terça-feira, 9 de julho de 2013

"007 - ordem para espiar a favor de sua “majestade” Fidel

 Augusto Alberto

Frente a Havana, o afundamento do couraçado “Main” foi das primeiras cabalas do império. Foram atribuídas à potência ocupante da ilha, Espanha, responsabilidades pelo afundamento, para justificar a ocupação e fazer da ilha, um “bordel” americano. Mais tarde, para justificar a guerra do Vietnam, montaram nova cabala, atribuindo ao Vietnam do Norte, o desejo de afundar no golfo de Tonkim, o destroier Maddox. Foi o toque para nova guerra, sempre longe de portas, com custos materiais e sociais elevados, que ainda perduram.
Entretanto, pelo meio, o império, apesar de saber que as potências do eixo estavam derrotadas, devastou com a bomba atómica, Hiroshima e Nagasaki, tornando-se o único país do mundo a usá-la. Mais recentemente, a coberto de um argumento tão vil como os anteriores, invadiu o Iraque, com o beneplácito de um punhado de coirões, com vista à descoberta de armas de destruição maciça, que nunca se encontraram, porque nunca existiram. Os povos do Iraque, porque se pôs fim aos equilíbrios, nunca sabem se quando vão ao padeiro ou ao barbeiro são vítimas de uma bomba azucrinada. Por isso, não nos espantemos. Esta história das escutas e da devassa da vida dos povos, sobretudo da dos amigos, é tido como um processo banalíssimo, apesar da sua natureza inquisitória e fascista.

Virá o tempo das rábulas, ou recuperando uma frase de almirante, da fumaça, porque em breve, se admitem como boas as explicações do grande irmão de classe, para que tudo siga a gosto. Até porque há muito se conhece o “echelon”, o sistema de espionagem industrial e científico, que tem permitido ao império ganhar vantagem, apesar dos amigos (as putas), ofendidos e espiados, terem por sua vez, montado um contra-sistema. Bem sei que se acredita que o diabo, apesar de já estar com os pés para a cova, não é o império, mas Fidel, que a partir de um escritório em Havana, recheado de alta tecnologia, montada numa casa de uma ruela triste e esconsa, a abarrotar de “rum, cohíbas e putas”, para dissimular, é o responsável por esta apaixonante rábula de espionagem. Mas olhe que não, porque em Cuba, ou se vai em visita ou a banhos. E aquilo de que falamos, é do diabo, que tem como corrente, tratar os amigos como vassalos e pô-los a quatro, com um dedal de vaselina, e dar-lhes tratos de polé, e aos inimigos, pô-los a arder. E além do mais, em Cuba, a tecnologia é básica e por isso, ainda não se fazem filmes do tipo 007, com ordem para espiar a favor de sua “majestade”, Fidel.

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