sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Do piropo como intenção política



Aqui há tempos um amigo interrogou-me sobre a minha estratégia para as eleições autárquicas, aqui na Figueira da Foz. Adiantou-me que a solução, no seu ponto de vista, era uma frente de esquerda, uma coligação entre a CDU e o Bloco de Esquerda. Claro que lhe disse o que pensava, que também tinha pensado nisso. Aliás, como militante activo do PCP, tinha proposto isso. Há situações em que temos de colocar de lado a nossa condição de “sectário”, de que tenho sido acusado, mas que não me ofende de modo nenhum. Tenho até orgulho nisso. Mas depois defendi a minha “dama”: como é que se faz uma coligação com gente anti-comunista que nunca sabemos o que querem e para que lado caem?
Claro que a paciência da minha costela anarquista (o meu avô João de Campos “jogou” durante três épocas a titular em Espanha, de 1936 a 1939) tem limites. E depois a História tem a suprema mania de me dar razão.
Isto é uma terrível manobra de diversão, não tem nada a ver com os graves problemas com que se debate o país, a sociedade portuguesa, os trabalhadores portugueses.

Vivemos uma situação em que o grande programa do governo é o desemprego. Se não teve uma derrota acutilante com a redução da referida taxa nestes meses de Verão porque se trata de emprego sazonal, já com a decisão do Tribunal Constitucional pode-se considerar uma derrota vergonhosa. Mas vergonha é coisa que as bestas ociosas não têm.

Filhos de puta, muito em particular

Augusto Alberto
   

Mandaram calar a ex-procuradora do Tribunal Penal, Carla del Ponte, porque em Maio, disse sobre a Síria: "…segundo o que já pudemos apurar…são os opositores ao regime de Assad que usaram o gás sarin". Blasfémia! Todavia, a verdade é para ser forjada e levada às malvas, porque Londres, Paris e Washington, não podem esperar. É muito curioso, que a vontade de avançar sobre a Síria, se verifique cerca de dois meses após a reunião em Londres, do exclusivo clube Bilderberg, onde só participam “falcões” e este ano, também, o delicioso Portas e esse grandíssimo dirigente do socialismo de “punheta”, António José Seguro.
Com toda a certeza, lá, não passou despercebida a noticia que diz, que em Agosto de 2011, o ministério sírio do Petróleo, anunciar a descoberta de um poço de gás em Homs. A capacidade será de…146 milhões de metros cúbicos por ano, independentemente do gás na costa síria do Mediterrâneo…As companhias internacionais de petróleo já começaram a desenvolver planos de perfuração no Triângulo Líbano-Chipre-Palestina, após o conhecimento da grande reserva.  Várias empresas estão presentes…incluindo as americanas Chevron e Exxon, as francesas GDF Suez e Total, a Gazprom da Rússia.
Avançar para a Síria tem como fim ganhar a corda, a dianteira e o petróleo, como numa corrida curta de meio-fundo e para isso, o ocidente, calculista como sempre, jogou primeiro o jogo sibilino: - Dois comandos de 300 “rebeldes” sírios formados clandestinamente na Jordânia por militares norte-americanos, estão a combater desde meados de Agosto contra o regime de Bashar al-Assad. Estes dois grupos, apoiados por especialistas jordanos, israelitas e da CIA, cruzaram a fronteira, nos passados dias 17 e 19 de Agosto, na região de Deraa, no sul da Síria, escreveu o diário francês Le Fígaro.
Os árabes em geral, os palestinianos, e saibam os cristãos, com o papa Chico à cabeça, os católicos muito em particular, chorarão baba e ranho, nesta demanda pelo gás e pelo petróleo, enquanto, imbecilizados com o “life style”, europeus e americanos, suplicam por mais “merdocracia”, os últimos gadjets, e por gás e petróleo ao preço da uva mijona. E após a vitória, o Irão ficará em oportuna linha de tiro, e ficará a faltar a Rússia e a China, para o xeque final e a nova ordem mundial. Contudo, na geopolítica, às vezes a bota não bate com a perdigota e esse será o drama ainda não calculado.   

O velho João, amante da carbonária, ensinou-me a desconfiar desta gente, porque dizia, tem da vida uma concepção bastarda: são uns refinadíssimos filhos de puta.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Asnos!

