segunda-feira, 30 de maio de 2011

Das enxadas


Não é preciso ser entendido em agricultura para se reconhecer a enxada como um instrumento agrícola.
Como também não é preciso ser entendido em política para se saber que esta política de subserviência seguida pelo “ps” e pelo PSD foram responsáveis pelo extermínio da agricultura portuguesa. E também das pescas. Quem não se lembra que foi nos (des)governos do supra-sumo da economia que agora é presidente que Portugal recebeu dinheiro para abater embarcações de pesca, por exemplo?
Será, portanto, uma contradição tremenda, o homem que quer disputar com Sócrates o cargo de guru da direita, querer distribuir enxadas por aí.
Com os desempregados que temos, com os trabalhadores precários que temos, com os trabalhadores que ganham menos do que deviam ganhar, um empate de capital em mais de três ou quatro milhões de enxadas para serem usadas como bibelôts, é uma enormidade.
Tanto que, esteticamente, a enxada não é lá muito decorativa.

Foto do Ano 2011

domingo, 29 de maio de 2011

Kickboxing: Ginásio revalida título nacional

O Ginásio CF revalidou o titulo de campeão nacional por equipas, na variante de Full-Contact, durante os campeonatos nacionais da modalidade que se disputaram ontem e hoje, em Miranda do Corvo. O torneio contou com mais de 800 atletas representando cerca de 120 clubes, em todos os escalões  e em 5 variantes.
Na foto em baixo, o autocarro que transportou os atletas do Vitória de Guimarães. Os figueirenses foram à boleia ou nos carros dos treinadores. Enfim, são duas maneiras diferentes de encarar e apoiar o desporto. Dá para vários gostos. Já a equipa de Lagos foi transportada num autocarro da respectiva autarquia.
Soube-me a pouco o terceiro lugar da equipa do "berço" na modalidade de K1.
E fica uma referência ao apoio que a Câmara Municipal de Miranda do Corvo deu ao evento.

sábado, 28 de maio de 2011

Sem espinhas, um festival!!

E se a UNICEF quisesse "patrocinar" o meu desalmado Sporting? Não era uma boa ideia?

Uma iminência

Os portugueses estão na iminência de eleger um analfabeto para o cargo de primeiro-ministro. Não será caso para entrar em depressão, pois não é preocupante. Primeiro porque não será, de todo, caso inédito. Segundo, os antecedentes conhecidos levam-nos a pensar que os governantes não são mais do que figuras quase decorativas ao serviço de quem detém realmente o poder.
Com um programa já delineado e bem definido, não são precisas ideias nem discussões acerca da política a implementar pelo novo governo. A actual campanha eleitoral tem mostrado isso mesmo.
Portanto, com freeports ou sem freeports, com bpn’s ou sem bpn’s, com submarinos ou sem submarinos, com estradas de Portugal ou sem estradas de Portugal, qualquer que seja o futuro primeiro-ministro a realidade é que a electricidade e o gás vão deixar de ser artigos de primeira necessidade e pagar imposto como se fossem artigos de luxo. O que irá fazer aumentar o desemprego pois haverá muitas pequenas e médias empresas que não aguentarão o embate. Para não falar nos orçamentos de milhares de famílias.
Mas voltando ao analfabetismo, alegremo-nos. O próprio presidente da “maior nação democrática” do mundo não tem necessidade de não ser analfabeto. Eles não escrevem os próprios discursos, limitam-se a ler o que alguém lhes escreve e a dizer o que lhes dizem para dizer.
Um exemplo é-nos descrito por Rui Mateus, no seu livro “Contos proibidos - memórias de um PS desconhecido”, publicado em 1996. Vale a pena ler:

(…)
“No dia 7 de Maio seria chamado de urgência a São Bento. O primeiro-ministro estava em polvorosa. Dois dias depois chegaria a Portugal o presidente dos EUA e o primeiro-ministro acabara de ter conhecimento de que o discurso que aquele dignitário iria fazer na Assembleia da República era altamente elogioso para o presidente Ramalho Eanes. “Não pode ser” – dir-me-ia Soares – “afinal contratamos aqueles gajos para nos ajudar e depois fazem uma gaffe destas”. Para Soares, os elogios a Eanes, para além de desagradáveis por se tratar de Eanes, constituíam uma nota negativa nas suas aspirações presidenciais. Ele é que era o amigo dos americanos e ao ser ignorado pelo presidente dos Estados Unidos, em Portugal, representava uma não ingerência altamente favorável a Freitas do Amaral. Eu entraria imediatamente em contacto com Paul Manafort que compreendeu a “aflição” de Soares. Mas também viu aqui uma boa oportunidade de demonstrar a sua influencia em Washington, entrando em contacto imediato com Bud Mac Farlane, o poderoso conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, e no dia seguinte receberia confirmação de que o discurso que o presidente dos Estados Unidos iria proferir perante a Assembleia da República, tinha sido convenientemente modificado. Reagan falaria da liberdade, de Winston Churchill, de Lincoln e dos pastorinhos de Fátima mas não mencionaria uma única vez o seu homólogo, Presidente da República Ramalho Eanes. Pelo contrário, no almoço que o primeiro-ministro lhe ofereceria em Sintra, Reagan saudaria com grande entusiasmo a “coragem e liderança do primeiro-ministro”.
(...)

