segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cuba, Chavez e outros

Augusto Alberto

Qual é a diferença entre Cuba, Egipto, Argélia e Tunísia? Por mais que matutemos, não há coincidências. Cuba bateu o pé ao império e tratou de dar ao seu povo o possível e logo todo o mundo ocidental e livre, achou ali uma ditadura, com os americanos em perseguição aguerrida. Egipto, Argélia e Tunísia, países agora na corda bamba, governados durante dezenas de anos por generais torcionários, que conviveram amenamente com os regimes democráticos e livres do ocidente, em especial dos franceses e americanos, que neste preciso momento ensaiam a rábula da calma, da resposta proporcionada, dos abstrusos direitos humanos, etc. El Baradei foi prémio Nobel da paz e sujeito pouco firme em desmontar as tretas do Bush, que levaram à invasão do Iraque. Perito e presidente da agência mundial de energia nuclear, chegou ao Cairo para tirar proveito das confusões nas ruas, disse. Que papel vai desempenhar? Será que ao homem, os amigos deram nova missão? A de capitalizar os movimentos de rua, que se dão para o torto e se alastram até às corruptas monarquias, como a Arábia Saudita, Emiratos Árabes, a Jordânia, etc, vai deixar o Ocidente em muitos maus lençóis. Está ali um bico-de-obra, porque isto não é só montar nos desgraçados durante décadas, sem que daí não resultem consequências. É que as democracias ocidentais durante anos não avaliaram bem as consequências das vagas de miseráveis que durante décadas desembarcaram ou sucumbiram antes de chegarem às suas belíssimas praias. Já sei que ai vem a treta do costume contra os islâmicos radicais. As fugas em frente nunca explicam nada.

É exactamente por tudo isto que às vezes ver e ouvir Hugo Chavez é um verdadeiro delírio. Há uns dias atrás, foi um gozo ver Chavez sentado em frente de uma assembleia, onde decerto se discutiam coisas importantes para as pessoas e lhes disse: “esperem um pouco para ver como um sujeito habituado ao negócio da especulação, vai ser metido na ordem”. Não é normal um senhor presidente da banca, habituado aos negócios especulativos e de casino, a viver no conforto dos salões, ser gozado à frente de milhões de pessoas, porque a TV tem esse privilégio, desta feita a contra gosto de nossas excelências, os marajás. Bastou um lamento e Chavez teve a coragem de colocar o representante do capital num patamar abaixo das necessidades das pessoas. Mal habituado, o cavalheiro tem de saber que, ou está ali para ajudar, ou não precisa de ali estar, como bem disse o presidente venezuelano. Estivemos perante uma cena da melhor arte da comédia, digna de um título: senhor do capital especulativo posto no patamar abaixo.
Para meu gosto, Hugo Chavez é panfletário demasiadas vezes, mas não é um militar que esteve e está contra o seu povo, como todos os generais e coronéis, amigos das democracias ocidentais, que agora estão à perna com povos que no norte de África e no golfo, resolveram dizer basta. Só agora a água começou a descer a montanha e por isso tratem quanto antes de achar alternativas, ou os cães sair-vos-ão à estrada.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Com estas políticas, a precariedade é o futuro


Actualmente, 4 em cada 10 trabalhadores são precários. De 10 novos postos de trabalho 9 são precários e raramente se transformam num contrato decente em que o valor do trabalho seja considerado.
A situação tende a evoluir, quer no aumento do trabalho precário quer no aumento do desemprego.
Discutir isto sem propor, ou defender uma mudança de política é “encanar a perna à rã”.
Os resultados das eleições, nomeadamente destas últimas, permitem a leitura de que os milhares de desempregados e trabalhadores precários defendem estas políticas. Eu não defendo, e combatê-las não significa que não respeite o seu sentido de voto.
Agora não tentem convencer-me que isto é uma fatalidade. Não é.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Um anónimo distraído