Augusto Alberto


Em 1955 na loja e mercearia do legionário António, por entre cubas de armazenamento de batatas, feijão, massas e arroz, a máquina para cortar o bacalhau, a máquina para servir o azeite, bolos, bolachas, piaçabas e vassouras e outras coisas mais, chegaram, pela manhã, as anunciadas meninas que vinham com a missão de promover os caldos knorr. Fato-saia até ao tornozelo, em tons de azul claro, em linha com a decente e esmerada mulher portuguesa, e um bivaque na cabeça, num bege muito suave, à semelhança de uma hospedeira da Suisse Air, como tinha de ser.
O povo da terra chegou em massa para provar o caldinho knorr e num instante, meio agitado, entrou também o PIDE Procópio, que disse: - António, já sabes? Caiu esta madrugada, a 10 metros da praia, junto ao molhe, um avião de treino militar. O piloto safou-se, mas o avião ainda lá está. Queres lá dar um salto? – Vou sim! Chegados e após passar a vista muito apurada, pelo teatro, Procópio comentou: - o corpo do avião e a carlinga estão lá, mas as rodas já desapareceram. – Vê lá tu, António! Decerto foram roubadas para fazer uma carroça para ser atrelada a um burro. - É o mais certo Procópio, por isso, a partir de agora, olho no burro e nas rodas e anda daí, vamos avisar o Sachetti.
No dia seguinte, pela manhã, no noticiário da Emissora Nacional, o radialista informou a Nação, de que um avião de treino militar da base…se tinha despenhado junto à praia de…, mas, intolerável, alguém tinha roubado as rodas do avião, pelo que seria necessário procurar reaver o património do estado, a bem da Nação, como ensina Salazar!
Passados muitos anos, já lá ia a revolução, em plena “merdocracia”, um radialista contou a seguinte história: Um burro passava numa praça da urbe e o polícia de giro, ciente de um acidente, gritou, . Eh burro…e um sujeito que passava encoberto pelo asno, perguntou: - eu, senhor agente? Eu sou o João Proença, não sei se já reparou. De asno e patego, nada tenho e porque nunca puxei carroça, como manda a “merdocracia”, até vou para a AICEP.
É certo que a primeira parte da história, é quase verdadeira, mas a segunda, quem sabe.... Todavia, nesta Pátria, pategos e “burros”, confundem-se. Os de 4 patas e os que esbugalham o sono da madrugada, por 310 euros, ou, um dia aqui, e outro ali. Aliás, tudo coisas que o Proença negociou. E por isso, não esqueça. Continue a votar Partido Socialista. Se o fizer, outro “Corleone” o P.S. arranjará, para tratar de si.



 * Silva Pais, foi director da PIDE e José Barreto Sachetti, meu vizinho, foi um seu quadrão.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

... ou a fama que vem de longe


A longevidade deste cromo nas baboseiras que vai dizendo é fantástica. O supostamente "lider espiritual" do basbaque que faz de primeiro-ministro já deveria figurar no Guinness, ou uma coisa dessas, sei lá. Este texto de Samuel, publicado há dois dias, no seu blogue "Cantigueiro" fez-me recordar um outro, do saudoso José Martins, o director do jornal "Barca Nova". Vale a pena recordar, o texto é de 19 de Fevereiro de 1982, o que realça o talento do homem, perfeitamente inesgotável, na comicidade.
Aí vai:

O Anjo

Era uma vez um Anjo, correia de transmissão do que de mais imbecil havia na corte. o Anjo foi feito porta-voz da corte.

Era uma vez um Anjo, correia de transmissão do que de mais parvo havia na corte. O Anjo foi feito conselheiro da corte.

Era uma vez um Anjo, correia de transmissão do que de mais tolo havia na corte. O Anjo foi feito estratego da corte.

Mas porque o Anjo só fazia rir como porta-voz da corte; só fazia rir como conselheiro da corte; só fazia rir como estratego da corte, razão tinha o Povo quando o Povo dizia: - o Anjo o que é, é o bobo da corte.