Só não me quero conformar com uma máxima que ouvi há muitos anos: “O papel histórico do povo é aplaudir os vencedores”.
Porque o povo pode ser, ele próprio, o vencedor.

1934 - 2011, as mesmas necessidades?

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Da memória curta

Em vésperas de eleições tem toda a importância relembrar as conquistas que se obtiveram com o 25 de Abril. Porque vivemos numa época em que direitos adquiridos, e inalienáveis, se têm perdido, com a recuperação das forças dominantes do tempo da ditadura.

António Agostinho recorda aqui uma das maiores figuras do Portugal de Abril. Foi na vigência dos seus governos que foi instituído o subsídio de desemprego, o salário mínimo ou os subsídios de Natal e de Férias.
Como ele explica, o subsídio de desemprego é, ou era porque as coisas vão-se “modernizando”, pago com os descontos do trabalhador enquanto no activo.

Com a evocação do “Companheiro Vasco” feita pelo Agostinho, sempre se pode dizer que no dia 5 a escolha é nossa.

E não é muito difícil havendo só duas hipóteses: entre o 24 de Abril e o 25 de Abril.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Nem propinas, nem Bolonha

Vender o país aos interesses estrangeiros, com a consequente destruição da indústria e da agricultura, ou a falta de combate à fraude e evasão fiscal, a precariedade laboral, as desigualdades sociais, não é uma “inaceitável atitude antidemocrática e de vandalismo” nem tem nada a ver com “vergonha e abuso! Isto é vandalismo” e “nem são manifestações de arrogância e de desrespeito”.
A Juventude Comunista já por várias ocasiões pinta as escadas monumentais, no âmbito de campanhas eleitorais. Com tinta de água, as pinturas desaparecem facilmente.
Embora a liberdade e a democracia sejam incómodas para alguns, considerar estas pinturas “uma inaceitável atitude antidemocrática e de vandalismo”, como diz Norberto Pires, ou considerar “manifestações de arrogância e desrespeito”, segundo a Juventude Centrista, ou “vergonha e abuso” como escreve José Manuel Saraiva, antigo director do “Expresso”, devem ser artimanhas para esconder, ou não se falar, do verdadeiro estado da nação.
Por alguma razão só desta vez se indignam tanto. Se lhes faz comichão só têm é de coçar.
A rendição às exigências e chantagens de banqueiros e grupos económicos, a submissão às políticas que nos impõem de fora é que deveriam ser consideradas atitudes de vandalismo, arrogância, desrespeito, vergonhosas.
E apelarem à nossa capacidade de indignação.
Coisa linda!

ET

Sempre me fez confusão a existência de trabalho temporário, contratos a prazo, ordenados em atraso, mas pronto, posso conceder que seja devido ao meu mau feitio.
Mas estas coisas tornaram-se tão vulgares que agora até há contratos diários de trabalho. Imaginam? E empresas de trabalho temporário e tudo.
Com mau feito ou sem mau feitio, acho mesmo é que estamos perante violações sistemáticas e diárias dos direitos humanos. Já tão corriqueiro que ninguém se indigna. Ao ponto de a união nacional conseguir, nas últimas sondagens, mais de 80% dos votos expressos, o que significa que a situação só pode mesmo é “melhorar mais”.
Agora descobriu-se que empresas dessas que temos vindo a referir, cometeram uma fraude fiscal na ordem dos 15 milhões de euros, além de crime de branqueamento de capitais.
Achei piada ao nome da operação: Evasão Temporária”. Condiz com o tipo de trabalho, embora a dita não tenha nada de temporária.
Não me espanta este tipo de fraudes. Espanta-me, ainda, a existência deste tipo de empresas e deste tipo de negócio.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Ministro anuncia o vencedor das eleições