foto: alex campos

No post anterior, uma crónica do meu camarada Augusto Alberto, um anónimo fez o favor de comentar.
E foi dizendo, ou escrevendo melhor dito, que a culpa da mudança não realizada é do candidato Francisco Lopes e do partido que o apoiou. Porque em toda a campanha nada de novo mostraram. O caro anónimo não esteve com atenção à campanha, ou viu o que quiseram que visse.
Diz também, ou escreve, que os apoiantes do PCP vivem de sonho e ilusão. De sonho com certeza, de ilusão penso estarmos vacinados contra. Certo é que a luta continua. Porque somos homens e mulheres de luta. Talvez por isso, às 00h00 do dia 24 de Janeiro o meu candidato seja o único que continua a ter opinião sobre as questões sociais, políticas, económicas. E a debatê-las. Ou seja, o único com uma ideia para o país. Para ele, a vitória, se fosse caso disso, não teria sido missão cumprida. A luta continuava. Como, aliás, continua. Repare o anónimo nas demais campanhas, o que disseram, o que defenderam, o que dizem e defendem agora, após.
Escreve o anónimo que talvez obtenhamos o seu voto se deixarmos de ser demagogos e respeitarmos os resultados eleitorais.
A menos que o anónimo esteja de má fé, penso que ganhamos mais um voto.
Primeiro, porque nunca fomos demagogos e o que debatemos, ou o que debateu ou tentou debater durante a campanha o meu candidato, foram questões concretas. Que têm, continuarão a ter, a ver com a independência nacional, com a situação de quem trabalha, de quem produz. No fundo, o cerne da questão. Que passa por uma política diferente. Foi isso que o meu candidato propôs.
Segundo, porque respeitamos os resultados eleitorais. Temos é uma análise nossa da questão. Da qual não abdicamos. Porque nós, os comunistas, somos pessoas de princípios. Inabaláveis e inegociáveis.
Os comunistas orgulham-se da História do Partido Comunista Português.
Dos outros não há muito a dizer: o estado a que isto chegou fala por si. Daí os seus defensores ocultarem-se no anonimato.
Bem, já ganhei o dia, ganhando mais um voto.
Vivam os trabalhadores portugueses. Os que não têm trabalho, os que o têm precário, e por aí fora.

Porque a Direita não é parva...

Augusto Alberto

Apesar de andar por longe ainda cheguei a tempo de dar sentido ao meu voto. Votei Francisco Lopes porque faz cada vez mais sentido a ruptura e a mudança. O meu candidato falou claramente dessa necessidade mas os situacionistas, como convém, omitiram o facto. Nada de novo, como velho foi o resultado final. Então o que sucedeu?
O que sucedeu é que o povo se entregou a quem o vai continuar a roubar, porque parece não perceber que enquanto não utilizar a pequena hipótese que o jogo viciado lhe permite sairá sempre a perder. Esse jogo viciado, bem urdido, defende-se com uma estratégia montada em duas linhas paralelas, muito claras como a água que corre cristalina pela montanha.
Uma das linhas vai para a total mobilização do conjunto das famílias que formam a corte dos marajás que hoje detêm o poder económico, político, judicial e administrativo. Neste último caso com expressão eleitoral acima dos 2 milhões de almas. A outra, paralela, vai na estratégia de empurrar para o conformismo e o desânimo milhões de portugueses, trabalhada a ideia de que não vale a pena votar porque já se sabe quem vai ganhar. Ou porque as coisas não mudam. Ou mais grave, para quê votar se são todos iguais?
Dando corpo a estas duas linhas, a abstenção, os votos brancos e nulos rondaram os 60% da totalidade dos votos a expressar sem incomodar os marajás, claro está.
Vistas as coisas de modo rápido, bastava que 3% destes cidadãos votassem num dos outros 5 candidatos para que houvesse uma segunda volta. E, então, quem sabe, as coisas começassem a distender.
Acontece que a teoria do desânimo e do conformismo caiu no prato como sopa no mel e, claro, a corte de marajás que urde a estratégia acertou em pleno no alvo. Por isso, não se queixem esses milhões de portugueses levados pelo conto do vigário, porque será sobre eles que cairão os sacrifícios, enquanto cairá o mel na sopa dos marajás, que é como quem diz, os euros nas contas. Quem se borrifar para a pequena possibilidade do voto, terá de saber que é neste mundo que tudo se paga.
Outro belo exemplo da teoria que aqui defendo tem expressão nas decisões tomadas em concertação social, completamente a propósito logo após o acto eleitoral. Ou seja, a nossa insossa ministra do Trabalho explicou-nos que as condições de indemenização por afastamento do posto de trabalho vão ficar em linha com o que se faz em Espanha. Muito bem. Para ser sincera e coerente deveria ter dito: primeiro, pague-se como em Espanha. Mas como a coerência nesta matéria não é uma conta corrente, falta ainda dizer que estas novas regras se vão aplicar, inteirinhas, ao povo,que trabalha aos dias e que acha que não vale a pena votar porque... se sabe quem vai ganhar e porque são todos iguais.
Eu sei bem que está dificil mas nada como tentar e por isso, quero desde já agradecer o modo como o meu candidato colocou as questões bem no centro da verdade. É pena que os preconceitos continuem a fazer mossa e escola e obliterem quem precisa com toda a urgência da ruptura e da mudança. Cá por mim, estou bem, e até gozo, quando noto que o Partido Socialista foi quase varrido dos comentários na TV., excepção ao pequeno do António Vitorino, sempre sorridente, porque a um avençado do regime tanto lhe faz, porque o importante, é que viva o regime.
Do mesmo modo tanto faz ao dr. Correira de Campos, que sacou do pistolão e deu em cheio no Alegre. E também ao dr. soares, coirão velho, que serviu ao seu anterior companheiro de estrada a vingança de modo frio, como se para ele a fome e a graça de uma rasteira possam caber no mesmo voto. Por tudo isto, se a Direita sabe o que quer, compreenda-se que o Partido Socialista também não é de confiança. Cairá de maduro, depois de ter executado a preceito as tarefas que competem à direita.
Sem espinhas.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O voto é a arma do povo!