Cangaceiros e “branquinhos”

Augusto Alberto


Viva quem é demasiado cobarde para solucionar o que decorre da atitude complacente e colaboracionista e deseja, através de lei, resolver as tribulações entre o puritanismo e a promiscuidade. Cito a questão da limitação de mandatos autárquicos. Com efeito, como a lei é cega, para lá de pretender capar quem no poder local se porta mal, castiga também os cidadãos escrupulosos, e não é por acaso. Por isso tem razão quem entende que os que cumprem não podem ser elevados à categoria de ferrabrás, enquanto, pela sua parte, o eleitor, dá o voto aos que borram a coisa pública. Ou não é verdade que tem sido o povo a eleger cidadãos a contas com a ética e a justiça e que, inclusive, em Oeiras, prepara a eleição de um cavalheiro que está na cadeia?
E se quer outro exemplo da pérfida, cito uma lei datada de 27 de Outubro de 1984, era primeiro-ministro Mário Soares e vice primeiro-ministro um tal Rui Machete, (o de negócios particularmente especiais), que deu entrada na Assembleia da República sobre a proposta de lei n.º 88/III, que regulou até 2005, e ainda produz efeitos nos vivos, e são alguns, o estatuto remuneratório dos titulares de cargos públicos. O PCP, pela voz do seu deputado, José Magalhães, (mais tarde um admirado trânsfuga), disse: inaceitável é ter havido no actual quadro social e político, uma iniciativa governamental…que corrobora os altos vencimentos governamentais e que aumenta escandalosamente os vencimentos dos deputados, não considerando…o que isto tem em relação ao prestígio da Assembleia da República e ao cabal exercício das nossas competências. Com estes dois exemplos, ficamos, então, a perceber o modo como o povo estabelece namoro com alguns sujeitos em cargos públicos, que vagamente abjura, ficando, contudo, na esperança que uma lei, em regra subtilmente cega e que não pune, porque é redigida por quem transgride, traga a sanção politica, que em boa verdade, deveria ser de sua exclusiva responsabilidade.

Contudo, antes de terminar, remeto o leitor para a leitura de “Lolita”, de Vladimir Nabokov, que trata, também, de posse, da relação promíscua e puritanismo. Em todo o caso, se é uma alma agitada, tenha cuidado, porque a leitura do romance pode provocar algum formigueiro e euforia na zona da braguilha, aliás, nas antípodas, como se prova, com o que sente no cú, quando elege “branquinhos” para cargos públicos. Medo! Ou ainda não percebeu, que quando vota em cangaceiros e “branquinhos”, leva?     

domingo, 18 de agosto de 2013

O gosto do Rosalino por jumentos e pastelinhos de bacalhau

Augusto Alberto


 O fascínio pela descoberta levou Amundsen, e os seus cães, à terra fria do pólo norte e à glória, como se sabe, enquanto por cá, o povo que passou numa praia perto de casa, com uma mala térmica numa mão, carregada de pataniscas ou pasteis de bacalhau, contados e numerados, porque é preciso balizar logo à saída de casa os apetites provocados pelo mergulho, não vá o mais novo da prole atacar à tola o petisco e deixar os mais velhos a chupar no palito, e na outra, o chapéu-de-sol, porque os meios já não dão para a inigualável barraquinha, que protege da nortada, se atira à água fria e de regresso, regressa, avante o pleonasmo, à frieza da vida e acabrunhado como um cão, metáfora do abandonado, porque essa coisa de ir para o Algarve e além-mar, foram viagens que acabaram, o inenarrável secretário de estado Rosalino, fascinado também pela descoberta, descobriu que as pensões de aposentação da função pública devem estar alinhadas pelo valor do crescimento económico.
Se o crescimento for negativo, o valor da pensão baixará. E como o mais certo é a economia continuar sem crescer, sugiro que comece, cidadão, a fazer fila, após os serviços de jantares dos restaurantes da sua terra, para ir catar a vianda nas sobras lançadas ao latão público, que o manterá, pela manhã, ainda a mexer os dedos dos pés. Se crescer acima de 3%, pois então, a sua pensão amarinhará. Bondade de Rosalino.
Pois eu permito-me sugerir ao Rosalino do raciocínio frio e mão quente, que aplique, retroactivamente o que propõe, a si e à canalha. Que se vão, varados pelo frio e pelo asco, porque há muito tempo fizeram a economia encalhar no glaciar.
Na verdade, Rosalino mão quente, o que pretende, é compensar o roubo de uma pensão mensal, que o Tribunal Constitucional não permitiu, após um amplo movimento institucional e cívico. Mas saiba o cidadão, que a sua pensão não é uma dádiva do Rosalino, mas um direito construído ao longo de uma vida contributiva.