O ministro demissionário das Finanças, Teixeira dos Santos, (na imagem visto por Fernando Campos) anunciou há pouco, via telé, o grande vencedor do acto eleitoral do próximo dia 5.
Disse ele que qualquer governo que seja eleito só tem de dar seguimento ao programa em curso. Definiu até as prioridades: primeiro implementar o programa, segundo implementar o programa e terceiro implementar o programa.
O dito programa, como é bom de ver, é o elaborado pelo FMI.
Não é novidade nenhuma. Porque fiz eu, então, um post sobre esta treta?
1º - Por já ter constatado que as quezílias entre os partidos da troika sempre me pareceram um pouco teatrais, para enganar papalvos. A disputa entre eles é quererem ser os representantes do capitalismo internacional. As declarações do ministro confirmam isso mesmo. E, convenhamos, o próprio FMI, para quem é indiferente quem ganhe entre eles, não  permitiria tais quezílias.
2º - Estas declarações levam-nos também a uma dedução lógica. Por muitos partidos que concorram, só há duas espécies de voto possíveis. O voto no FMI, que significa hipotecarmos a nossa já fraca independência, veja-se mesmo depois do “empréstimo” os juros da dívida a aumentar, por exemplo, a acumulação de riqueza numa minoria cada vez mais pequena e a degradação social cada vez mais implantada com a cada vez maior desvalorização do trabalho.
E o voto patriótico. Aquele nos interesses da pátria que se podem traduzir nos interesses da maioria esmagadora da população.
Bem vistas as coisas, ganhe quem ganhar entre um partido da troika, o vencedor é sempre o mesmo. A escolha do FMI deve ser indiferente. Segundo o Passos Coelho, o PS só pensa em cumprir o programa do FMI mas eles, o PSD, vão mais longe, isto é, pensam em aprofundá-lo.
Ao povo restará escolher por quem é que quer ser pisado?
Esperemos que não.

domingo, 22 de maio de 2011

Um Domingo negro

Com acontecimentos, direi, estapafúrdicos.

Para começar, a defesa do Vitória resolveu transformar-se numa IPSS. Nada de anormal exceptuando um tremendo engano. É que o FC Porto, esta época, já estava com a barriga cheia de troféus. Não havia necessidade de lhe entregar outro.

A GALP é uma grande empresa, muito difícil de gerir, como é fácil imaginar. Só no primeiro trimestre de 2011 obteve um lucro de 41 milhões de euros e o seu presidente, em 2010, ganhou 1.34 milhões. Resolveu, portanto, subir de 17 para 21 administradores. Deve de ser derivado à crise.

Também derivado da crise, as prostitutas de rua resolveram fazer descontos. Foi a pedido de alguns clientes, o que prova que esta indústria é mais liberal que as outras. Está bem que é um ramo onde os preços são bastante flutuantes, mas mesmo assim.

A última: Luís Filipe Menezes, numa tirada eleitoralista pensa que diz o óbvio. Disse ele: “Passos Coelho é o único político de mãos limpas em relação ao passado no espaço não socialista”. Não faço ideia onde ele quis chegar, se a submarinos, se a universidades modernas, se às propostas do seu próprio partido. O que também não sei é se será assim tão óbvio.
Já agora, alguém que diga ao dr. Menezes que o dr. Cavaco esteve mais anos no poder que o engenheiro Sócrates. É só uma questão de fazer contas.

Operação "Assalto ao Jamor"

É hoje o dia V.
Delineada em três fases, aqui poderá ler (ainda confidencial, pedindo-se, portanto, o favor de não ser divulgada) a ordem de operações.

sábado, 21 de maio de 2011

Filomena Franco: prata em Itália

A atleta Filomena Franco conseguiu a medalha de prata na Regata Internacional de Remo adaptado de Gavirate. A vencedora foi a atleta ucraniana campeã do Mundo em 2009 e em terceiro uma atleta húngara.
Filomena,  irá disputar na próxima semana a Taça do Mundo em Munique e, em Agosto, tentará melhorar o terceiro lugar obtido na edição do ano passado no Campeonato do Mundo, prova que este ano se disputa na Eslovénia e é decisiva para o apuramento para os jogos paraolímpicos.
O treinador, Augusto Alberto, acredita ser forte a possibilidade do apuramento para Londres/2012.

Nos 90 anos do PCP

Uma das peças patentes na exposição  no Centro de Trabalho do PCP, na Marinha Grande.
Em vidro e feitas à mão com maçarico, da autoria de Manuel Craveiro.
Iniciativa integrada nas comemorações dos 90 anos do Partido Comunista Português, a exposição pode ser vista até final de Maio, de Segunda-feira a Sábado, entre as 15 e as 22 horas. 
Evoca três momentos importantes da vida do Partido: a fuga do forte de Peniche, a tipografia clandestina (na imagem) e o assalto ao quartel da GNR em 18 de Janeiro de 1934.