Duas Deolindas

Deolinda Rodrigues de Almeida foi uma poetisa e uma nacionalista angolana que morreu em combate. Foi a fundadora da OMA (Organização da Mulher Angolana).
Deolinda Rodrigues foi uma fadista portuguesa, com capacidades representativas que a levaram à revista e ao cinema. Retirou-se nos anos 70.
Lembrei-me destas duas senhoras porque a estonteante capacidade dos portugueses escolherem os seus governantes é, para rimar, hilariante. E os governantes conservam essas qualidades ao escolherem os diplomatas.
Isto porque,

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Presidenciais: o grande vencedor


Na política não há, como alguém uma vez disse para o futebol, Fair Play.
Qualquer posição que se tome, qualquer estratégia que se defenda tem sempre a ver com a luta de classes, será sempre uma opção de classe.
Não felicito os vencedores se eu pertenço à equipa dos vencidos.
Mas é justo realçar o grande vencedor das eleições de ontem. A direita, claro. E o seu aríete principal, que, injustamente, não vejo nenhum comentador destacar: José Sócrates.
Continuará com a política que sabemos, acolitado pelo ex-accionista do BPN. A notícia que destaco da primeira página do Público de hoje ilustra à saciedade o que acabo de dizer. Dentro, diz a notícia, governo e patrões querem cortes nas indemnizações nos processos de despedimento colectivo. Actualmente é um mês de salário-base por cada ano de trabalho. Eles querem reduzir para metade ou um terço. A cavacal figura eleita pelos portugueses não dirá nada contra, como é bom de ver.
Mais, Sócrates conseguiu, de uma penada, implodir o BE e neutralizar o que restava de complexos de esquerda no seu partido.
Cavaco sabe que não lucrará nada em criar uma crise política. O PS faz bem o trabalho. Sempre fez. Colocar já o PSD no governo para continuar a fazer o que está a ser bem feito seria um tiro no pé. Os auto denominados socialistas na oposição virariam a agulha e ganhariam depois. Assim, sairão do governo naturalmente, por desgaste. Depois o PSD tem o trabalhinho todo feito. Já não haverá muito que desvalorizar quer nos salários quer no trabalho.
Nunca tive dúvidas que Sócrates votou Cavaco. Tenho de reconhecer a sua habilidade como político.
P.S.: às tantas deverá haver já alguém que se esteja a afiambrar a outro banco para rapá-lo. Depois, o contribuinte colocará lá a quantidade desaparecida.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Ingratidão!!!!!!!!!!!!!!!!!

Cavaco Silva, o bronco da OPUS DEI: "Portugal estará sempre em primeiro lugar".

Então o BPN?

E pronto!! Viva Portugal

Os portugueses adoram adiar a História.
Ganhou o BPN, ou seja, a BANCA que se ri à beça, os Freeport's, as sucatas, e mais não sei as quantas.
Certo é que o povo é soberano.
Mas não posso, nem devo,  aplaudir os vencedores. Nunca gostei de vigaristas. Muito menos de fascistas.
Não aplaudo, lamento.
Que o aumento do desemprego, que o agravamento do nível de vida vai continuar a ser o prato do dia, é certo. Mas também é designio do povo. Aí, nada a dizer.
Que o FMI esteja nas "7 quintas", o problema começa a ser nosso.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Vamos lá reflectir

Não é que não tenhamos já  todos reflectido. Mas nunca é demais reflectir mais um bocadinho. Acresce que reflexão significa, também, mudança de direcção, ou mudança de sentido na mesma direcção.

(...) A verdadeira opção é entre os que, como nós, erguem os valores da solidariedade e da dignidade humanas inseparáveis do direito ao emprego, de uma mais justa distribuição do rendimento, da valorização dos salários e das pensões de reforma pelos quais lutamos; e os que refugiados em discursos caritativos e encenada comiseração, exploram a pobreza que eles próprios promovem e instrumentalizam os sentimentos de solidariedade, iludindo as razões e responsabilidades pelo aumento sem fim do número de pobres.(...)

Francisco Lopes

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Aviso à navegação





Enquanto há força...