Contudo, enquanto vai andando para a praia mais perto de si, Rosalino e a restante tropa fandanga, magica e alarga o raio, para melhor alcance da mão e sem respeito, prepara-se para pilhar a sua arca, mostrando à evidência, que a canalha, para além de um apetite dionisíaco por swapps, o fascínio por jumentos alimentados a 310 euros, tem também fervor por pastelinhos de bacalhau. E por animaizinhos sem espinha, nem queira saber.

domingo, 11 de agosto de 2013

Procópio, meu vizinho e sábio fascista, sempre teve a solução

Augusto Alberto

Fidel é um ideólogo inútil. É mentira a sua mensagem sublinhando que nenhuma criança cubana se deita com fome. Sabem bem os obstinados anti-comunistas de plantão que, em Cuba, milhares de crianças deitam-se com a barriga vazia, apresentam-se na escola presos por grilhetas à volta dos tornozelos e com os pés a sangrar pelo chão e o ventre dilatado pela subnutrição, em linha com as barrigas redondas de África, América Central, do Sul e Caribe. Os êxitos propagandeados pelo regime castrista, não existem. Antes pelo contrário, a bondade está nas agendas do poder financeiro, que controlam os estados chamados “democracias” de topo, com ou sem um PIB acima dos 8%. E para provar, cito três exemplos de arrojado bem-estar infantil:
- Bebés brasileiros recém-nascidos, estão a ser vendidos ou doados ilegalmente em páginas criadas na rede social Facebook…as mães apenas dizem que possuem filhos que não podem cuidar…o valor pedido por cada bebé pode ir até aos 3.300 euros.
 - A Comissão dos Direitos Humanos da Índia, (a maior democracia votante do planeta, como bem gosta de referir o anti-comunista de plantão), está a investigar o caso de um bebé que foi vendido três vezes em dez dias.
- A televisão paquistanesa está a transmitir um talk-show em horário nobre, em que bebes abandonados são doados. Os bebés foram salvos pela organização não governamental, Chhipa Welfare, que faz buscas em lixeiras e outros locais remotos.
Que coisa linda, nascer e ser abandonado de imediato numa lixeira de uma democracia, um voto, um homem. Sabemos por simples estatística, que se o bebé sobreviver e crescer no meio da podridão e escapar aos abutres, aos cães e aos ratos, será um homenzarrão ou mulherzona. Não hesite em fazer a prova! Visite a grandes lixeiras de Nairobi, Dacca e Deli. E continue por uma favela do Rio, nas ruínas do Haiti, ou num desengonçado bairro de Detroit, ou mergulhe no Ganges das águas macilentas. Afinal, razão tem Fidel para caçoar. De que vale um PIB altíssimo, se um punhado de facínoras, tantos como os dedos de uma mão, leva a parte de leão?

E já agora, tenha em conta o que dizia Procópio, meu vizinho e sábio fascista, de quem Pedro Lomba, treteiro, filho do SNI e do Ferro, (personagem sidonista, salazarenta e mussuliniana, que simultaneamente harmonizou o sebastianismo, o pinderiquismo cultural e a política do espírito e da privação), se aproxima. Em situação de emergência social, umas sopas de cavalo cansado sabiamente testadas, são solução.     

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Na feira da Tocha, aos chuços

Augusto Alberto


Quem é Cristina Espírito Santo, filha de Jorge e Kiki Espírito Santo? Uma tia com palacete na quinta da marinha, talvez. Tem pedigree, porque é de família de ilustres banqueiros, que sucumbiram, mas que aos 40 dias ressuscitaram, após a morte “formal” do fascismo. É notícia, porque como no passado, prova como a decadência geral da Pátria, vai de par com a decadência ética e cultural da burguesia: “tenho uma casa de férias, a par de outras famílias gradas da república, na herdade da Comporta, para onde vou e faço uma vida simples” (após meses de cansativas e prodigiosas tarefas, como pesquisar o PSI 20, o Nasdaq, a Euronext, Tóquio, e a City, os offshores, umas tardes de lagosta, verde, champanhe e tea e uns jogos de canastra com outras Kikis, adivinho eu), “e estou lindamente, como se brincasse aos pobrezinhos”.
Ah! Cristina é uma infanta da elite, só não sei se republicana. Mas tanto faz! É possível que na companhia de outros bafientos, tenha estado na missa de apresentação do novíssimo cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, na igreja de Santa Maria de Belém, aos Jerónimos. Se esteve, beijou com toda a certeza a mão ao padre, que entende que as absolutas mulheres cristãs, na esteira do movimento nacional feminino, devem reflectir sobre a diáfana pobreza e ficar em linha com o intendente Manique, o conde de Abranhos ou dona Supico Pinto, figuras seculares da elite, muito dada a fabricar a fome e depois a torcê-la, à custa das sopas, pãezinhos e de uns chuços para os pés.
Contudo, é preciso que saiba quem suporta a vida ociosa desta gente. Logo, Cavaco, o mago da economia, que a vê alinhada com os interesses da família Espírito Santo e nunca com os seus, que trabalha à peça, ao dia ou ao mês, por 350 euros e que viu, por acção de um grupo de deputados, reduzir com força de lei, o valor da indemnização por cessão colectiva do seu posto de trabalho, de 30 salários por mês, para os 12 salários. E nesse grupo de quadrilheiros que o lixa, está, escarnecendo sobre a incompatibilidade ética, entre outros incompatíveis do PPD e CDS, o dândi Miguel Frasquilho, remexido quadro do “BES”, banco da família a que a Cristina pertence.