Tinhosos

Augusto Alberto

Até que enfim, os verdadeiros tinhosos começam a tirar a máscara. Se prestarmos atenção, lê-los e ouvi-los dá-nos uma adicional vantagem, porque ficamos a saber o que querem e por isso, só se de todo formos parvos, deixaremos que a “tinha” nos coce. Olli Rehn, tinhoso e verdadeiro finlandês, disse em definitivo aquilo que alguns verdadeiros portugueses têm andado a dizer. Que o nosso pescoço está preso no cabresto. O mesmo que dizer, que a nossa divida às mãos dos bancos alemães, serve em primeira linha a economia alemã. Está escrito em alguns jornais tinhosos da pátria. Para o caso, o Público e o Diário de Noticias, para que se não diga que estas coisas são atoardas comunistas, como é regra. E como se não bastasse, a tinhosa da frau Merkel ainda se dá ao trabalho de nos enviar indicações sobre o melhor modo como haveremos de ser escravos e idiotas. E para que se não julgue que pela pátria não existe também tinhosos, o tinhoso Sócrates elevou a arte de mentir na política a patamares dignos de um filho menor. Acusa os comunistas de pretenderem não pagar a dívida que sob a sua batuta o estado português contraiu, quando o que os comunistas dizem e muito bem, que por este andar, não vai certamente haver modo de a pagar, que é coisa bem diferente. E de seguida, procurando, descolar do pior das propostas da direita, no que se refere à privatização das águas, mente sobre os factos. Como é evidente, o Público não é certamente jornal que se cheire, porque o seu dono repete sempre uma boa vingança e bravata, mas as evidências ai estão para que possamos chamar a Sócrates, filho menor de caudilho e aldrabão sem pingo de vergonha. E para acabar este pequeno texto, um desses tinhosos de quem um dia um outro tinhoso disse: - ser um tinhoso que fica doido com o cio, resolveu de facto endoidecer quando deu por aquela bonita mulher negra, que por acaso ganha os cobres com que paga a casa e a comida, a fazer a cama à gama alta. Parece que se vai sair mal, porque naquela outra terra de tinhosos, todo aquele que se baba é socialista e para os devidos efeitos, o perdão em regra, é improvável. Quer dizer que o lugar de mando do tinhoso do F.M.I, deverá ser disputado até sangrar, numa luta sem quartel.
Vai assim o nosso mundo, é bem certo. Mas ainda assim convêm perguntar: O que têm de comum estes tinhosos?
 São todos muito bons na nobre arte de nos foder em toda a cela.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Heil Merkel


Acabo de chegar do Porto, onde os trabalhadores portugueses deram uma imagem um pouco diferente da que a senhora pretende, senhora Fuhrer. Encheram, de indignação, de asco por si, a praça da Liberdade.
Sei que a senhora tem muitos "vasconcellos" por aqui para a servirem, até tem uma troika para servir os  intentos da sua troika. Deve de ser para condizer. Para conseguirem disfarçar as suas mentiras.
Uma coisa tenha a certeza, e digo isto porque em Lisboa também houve uma manifestação igual, ou maior porque é a capital  e tem mais gente, os portugueses hão-de, vão quero dizer, ganhar a convicção que Portugal é deles.
Confesso que sou, ao contrário da maioria dos trabalhadores portugueses, muito mal educado. Por isso, digo-lhe que vá para a puta que a pariu, mais as troikas que lhe aprouver. Ok?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Porque as troikas não são uma fatalidade

Pronto, deu Porto


Não há dúvida que o "caneco" está bem entregue. Ninguém no seu perfeito juízo duvida que o FC Porto é uma das melhores equipas europeias da actualidade. O mérito do Sporting de Braga, por ter jogado de igual para igual, por ter tido também oportunidades, é poder pensar, com propriedade, que soube a pouco uma campanha excepcional que poucos contavam. E com uma certeza: qualquer outra equipa, das que disputaram os quartos ou as meias-finais, teria sido humilhada.
Bem, mas a minha costela minhota é vitoriana. Portanto, domingo que vem, é doutra pipa.

domingo, 15 de maio de 2011

Gente séria, a do FMI





Dos tipos do FMI, ou dos seus associados ou simpatizantes ou apaniguados, nunca pensei grande coisa. Para ser mesmo sincero, direi que não passam de grandes filhos da puta. Nem nunca passaram. Mas esse também deve ser o lado para o qual eles dormem melhor.
Este é o candidato "socialista" às presidenciais francesas, o principal rosto do capitalismo internacional.

sábado, 14 de maio de 2011

Pedro Cruz expõe "gentes do mar"

O jovem e talentoso fotógrafo Pedro Cruz inaugura hoje à tarde no CAE a sua segunda exposição. Depois de "Recortes da  Aldeia", pode-se dizer que a objectiva do Pedro faz uma expedição às origens, uma vez que é neto de pescadores.