Esquerdismo, doença infantil…


O apoio do MRPP a Manuel Alegre é caricatural. Porque nessa função há muito foi substituído. No passado, pela extinta UDP, pois deve haver ainda quem se lembre que um dos seus mais mediáticos deputados acabou como secretário de estado de um governo “socialista”. Agora, já há muito que o Bloco de Esquerda, uma não tão estranha como isso sociedade entre os maoístas da UDP e os trotsquistas do PSR, lhe tomou o lugar.
Mas, apesar de esgotado o papel histórico do partido do educador da classe operária Arnaldo de Matos, tem na folha de serviços alguns actos emblemáticos que perdurarão, ou seja, ficarão na História: ainda cá eu não estava, o incêndio da embaixada espanhola, onde pontificou o actual presidente da União Europeia ou lá o que isso é, seu activo militante à época.
Claro que ainda é cedo para se fazer a História, mas este incêndio, um acto radical, não teria por objectivo provocar uma invasão espanhola a fim de neutralizar o processo revolucionário?
Já eu recém-chegado ao rectângulo, o MRPP foi um dos grandes vencedores das eleições presidenciais, em 1976, ao apoiar o candidato do ps/psd/cds.
Será que ainda há militantes no MRPP à procura de “colocação”? E não terão cometido um erro ao não apoiar Cavaco? É que ele é tido como vencedor e o próximo governo será do PSD, confirmando-se a enfadonha, e macabra para o país, alternância.
Mas como isto anda tudo ligado, não terão cometido erro algum…
A direita, às vezes, sabe ser reconhecida.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Lembram-se deste cromo?

Esteve por duas vezes no governo. Na primeira tentou fechar as urgências do Hospital Distrital da Figueira da Foz. Não conseguiu. Teve outra oportunidade, e desta, encerrou mesmo a maternidade do mesmo hospital. Os figueirenses "devem de estar" lembrados.
Esta é a mais recente perfomance da besta. Isto de "xuxas" nunca se sabe.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Resta a imaginação, não é?

Mas, para bom entendedor...
Quer dizer, se o homem for eleito presidente vamo-nos queixar a quem? O voto é nosso, pessoal e intransmissível, ou não?
O que posso dizer é que já devíamos estar fartos de ser governados por néscios. E, ainda por cima, xico-espertos que se safam à brava.
Pelo menos o homem está cá, coitado. Há quem esteja em Angola, em Cabo Verde... e por aí fora.


P.S.: (salvo seja): Quando o meu amigo António Agostinho escreveu que estava indeciso em quem votar e que ponderava votar nesta figura eu ainda pensei que ele estivesse a ironizar. Mas não, ponderando bem ele lá tem as suas razões.
O povo é soberano, carago!!!!



Cartoon de F. Campos

domingo, 16 de janeiro de 2011

Domingo, 23/01, VOTE!

No acto eleitoral do próximo domingo não estará só em causa a eleição do mais alto magistrado da nação.
Confrontam-se também várias ideias, diferentes caminhos, para o país. Mais do que a eleição de um presidente da república há a possibilidade, o mais importante, do eleitorado caucionar, ou não, a politica neo-liberal que está em curso e que atirou o país para a situação em que se encontra.

O Neo-liberalismo caracteriza-se pela desvalorização do trabalho e a busca do lucro a todo o custo, inclusivé o da dignidade humana. Generalizadas, ou consentidas por quem tem o poder, as leis que permitem a precarização do trabalho tendem a aumentar.
Aqui chegamos à posição ocupada pelos candidatos no espectro político. O antigo accionista da SLN e o candidato governamental situam-se na área neo-liberal, que é como quem diz, representam o que temos tido estes anos todos e o que podemos continuar a esperar. Ou seja, caucionar um ou outro é desejar ter mais do mesmo. Que a situação económica, social, política da nação continue a ser ditada da estranja. Melhor dizendo, pelo capitalismo internacional.
Dois outros candidatos, os médicos, por muito que falem muito bem, e até agora não vi nenhum candidato engasgar-se, (salvo o SLN/BPN, o que também não tem grandes hipóteses porque não diz nada), também não sei se enganarão muita gente. Um deles é deputado do partido do governo. O outro, resumiu a acção política a apoiar ora o PSD ora o “ps”. À vez, tipo pluralismo bacoco.
O candidato madeirense está a preparar a máquina para as regionais do arquipélago, logo, como ele próprio diz, está fora deste jogo.
Resta o meu candidato. Francisco Lopes. O único capaz, sem subterfúgios alguns, de fazer respeitar a Constituição. O único que defende uma outra política, um outro rumo para o país. O único que defende uma efectiva mudança que há muito se impõe.

O meu Sporting e as suas excentricidades!!!