Está a ver! Por mau uso do voto, anda há 36 anos a eleger quem a seguir o vai roubar e desse modo, consegue dar sossego à ladroagem e fintar a luta de classes. Por isso, Cristina vai continuar a flanar sobre o PSI 20 e os offshores, para depois subir a avenida para vestir na Voiton, enquanto o cidadão só consegue comprar baratinho, na feira da Tocha, umas pecinhas para seu aconchego e dos seus meninos.

Um remédio eficaz...

... contra a desvalorização do trabalho, o desemprego como opção ideológica, as suápes, as ppp's, os sobreiros, os submarinos, os bpn's, os bpp's, os juros agiotas que vamos continuar a pagar ao capitalismo internacional, vulgo troika, a degradação do estado social, do ensino, da saúde, "and so on".


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Afinal, as mesas estavam vazias

Augusto Alberto

Jean Luc Mélanchon, líder da Frente de Esquerda Francesa, soma de uma divisão no P.S., mais o Partido Comunista, afirmou que a social-democracia é um produto tóxico. Cavaco, que lidou lindamente com o fascismo e se fez social-democrata afortunado, confirmou-o. Chamou há dias a um tóxico tagaté, o PPD/PSD, enxame de gente péssima, o CDS/PP da batina e caridade, mais o P.S. da navegação à vista, convencido agora, ter aproado ao socialismo modernaço. E para não ser enganado, pôs lá um cipaio para assentar a torpeza das conversas, munido de um caderninho. Todavia, Cavaco pretende alargar a base social de apoio, com vista a engordar ainda mais os assaltantes do poder.
Personalidades e parceiros. Distribuídos por comentadores, politólogos, advogados, banqueiros, jornalistas e outros serrabecos, que são quem ordena que se faça, porque foi para isso que pagaram as campanhas que o levaram a 1º ministro e Presidente. A isto, chama-se ordens de classe.
Que se executem, pois, os pagamentos dos juros aos agiotas e avancem as farândolas no BPN, por enquanto o segredo mais bem guardado dos gentios da politica nacional, do Banif, das SWAPS, e das parcerias público-privadas, de que cavaquistas, quadros da rosa e loquazes sucateiros, foram superiores destinatários, e agora, nesta hora medonha, ainda manda que se atrele o P.S. ao velho jargão da “união nacional”, para os adorados filhos e netos transversos do fascismo, melhor enterrarem o focinho no pote.
Desse modo, faz todo o sentido citar um velho ditado, que diz: “todo o burro come palha, depende é do modo como se lha dá”.
Em breve, saberemos que palha vai ser destinada à direcção do P.S e o modo como a comerá. Vai ser muito interessante estar atento aos próximos movimentos das peças no tabuleiro, onde se joga a política. Sendo certo, que a prudência aconselha, que em ralação ao P.S., se coloque um olho nos seus dirigentes e o outro, nos “burros”. Por isso, espera-se desta feita, que a base seja lúcida perante a possível ofensa, sob pena de concluirmos, que a base “socialista”, é tão responsável por esta desgraça, como a sua direcção. Ou tu, meu colega de conversa virada ao mar, ainda dúvidas?

E para que o fogo naquelas horas videirinhas  não devorasse pelas entranhas o Largo do Rato, logo o Bloco de Esquerda, maganão, tratou de lançar espuma salvadora, enquanto aproveitava para entrar e verificar se em cima da mesa, já estavam as taças repletas de champanhe. Todavia, verificou com desgosto, que as mesas estavam vazias.

José Afonso

José Afonso faria hoje 84 anos.