Com troikas ou sem troikas

Governados por duas troikas e com acordos para aqui e para ali, há uma coisinha que não vai mudar. Segundo dizem a corrupção vai ficar na mesma. Cá para mim vai ficar pior, mas enfim...
Vai vir robalos e mais robalos,,,

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Assim falou Zaratustra, perdão, a Troika

Aqui têm a nossa ajuda !
E passou o cheque de 78 mil milhões de dólares.
Tanta massa!

Mas atenção - advertiu a troika - desta quantia entreguem já, e em primeiro lugar, 12 mil milhões à Banca na modalidade de «apoios directos» -
e tomem medidas para reservar 35 mil milhões para garantias à mesma Banca, que, coitada, é a grande vítima da crise, a grande sacrificada e, portanto, deve ter prioridade no apoio.

Para que a nossa ajuda seja eficaz - decretou a troika - roubem nos salários dos trabalhadores, roubem nas pensões e reformas, aumentem os impostos, acabem com os serviços públicos, criem mais desemprego, generalizem a precariedade e, especialmente, acabem com essa história dos direitos laborais, essa coisa velha, ultrapassada e arcaica que a modernidade dos nossos tempos não pode tolerar...

À despedida, a troika FMI/BCE/UE, de semblante severo e dedo em riste, avisou: e não se esqueçam que, entretanto, por esta ajuda têm que nos pagar de juros, no total, uns 30 e tal mil milhões de euros.

E enquanto a troika assim falava, os três da troika PS/PSD/CDS-PP diziam que sim, acenavam as cabecinhas até quase desprendê-las dos corpos e, às escondidas, trocavam bilhetinhos: já temos programa eleitoral!, que grande ajuda!, que grande acordo!, que grande amiga é a troika!

Que grande cambada!

Da requalificação de escolas públicas

Foi através de um link no blogue "Outra Margem", do meu amigo António Agostinho, que fiquei a saber do que se passa quanto às requalificações das escolas, neste caso da Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho, onde ainda estudei.
Fiquei a saber que nem ligam o ar condicionado porque, desta maneira, nem haveria dinheiro para pagar a conta à EDP.
Certo que a EDP pratica o proxenetismo reconhecido por toda a gente, mas bater às cegas nem tanto.
O que consegui apurar é que a referida escola nem sequer tem ar condicionado. Tem é um sistema de renovação de ar, que, pelo que me explicaram, é uma coisa um pouco diferente.
Ou bastante, mas como é bom de ver eu não percebo muito dessas coisas.

A enfermeira Sendler e o Dia Internacional da Enfermagem


Hoje, dia 12 de Maio é o Dia Internacional da Enfermagem. Embora nunca tenha percebido muito bem os dias internacionais, fossem eles do que fossem, também é o terceiro aniversário da morte de uma enfermeira.
Irena Sendler morreu em 2008, aos 98 anos de idade. Proposta para o Prémio Nobel da Paz, nunca o recebeu. Mas fica, ficará, a sua acção. Que perdurará, como exemplo do mais puro humanismo.
Não sei se terá sido uma injustiça, ou não, a não atribuição do prémio. Pouco importa. A senhora terá morrido feliz, com a sua consciência tranquila.
Se houve quem recebeu o prémio e o merecesse, a senhora polaca ficou com a certeza que não verão, nunca, o seu nome conspurcado ao lado de Kissingers, Sadats, Shimons Perez, Rabins, Gores ou quaisquer outros Obamas que os pariu.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Triste pequenez

Augusto Alberto

Viajo pelo Portugal profundo numa manhã de morrinha e neblina e entro num café de uma pequena localidade do interior, pelas 8.00 horas. Sento-me a tomar o café do dia e aproveito para prestar atenção às notícias da manhã, que passam na TV. Há pessoas que entram e pessoas que saem, muitas delas alabardadas em roupas já sujas que espalham um cheiro náuseo, após dias de trabalho, espelhando com clareza parte do país e do povo que somos, a quem, de quando em vez é permitida a possibilidade de, pelo voto, dar o aval a uns tipos de fato imaculado, que desta vez, resolveram pedir “fiado”, após terem malbaratado o país e esbulhado este povo que corre à lufa-lufa, nem que seja para o engano.
As notícias chamam a atenção de dois homens, encostados ao balcão, que rodam no sentido da televisão e depois de tomarem boa nota do que ali estava a ser dito, um deles comentou: - “se eu também tivesse uma reforma de 1.500 euros, não me chateava nada que me tirassem 50 euros”. O café logo me caiu mal, porque topei ali uma triste pequenez, submissão e inveja, coisas muito ao gosto de uma certa cultura cristã, que modela um certo povo de Portugal. Entretanto, na rua a chuva miudinha persiste e obriga a que as pessoas se acantonem dentro do café, que em dado momento se assemelha a um bazar, com a algazarra a crescer. Começo a ter dificuldade em ouvir. Mas entretanto, mais gente mostra interesse em saber o que se diz e apesar do barulho e da confusão, ainda tive tempo de anotar novo comentário: - “apesar de não ter vivido naquele tempo e de saber que fez algumas coisas más, Salazar foi um grande homem. Nunca roubou. Nasceu pobre e morreu pobre. A única coisa que deixou foi uma casa a cair de podre, lá na terra onde nasceu”. E ainda outra réplica, feita de sujidade, que por ali já não era pouca. – “Olhe, nesse tempo não se viam as porcarias que se vêem agora. Se um tipo mijava para o chão, a polícia apanhava-o e prendia-o. Agora, até à frente da polícia se mija”.
Não sou dali, nem conheço ninguém, mas se fosse, teria dito. É verdade, agora infelizmente não se prendem os que mijam, sobretudo, os que mijam sobre nós. Mas como sou um cidadão em passagem e a beber o único café diário, levanto-me e saio direito à chuva miudinha que lava o asfalto, com o estômago em aperto. Retomo a minha viagem, mas levo uma observação.
Infelizmente e após tanto tempo, ainda anda por cá muito povo lázaro.