No que respeita a ideias inovadoras o meu desalmado Sporting continua na vanguarda. É que sempre me habituei a ver, nas equipas que estão sempre a perder, a mudança da direcção técnica. Para não ir mais longe, aqui a Associação Naval já vai no terceiro treinador.
Mas no meu Sporting, não.Perder, perde sempre, mas vai mudar é de presidente...
Também está bem, prontos!!!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Figueira da Foz: o CAE na vanguarda da arquitectura

A Figueira da Foz, orgulhosa capital do patobravismo, é, digamos, um microcosmo do país. Sempre foi governada pelos dois partidos irmãos que também o têm gerido. A única pequena diferença é que na Figueira foi sempre à vez (20 anos de PS, 12 de PSD e agora o PS), isto é, nunca se coligaram, apesar de há dias os laranjas terem votado favoravelmente o orçamento apresentado pelos rosas. Mas isso a gente já sabe como é. De realçar, a inesgotável paciência dos figueirenses.
Agora, a Figueira estará prestes a entrar para os anais da arquitectura, com a criação do “avançado interior”. Está a acontecer no CAE, e numa parceria tripartida entre o patobravismo, a hotelaria e a cultura. É obra, sim senhor.
Não sei se esta será a grande obra de regime dos “socialistas”, pois o programa com que se apresentaram às eleições já “foi às malvas”.
Aqui poderá ler mais sobre essa manigância arquitectónica.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Corda ao papagaio, Lousã e Serpins

Augusto Alberto

Hoje venho convidar-vos a clicar no site do jornal Granma, e ter a paciência de ler as conclusões da Assembleia Nacional de Cuba, e sobretudo o discurso de Raul de Castro, realizada no dia 18/12/2010, relativas às mudanças estruturais que vão ocorrer na ilha. Antecipando, deixo a singela frase de Raul: - “eu não fui eleito Presidente de Cuba para restaurar o capitalismo...” Esta é a melhor resposta à grande noticia do telejornal da RTP, do dia 5 de Janeiro deste ano de 2011, que levou José Rodrigues dos Santos a esganiçar ainda mais a voz e ufano anunciar: - “o regime Comunista de Cuba vai despedir 1 milhão de funcionários”. E a voz feminina de suporte à peça, ainda acrescentou, 1 milhão e duzentos mil. E o jornal da manhã, no café, em papel, de 6/1, já só falou 500 mil. Estamos conversados. Esta gente quando está verdadeiramente apertada, embebeda-se no anticomunismo e insiste no facto de que uma mentira repetida muitas vezes, à boa maneira fascista alemã, passa a ser verdade. Desse modo, a mentira, já a ouvi e li, várias vezes, nos mesmos lugares e ouvirei e lerei ainda mais, sempre que a cambada ache útil dar guita ao papagaio, como é usual.

Mas relativamente à questão, quero aqui dizer o seguinte. Em nenhum outro lugar os dirigentes de um país falam tão verdade como os dirigentes cubanos. Em nenhum lado uma alteração tão profunda, é tão discutida como Cuba o faz. Esta discussão começou no longínquo ano de 2002 e cruzou milhares de cubanos. Lida, chegaremos à conclusão de que nenhum Cubano vai passar à desgraça, ter de juntar os cacarecos e ir abrir o papelão debaixo das arcadas do teatro Nacional de Ópera, como sucede a muito capitalista cidadão. Que o processo de reestruturação é complexo e vai demorar 5 anos, tempo suficiente para que tudo fique em seu sítio, e que por isso, não é um qualquer trampolineiro que vai já carregar no botão e logo temos 1 milhão de almas na desgraça. Essas coisas fizeram e fazem-se aqui, na Rhode, na yasacsaltano, e em outras grandes empresas, sem que os espertos sejam caçados. E a boa sanidade política e social recusa que se atire à sorte 1 milhão de pessoas, 1/4 da força activa, de uma penada, sem que quem mandou, não venha a sofrer as consequências. Por isso, faz todo o sentido a conversa do povo com Raúl.

Mas se eu tivesse a sorte de ser um grande jornalista, desafiava-me, por exemplo, a conversar com os habitantes que bordejam a antiga linha da Lousã e ramal de Serpins, terras do meu distrito, para saber se as populações foram ouvidas a propósito da desconsideração, prepotência, incompetência, verdadeira tragédia e comédia, que se abate, hoje, sobre o putativo metro de superfície que haverá de substituir a vestuta linha da Lousã. Sabe-se que os dinheiros públicos gastos, foram para nada, mais uma vez, que a mui nobre cidade de Coimbra, viu sítios desmembrados, que os carris e as sulipas da linha foram levantados, os taludes de suporte em construção foram parados e que as populações têm agora, uma mão cheia de nada, ao cabo de mais de 100 anos de comboios. Coisas assim são de Salazar e, por isso, parece que o único modo de conversa, nesta matéria, ao contrário de Cuba, é a arruaça.

E por fim, não me deixaria escandalizar se alguém identificasse os nossos brilhantes dirigentes, como se identificam os bois: pelos nomes. E após, ia até Cuba, para ver como as coisas se fazem, e deixar nos hotéis alguns pesos, para ajudar os cubanos, que muito admiro.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

“Cães Danados” alteram formação








Pedro Torres (na imagem), ex-Skarface, é o novo guitarrista da banda figueirense “Cães Danados”, segundo anuncia o sítio da banda no MySpace.
A entrada do músico maiorquense, de 21 anos vem na sequência das saídas dos guitarristas Luis Furet e Pedro Gaspar, por motivos pessoais ainda segundo o “sítio” da banda, que acrescenta que o som dos “Cães” irá sofrer alterações, mas promete a permanência do “espírito alegre e crítico da matilha”.

