gerado o equivalente a 7% do produto interno bruto (PIB). Ora, onde já se viu, um tipo meter a raposa dentro do galinheiro, convencido de que vai endireitar a vida.
Não sei se em Portugal se exerce semelhante apoio financeiro. Contudo, há uma coisa que eu sei. Que vários cromos, netos e filhos do fascismo, à pala da crise vão exercendo sobre o país e as pessoas as mais vis filhadaputices, ajustando desse modo as contas com o 25 Abril.
Tomemos dois exemplos. O grande moralizador e pensador, Marco António Costa, ao falar durante o ciclo de debates no Clube dos Pensadores, afirmou que a primeira das justiças sociais é obrigar quem recebeu indevidamente, a devolver o dinheiro ao Estado…Sem arrependimentos, devem em próxima ocasião, votar de novo neste ajuizado flibusteiro, para que possa continuar a fazer justiça. Fazendo cumprir aos pobres, para logo de seguida ir entregar a recolha dos dízimos aos ricos.
E tomemos o pensamento de Manuela Ferreira Leite, que defendeu publicamente, que doentes com mais de 70 anos, devem pagar hemodiálise. Mais uma vez volto a lembrar que, sem mágoa, em próxima oportunidade devem voltar a votar nesta piedosa avozinha, porque sempre é melhor morrer com pedra no rim do que morrer com uma injecção letal atrás da orelha, apesar de não haver prova de que alguém tenha morrido dessa maneira. Talvez os padres, que fizeram nas homilias tonitruantes arengas anticomunistas, tenham a prova evidente.
Estamos, pois, perante um tempo inconfundível. Que moraliza até ao último centavo os que já nada têm e que não é capaz de aplicar a mesma moral, a que tem andado a roubar. Apetece dizer: Incha povo, porque ainda não entendestes que quem te dá as papas e os bolos, faz de ti também tolo?
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