domingo, 8 de maio de 2011

Libia: alguns números e alguns factos


O regime "ditatorial", até há pouco apoiado pelo chamado Ocidente, alcançou, entre outras coisas, estes resultados:
PIB por habitante: US$14 192.
Subsídio de desemprego: US$730/mês.
Vencimento mensal médio das enfermeiras: US$1000.
Subsídio pelo nascimento de cada criança: US$7 000.
Subsídio mensal para deficientes dependentes: US$1000.
Cofinanciamento estatal não reembolsável (a fundo perdido) para compra de casa por jovens casais: US$64 000.
Subsídio não reembolsável para abertura de estabelecimento comercial: US$20 000.
Preço por litro da gasolina: US$0,14.

GRATUITO
Cuidados de saúde e parte dos medicamentos.
Educação e ensino.
Formação e estágios no estrangeiro (pago pelo Estado líbio).
Arrendamento de casa.
Energia eléctrica para fins domésticos.
Crédito bancário sem juros, nem comissões e outros serviços bancários.
Abastecimento público através de comércio a retalho para jovens famílias de pequenos rendimentos com preços controlados.

E se habitantes de outros países, nomeadamente do médio oriente, começarem a exigir o mesmo? Nem pensar!

Foi este o pecado mortal de Gadafi.
O poder líbio transformou um dos mais pobres e atrasados países de África e do Mundo num quase paraíso quando comparado com a realidade de há 40 anos atrás.
Criou um moderno sistema de saúde e ensino e construiu modernas infra-estruturas públicas (muito disso agora está destruído pelos bombardeamentos democráticos, humanitários e modernaços da escória que governa os países imperialistas).
E o Estado líbio era um dos poucos naquela região do Mundo (afinal de contas nossa vizinha) que cumpria os contratos que firmava. Ao contrário, como se vê, daqueles que bombardeiam a Líbia para a destruir, condenar à miséria e depois roubar à vontade.


Aqui pode ler uma carta endereçada ao presidente Obama, que, supõe-se, não terá recebido resposta.

sábado, 7 de maio de 2011

Mar da palha

Augusto Alberto

Barack Obama ordenou um tiro certeiro no olho esquerdo de Bin Laden e aparentemente acertou em cheio. Politicamente. Diz-se que deu um importante passo para a sua reeleição, após mandato que deixa o seu país envolvido em muitas e várias incertezas.
Não conseguiu fechar Guantánamo, e, ainda, mais um presidente que não consegue devolver aquele pedaço de terreno ao seu legítimo dono, Cuba. No Afeganistão e no Iraque, as coisas continuam difíceis. Não param de chegar cadáveres. Tal como difícil está o equilíbrio social na sua própria pátria. A banca continua de pedra e cal a fazer o mal e a caruma, sem que algumas rábulas presidenciais tenham alterado alguma coisa.
O desemprego é uma chaga e o sonho americano de ter casa, carro e gasolina barata, vai sendo uma miragem. Aliás, milhares estendem o cobertor debaixo da ponte, ao arrepio do grande desejo e sonho. Por isso, segundo variados analistas, inclusive uma Teresa de Sousa, apontam como muito importante para a sua reeleição, exactamente ter sido ele a mandar abater o inimigo público do momento. Nesta matéria, casam em pleno os egos e os inimigos públicos, na grande pátria americana. Foi Al Capone. Depois foi Fidel, que apesar de sucessivas tentativas de liquidação, vai mesmo morrer de velho. E por fim, Bin Laden.
Mas deixem-me dizer-vos que não é só Obama a necessitar de um inimigo público. Também o nosso 1º ministro anda um trapilho e com o seu bornal repleto de coisas más, a saber: o desemprego, que ao invés de diminuir, com a criação dos famosos 150 mil postos de trabalho, avançou afinal para a fasquia acima dos 800 mil desempregados. Os velhinhos por exemplo, já na fase de esperar a morte, sem injecção atrás da orelha, mas sentados, porque a ambulância nunca mais chega e por ai adiante.
Que jeito dava termos também o nosso inimigo público nº 1, apanhado e baleado pela nossa força de elite, a mando de Socrátes e a seguir, após o ritual católico da praxe, atirado ao mar da palha. Seria uma espécie de mel na palha. Reeleição garantida, gritaria a nossa Teresinha de Sousa. Aliás, o seu muito amigo Mário Soares, também à rasca, por pouco não teve o seu. Um dia mandou as suas forças especiais apanhar um bombista, mais ou menos com a boca na botija. Júbilo, o homem era Dias Lourenço. Caramba, Dias Lourenço, o Director do jornal Avante! Caça grossa, gritou-se. Mas engano, o homem não era António Dias Lourenço de seu nome, mas João. Que enormíssimo desperdício! Estão a ver?
Tão pobres somos que nem conseguimos um inimigo público deveras. Limitamo-nos a caça miúda, ainda por cima, sujeito a engano.
Amochem tartufos.