Bibó pluralismo!!!!!

Seja lá o que isso for. Há quem o confunda com democracia, esse conceito vago e muito pouco concreto. Sobretudo pouco praticado.
Agora, dos tipos do SLN, ou BPN, ou lá o que é, não se pode dizer que não são pluralistas. Ou xico-espertos. Põem os ovos em vários ninhos. Questão de segurança, antes que a coisa dê para o torto. Assim vão andando tranquilíssimos da vida, enquanto nós...
E dirão entre eles, imagino eu: "porreiro, pá".
Ora vejam, aqui e aqui.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

EUNUCOS

Augusto Alberto

Reconhecidamente a paranóia está a tomar conta do mundo.

Nos passados meses de Outubro e Novembro, em trânsito por Los Angeles, Estados Unidos, fui obrigado a deixar o avião e passar pela alfândega, e, como é óbvio tive de apresentar o meu passaporte. Mas ainda antes, em Londres, fui apanhado de surpresa pela informação de que teria de tratar de uma taxa que se chama visa, para poder transitar pelos E.U, com validade para 3 meses, que me custou mais euros. Fiquei completamente surpreendido porque a agência que tratou da viagem desconhecia essa taxa, que obriga um cidadão europeu, à má fila, a colaborar no esforço de guerra americano.

Por sorte tinha um cartão visa, único meio de pagamento, sob pena da ficar apeado, como sucedeu a um jovem holandês, também surpreendido, que tentou ainda assim pagar com dinheiro vivo, mas não teve sorte. O avião fez-se aos céus e o jovem dormiu no aeroporto à espera da transferência bancária a partir da Holanda.

Mas é agora, passados 2 meses, lida a notícia da passagem dos dados pessoais dos portugueses aos E.U., que associo o modo como fui tratado em Londres e sobretudo o modo hirto como o polícia de costumes me olhou e desolhou desconfiado. Por certo essa é uma temática que aprendeu no curso para polícia de costumes, como meio de proteger a sua pátria, que me parece ser cada vez mais de loucos. E por isso fico enraivecido por saber que o meu país se prepara para entregar a minha soberania.

E interrogo-me o que fará o polícia de costumes se um dia voltar a passar de novo pelos E.U, se porventura chegar à folha que fala da minha brilhante inquietação dos 21 anos, por exemplo, quando resolvi dizer não à guerra e ao atraso político, cultural e social da pátria? E depois? Serei recambiado?

O que sei de fonte segura é que 37 anos após o 25 de Abril, tenho de lidar, de novo, com gente que a única coisa que aprendeu nos bancos da universidade é estar do lado rasteiro da vida. Que os E.U desejem ter as fichas de toda a gente, para a partir de um qualquer gabinete montarem um grande olho e se colocarem, como é hábito, na situação de voyeur, e a seguir decidam pedir contas quando acharem por conveniente, já não me parece bem, mas agora que os responsáveis do meu país cedam a essas pretensões e me ponham nas mãos de gente que ensandeceu e em quem não confio, é inadmissível.

Com semelhante decisão deixámos aparentemente o lado ideológico das coisas e por isso até dá a ideia de não haver modo de qualificar esta gente. Mas eu ainda cá tenho um adjectivo. Eunucos! Assim mesmo. Estamos perante um conjunto de pessoas que se caparam e completamente submissos, servem, sem questionar, os sultões que tratam do mundo. Que decidem o que fazer, como fazer e quando fazer. E tratando-se do verbo fazer, quero aqui dizer que não fui eu quem fez os terroristas.

O génio incompreendido...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Uma exposição invulgar


Uma exposição de Fernando Campos atinge a invulgaridade. Não pelo exposto - pintura, cartoons e caricaturas - a obra plástica do artista -, mas pelo espaço.
A galeria é, admirem-se, um blogue. Chama-se ele (o blogue) ou ela (a galeria) “Conversa avinagrada”. O “marchand”, que é como quem diz o autor do blogue, é Rogério Pereira, um natural de Loures que reside em Oeiras.
Com a ideia, bastante original, as exposições, pois esta não é a primeira, ficam sempre em cartaz.
Parabéns aos artistas. E ao “galerista”, com o reconhecimento por assim divulgar artistas pouco conhecidos e de grande qualidade.
Visite o blogue e passe pelas exposições. Verá que vale a pena.

Na imagem: "Natureza morta com presunto e dama de copas", de Fernando Campos

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A avó e a neta, ou mudam-se os tempos...





Diz a avó para a neta:
- Sabes, filha, eu com a tua idade já trabalhava.

Responde a netinha:
- E eu, com a tua idade, ainda vou estar a trabalhar.

