O convite que Angola recebeu para estar presente na reunião dos países mais industrializados e desenvolvidos economicamente, mais conhecido por G-8, é algo que me deixa estupefacto. Claro que são consequências da globalização e um prémio por o país ter entrado nesse “harmonioso concerto”.
Mas, também claro que há experts, comentadores especializados, que dirão, de uma maneira muito politicamente correcta, que as razões desse convite são a presidência da OPEP que o país ocupa e o facto de ter havido eleições livres. E acrescentam ainda estar o país no caminho de uma estabilidade macroeconómica com os últimos níveis de crescimento verificados. E um dos temas da reunião é o combate à pobreza.
Sempre pensei, talvez por ser muito politicamente incorrecto, ou politicamente imbecil, que o desenvolvimento económico era indissociável do desenvolvimento social. Mas afinal estava enganado. E de moto próprio quero continuar enganado.
Porque notícias recentes dizem-me que morrem crianças de sub-nutrição em Angola. E se a classe política daquele colosso africano dispensasse 10% do seu salário mensal a fome seria erradicada em Angola em poucas semanas ou meses. Para só falar neste flagelo, é suficiente.
Embora fique a saber que o desenvolvimento de um país se mede pela conta bancária dos seus governantes e dirigentes, prefiro continuar a elaborar no erro.
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