Concentrai-bos!!!

Propriedades curativas de um licor

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A água da Figueira

Como se sabe, a concessão ao sector privado da exploração da água foi um processo iniciado pelos “socialistas” e concluído pelo PSD em 1998. Por um período de 25 anos.
A razão, diziam, e defendiam, era a melhoria da qualidade de vida. Não se assistiu nem à qualidade de vida nem à qualidade dos serviços.

Num comunicado emitido pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) sobre os efeitos da famigerada concessão, conclui-se:
- A existência de sérios prejuízos para o Município, para os consumidores e para os trabalhadores. Avultados lucros para os accionistas da empresa concessionária (razão última e única da concessão, digo eu). Em 2010 a holding “Aquapor” obteve cerca de 4 milhões de euros de lucro.
- A cobertura de saneamento que em 2011 deveria estar concluída está por cumprir.
- A qualidade da prestação de serviço que pelo menos deveria ser mantida, piorou, sem que a Câmara Municipal faça cumprir o estabelecido no contrato de concessão.
E que se assiste depois do “forró” da concessão?
O referido comunicado elucida-nos:
- A presença de buracos que se perpetuam no pavimento e à negligência na sua reparação.
- Ao aumento de tarifas ano após ano de acordo com o contrato de concessão, de modo a garantir o lucro de cerca de 16% à empresa concessionária, sem investimento de capital de risco.
- A uma duvidosa qualidade do bem fornecido, que deveria ser insípida, incolor e inodora.
- Durante os cerca de 10 anos de concessão de serviços, houve uma redução dos quadros do pessoal em cerca de 40%, de 140 para os 80 trabalhadores, bem como a redução de salários, sendo os trabalhadores contratados pelo salário mínimo nacional.
O comunicado diz ainda: A empresa privada não pode reduzir salários aplicando legislação e direito laboral público. Pode e deve de acordo com os seus LUCROS aumentar salários.
O que se sabe é que Município entra com algum para garantir o lucro à cabeça da concessionária, porque doutra forma a água na Figueira, das mais caras do país, seria ainda mais cara.
Mas o contribuinte pode estar descansado, se não paga de uma maneira, paga de outra.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

E agora?

Agora, rapidamente e em força para Dublin. Só para ir lá buscar o "caneco".
Se os potugueses tem razões para andarem depressivos, a coisa agravou-se para mais seis milhões deles.
Acontece.

Porque lutar é preciso!

Há uma toca, a da Moura, aqui ao pé de nós

Augusto Alberto

Há um tempo atrás, ainda estou para saber para quê, tirei um pouco do meu sossego e resolvi escrever a Bin Laden. Eu sempre soube por onde andou. Passou ao pé de nós, emboscado, numa toca, na encosta atlântica da Serra da Boa Viagem. A Toca da Moura, mais bela do que as de Tora Bora. E o que lhe pedi? Que me desse a sua bênção e fosse meu guia emocional. Para quê, perguntou-me? Para que afinal queria eu um islâmico inquieto para guia e confidente, se desde que ganhei tino me tornei ateu? Com toda a razão. Reflecti e conclui que ser ateu é ser previdente. Evita-nos canseiras. Como aquelas de não faltar aos actos litúrgicos, de pé, de joelhos ou de cócoras e de percorrer quilómetros a fio suportados por um cajado, onde vão presas figuras esculpidas em mármore, madeira ou película fotográfica, que olhamos com ar perturbado, como aqueles romeiros de Maio, cerca de 30, que há uns dias almoçaram comigo, mesa com mesa, e ainda evita de volta e meia, as loucuras fundamentalistas de negar evidências materiais e sociais, que de quando em vez, acabam em sangue.