Os “brandos costumes”

A afirmação do dr. Oliveira Salazar de que somos um povo de brandos costumes só reflecte o conhecimento profundo que possuía do seu próprio povo. Aliás, já houve quem o considerasse o político que melhor o compreendeu.
Lembrei-me dessa frase a propósito das notícias informando que os Estados Unidos vão ter um ficheiro de dados pessoais dos cidadãos portugueses com o anuimento do governo português.
Acho aviltante, não da parte dos “américas”, mas dos governantes escolhidos pelos portugueses. É uma falta de patriotismo tal que pressupõe traição. Nada que me admire, apesar de execrável, de resto.
Não ter visto nenhuma indignação, pelo menos á vista desarmada, vem provar a veracidade da afirmação do professor de Santa Comba.
Já Cavaco Silva se aproveitou, e bem diga-se em abono da verdade, da referida constatação: quando para sossegar os americanos lhes disse, sobre os voos da CIA, para voarem à vontade porque aqui a imprensa é mansa.
Outra exemplificação histórica da brandura dos costumes vai ser exponenciada no próximo dia 23. Com o IVA a 23%, com os salários a desvalorizarem e a baixarem, com pensionistas e desempregados a pagarem taxas moderadoras, com o país no estado a que chegou, não me admira absolutamente nada que os candidatos dos dois partidos que partilham o poder há 34 anos tenham, juntos, uma votação acima dos 65%.


(Repararam que me referi ao dr. Salazar com respeito, não por que o respeite mas pela simples razão de se tratar de uma pequena resenha histórica, e o que eu respeito é a História. Se me referisse a terroristas também não utilizaria os adjectivos mais adequados: Exemplos: presidente George W. Bush, dr. Durão Barroso, general Augusto Pinochet. Ou a chicos-espertos vigaristas: dr. Mário Soares, engenheiro José Sócrates, senhor Manuel Godinho, dr. Dias Loureiro, e por aí fora).

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Trambiqueiros

Augusto Alberto



Estou a imaginar como será a redacção de um jornal diário, afadigadíssima, na procura das melhores soluções jornalísticas. E inclusive, parece que vejo o chefe a chamar ao seu gabinete um dos seus mais zelosos jornalistas, para lhe comunicar a necessidade de levar adiante uma tarefa muito especial: elaborar uma notícia à volta de uma personalidade que se coloque como alternativa a Sócrates. Para melhor explicitação, diz-lhe que está na altura de começar a promover a campanha de substituição do actual primeiro-ministro, porque apesar do seu carácter implacável, já deu o suficiente para alimentar o clero e a nobreza da pátria bem amada. Por isso, é urgente começar a criar, no mínimo, não uma, mas duas figuras. O jornalista tomou boa nota da tarefa e de volta ao seu eficaz computador, começou a escrever o que se segue: - a contestação social, o desgaste nas sondagens, a rebeldia de Carlos César, o incomodo dentro do Partido, são sinais de fim de festa. Este naco de prosa, ou uma caixa de um texto mais desenvolvido é real, porque foi escrito por um jornalista do Público, cujo nome não tem para o caso qualquer relevância.

É bom aqui lembrar que José Sócrates no início da sua campanha como primeiro-ministro, foi tido como um homem de grande coragem política, e por isso recebeu da direita, que não é parva nem trôpega, os mais rasgados elogios, porque foi capaz de fazer a reforma da administração pública, da segurança social, do trabalho, da saúde e do ensino. E nos intervalos enfrentou todo o tipo de cooperações, na justiça, nas escolas, nos hospitais e centros de saúde, e ainda lhe sobrou tempo para berrar aos ouvidos dos trabalhadores, etc. Mas a usura do poder, como gosta de dizer toda a tralha de analistas, comentadores e restantes figurinhas, coloca,como diz o diligente jornalista, Sócrates em fim de festa.

Desse ponto de vista, as soluções avançam de mansinho, na mira do único e real objectivo, continuar a levar em frente a cooperação estratégica e a alternância do poder, ou na melhor linguagem, para que tudo fique na mesma. Desse modo, são precisos sempre dois para dançar o tango, ou para melhor esclarecimento, a pátria precisa não de um trambiqueiro, mas dois ou três. Seguramente Cavaco já o é, Passos Coelho será o próximo, e quem sabe, se o Carlos César dos Açores não se está a posicionar para ser o terceiro, porque cautelas e caldos de galinha podem evitar que perigos se levantem por ai.

Nunca tomem esta direita por parva, antes pelo contrário.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Contar até dez

 Augusto Alberto (Texto e foto)
Li mais um, desta feita, eufórico editorial, num diário, sobre Cuba, como se no Caribe e América Latina, as dificuldades só estejam na ilha. Julga o editorialista estar perto o dia em que aquilo tudo cairá, na esperança de que no dia seguinte, a Filarmónica de Nova Iorque, venha a tocar, agora numa praia da Florida, como fez junto do muro de Berlim, a nona sinfonia de Beethoven. E a máfia de Miami e as de todo o mundo selecto, onde se incluem os membros do clube muito privado de Bilderberg, rejubilará e virá a conclave, em júbilo, mais uma vez, quem sabe, de novo a Sintra e então Balsemão, como da última vez, felicíssimo, mandará abrir o melhor e mais caro champanhe.