Mas vamos em frente, porque a História é feita de factos que às vezes não batem certo. E o facto é que aquele, que junto a nós se emboscou, foi quem gizou um golpe certeiro nos arranha – céus da cidade. Um acto de puro banditismo, que deixou gente em choro e comoção. É certo que logo alguns americanos, disseram: - uma coisa como esta estava escrita, porque há por ai muita gente que não gosta de nós. Será bom lembrar que no dia 11 de Setembro de 1973 muitas centenas morreram em Santiago do Chile, por nossa arte e culpa, ou meditemos no modo patético como se construiu as razões que levaram por diante a guerra no Vietname, que devastou famílias e terras.
Alguma lógica, mas as coisas não podem ser dente por dente. Mas também a História não deverá ser desconstruída, ao gosto do momento ou dos vencedores. E porquê? Porque antes de Bin Laden ter gizado o ataque às torres gémeas, já fardado, armado e preparado pelos americanos, liquidou muitos soviéticos no Afeganistão. Soviéticos sim senhores, mas não só, também muitos afegãos. Ou seja, exactamente o mesmo homem que invadiu os escritórios da ONU em Cabul, de onde retirou o ex-Presidente Najibulah, a quem mandou enforcar e pendurar num poste de electricidade, porque teve a ousadia de enviar os meninos e sobretudo, no mais doce ultraje, as meninas que, por ali e por vontade talibã, são uma espécie de coisa para cobrir e dar leite, para escolas públicas e laicas, para fugirem ao destino das madrassas, que só recebe meninos, e cria gente nervosa, que depois se põem no mais desenfreado tumulto e algazarra. Como sabe sempre bem limitar a história e reduzir, sobretudo os que choram, como se só houvesse gente boa de um lado, neste mundo desavindo, onde habitam também americanos a quem os bancos, depois de uma vida de amealho e trabalho, esbulharam as suas casas e hoje vivem em tendas montadas em parques e jardins.
Aliás, imagens muito poucos vistas. Ou seja, como combina esta gente este apagão no sonho americano de uma vida venturosa, com este momento de júbilo e frenético golpe publicitário e eleitoral? Ainda é cedo para o sabermos. De qualquer modo, o mundo não vai mudar um bocadinho com a morte daquele que um dia passou, ligeiro, pela Toca da Moura, com o Atlântico em frente do olho que levou o tiro certeiro, e acabou, por fim, atirado ao mar Arábico.
Como morreu longe o homem mau que esteve aqui tão perto?
E a quem serviu a demora?

terça-feira, 3 de maio de 2011

A luta é alegria

Quase os "Village People" revisitados, mas em versão de Esquerda, os "Homens da Luta" dão show na Alemanha, onde vão representar Portugal no Festival da Eurovisão.
A canção "Luta é alegria" tem já uma versão em inglês, "Struggle is joy". São já noticia no conceituado "The Guardian" e vão dando divertidas conferências de imprensa, como pode ver aqui.
E o povo, pá?

Sócrates, ao intervalo

No intervalo do jogo Barcelona-Real Madrid, que não percebi bem como é que os madridistas conseguiram chegar ao fim dos primeiros 45 minutos com onze jogadores, o primeiro-ministro falou.
Sobre a ajuda que os trabalhadores portugueses vão dar ao capitalismo internacional.
Tranquilizou-nos, claro. Foram carradas, carradas, carradas e carradas de vaselina, pois então.

O humanista Olímpio

aqui me referi ao Olímpio. Como homem solidário que não abdica dos seus valores. É um humanista. Daqueles homens que nos fazem sentir bem com a condição de humanos que ostentamos.
A situação de Carlos Paiva é dramática. Olímpio pensa em ajudar a minorar o sofrimento do jornalista. E diz como. Pede, tão só, que divulguemos as suas ideias. E, já agora, acrescento eu, também não seria uma má ideia seguirmos o exemplo do Olímpio.

domingo, 1 de maio de 2011

Se fizermos de Maio a nossa lança, teremos...

O Futuro

Isto vai meus amigos isto vai
um passo atrás são sempre dois em frente
e um povo verdadeiro não se trai
não quer gente mais gente que outra gente.


Isto vai meus amigos isto vai
o que é preciso é ter sempre presente
que o presente é um tempo que se vai
e o futuro é o tempo resistente.


Depois da tempestade há a bonança
que é verde como a cor que tem a esperança
quando a água de Abril sobre nós cai.


O que é preciso é termos confiança
se fizermos de Maio a nossa lança
isto vai meus amigos isto vai


 Ary dos santos