Quero aqui dizer, que admito, sem soluçar, que aquela experiência possa um dia, sucumbir. Não é fácil resistir tanto tempo, mas de qualquer modo, há uma variável bem objectiva, que o editorialista, na sua ânsia, não está a levar em conta. Isto é, se o povo cubano quiser e deixar. Quem sabe se não estarão bem avisados. Acredito que saibam que na ilha ao lado, no Haiti, já vai muito tempo após o terramoto, e da ajuda prometida, só 10% chegou. E também sabem, que a cólera ali chegou, trazida por militares da ONU e que está a devastar milhares de haitianos e que são os médicos cubanos, firmes, no meio da desgraça, que a combatem. E também julgo saber que sabem que a Guatemala está a ser acossada pelo clã mafioso mexicano, “los Zetas”, que ameaça atacar locais públicos se o estado Guatemalteco se opuser. E que outros clãs do narcotráfico dominam violentamente outras cidades e até estados, como no México, na Colômbia, no Brasil e por ai fora até aos Estados Unidos.
Aliás, nesta matéria, apetece-me deixar aqui uma pequena história.

A minha guia em Havana, uma mulher ainda jovem, à medida que fazia o seu trabalho, lá ia dando nota das suas dificuldades. Ouvi com muita atenção os lamentos e, já em momento de despedida, acabei por lhe dizer mais ou menos o seguinte: “cuidado minha senhora, com as mudanças. Saberá a senhora quanto vai perder? E quanto virá a ganhar? O melhor é fazer bem as contas, porque depois, voltar atrás é difícil. Pela minha terra anda gente que quis mudar e agora se arrasta pela amargura”. A senhora olhou-me fixa e eu, sem hesitar, levei a reacção até ao fim. Fui o único que não lhe dei gorjeta. Ficou a saber que há uns tipos vindos do capitalismo, que não são de cedências.

E se um dia lá voltar, levarei na bagagem um filme que gravei da SIC, que nos falou de gente búlgara e romena, a quem um dia disseram que (há um mundo onde cantarão novos amanhãs), cheiinhos de Ferrari´s, electrodomésticos e vidas em paraísos que só visto. E onde fica um desses paraísos, segundo a SIC? Na Cova da Piedade, no local onde houve uma fábrica, no meio da mais abjecta e imunda porcaria, onde vagueiam famílias inteiras, já sem a mínima esperança. Somadas estas miseráveis imagens, às da desgraça do Haiti, às de cidades carcomidas pelo narcotráfico, violência e pobreza, bem fazem os cubanos, antes de darem qualquer passo, contar até dez.

2011: primeiras reflexões



1. 2010 foi considerado o Ano Europeu de Luta Contra a Pobreza. Sabe-se que esta aumentou, como também aumentou o número de seres humanos que passam fome. Aumentaram também os chorudos lucros de quem realmente detém o poder, querendo dizer que a distribuição da riqueza se tornou ainda mais injusta.
Onde a pobreza baixou, pelo menos a extrema, foi no Brasil. Dilma irá tomar posse esta tarde. E irá dizer que as conquistas do governo de Lula precisam de ser aprofundadas. Depreende-se assim que a governação se faz com actos e não com as baboseiras, com que os fúteis servidores do capital, na Europa, se lambuzam. Lula levou o povo a “outra margem da História”, irá afirmar a presidente Dilma.

2. A presidente brasileira vai aumentar o investimento na educação. Este, em Portugal vai diminuir. Isto poderá significar que a geração de dirigentes políticos daqui a uns anos será ainda mais néscia que a actual. Quer dizer, ainda mais gananciosos e corruptos, o que eu julgava difícil.

3. 2011 traz-nos mais dificuldades. A quem trabalha, obviamente. A classe ociosa, isto é como o princípio dos vasos comunicantes, vai melhorando.
Se os dois candidatos do grande poder económico obtiverem, juntos, sei lá, mais de 65% dos votos no próximo dia 23 pode-se conjecturar que o povinho está a sancionar esta treta toda. A crise aumenta e o IVA subirá para 25%. É que a classe ociosa, além da ganância, é insaciável.
Temos de pensar em aportar a uma “outra margem da História”.

4. Quem não tem melhoras nenhumas é o meu desalmado Sporting. Há tempos o treinador pediu um jogador alto para o ataque. Deram-lhe um guarda-redes. Pronto, também é alto. Continuou a necessitar de reforçar o ataque. Compraram um director-geral. Ora, balha-me Deus.
Não vejo maneira nenhuma de 2011 não piorar as coisas.