segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Chegue-se a Lisboa o Woody Allen…

Augusto Alberto

 Parabéns! O teu P.S. ganhou as eleições autárquicas e estás de papo cheio, enquanto, eu, pela minha parte, estou de saco cheio. E porquê, perguntas? E eu explico. Por culpa da direita politica e do teu P.S. Sebenta e caceteira. Inculta, neo-fascista e puxa-saco. Dela, só malfeitorias podemos esperar, contudo, do teu P.S., esperava-se que politicamente fosse diferente. Mas infelizmente, não é assim. O melhor que o P.S. consegue, agora, é a abstenção violenta, porque quanto ao resto, desde o pai fundador até hoje, foi especializar-se na ópera bufa. E Zorrinho e Seguro, tomados pelas “sopinhas” dos mercados, são aparentemente o deserto e a desideologia completa. Mas tu não, queres acreditar, bem sei. Toma, então, nota da violenta aprovação ou abstenção do teu partido, em referência ao conjunto de normas sobre o trabalho, escritas pela direita, com vista ao sossego dos predadores.
Redução do direito de descanso compensatório e da diminuição para metade do pagamento do trabalho suplementar e do trabalho realizado nos dias de descanso semanal e nos feriados.
A favor da precariedade com a facilitação do contrato de trabalho de muito curta duração
A favor do despedimento por inadaptação e da redução das indemnizações por despedimento
A favor da facilitação do banco de horas.
A favor do roubo de três dias de férias e do ataque à contratação colectiva.
Em referência a algumas destas normas, o P.C.P., o B.E. e os Verdes solicitaram do Tribunal Constitucional, que verificasse a sua constitucionalidade, com merecido cabimento. E o P.S., bufão, saudou a decisão, sem que para ela tenha dado o mínimo contributo. Depois, é muito interessante verificar, que no seio do grupo parlamentar do P.S. é uma filha de fascista, “Isabel” Moreira, quem tem tido, nesta matéria, maior consistência social e politica. É de banzar! E ainda é de realçar, que este conjunto de normas foram acertadas numa sala condicionada e condimentada, a patrões e UGT, (a central, predominantemente socialista).
Daqui se conclui, que:
    - Havendo 3 partidos iguais, os outros, sobretudo o PCP, são bem diferentes.
    - De Abril, resta a constituição, que para a direita, tem sido um horror.
    - Não fosse a recusa dos comunistas em desistir, a constituição já tinha sido abrasada pela direita em conúbio com o P.S., e o cidadão estaria completamente exposta às velhas razões fascistas.
 Ainda assim, o cidadão ou não faz caso ou continua ensonado. E porque quem muito dorme pouco vê, socorro-me de uma “boutade”, que há muitos anos correu por terras de Aveiro e Ílhavo. “Vergonha é um homem ter mulher e ela fugir para as matas da Gafanha”. Pois é, mas enleado na ópera bufa, o cidadão continua corneado, sem que o Partido Socialista necessite de se esconder atrás da árvore. É às escâncaras. E por isso, quando o António José chegar ao poder, todo o edifício jurídico do trabalho está desenhado, sem necessidade, sequer, de mudar um ponto ou uma a vírgula.
Chegue-se a Lisboa o Woody Allen e vá à sede ao Rato, porque lá, há um guião para um filme de bufões. Vade retro!
 (Violentamente escrito por Augusto Alberto. O do saco cheio, que não se deixa cacicar.)

  

Autárquicas: em jeito de rescaldo


A primeira leitura, mesmo à vista desarmada, diz-nos que o PSD, mesmo disfarçado em coligações, levou uma descomunal  ensaboadela que a esta hora os seus acólitos ainda devem estar a passarem-se por água.  
A segunda expõe, também à vista desarmada, uma forte afirmação da CDU, com a conquista, ou reconquista em alguns casos, de várias câmaras, além de ter conseguido a eleição de candidatos em municípios onde nunca teve grande implantação. 
Em Viana do Castelo, a CDU além de ter confirmado o regresso à vereação, conseguiu a eleição de 4 deputados para a Assembleia Municipal e vencer a Junta da União das 3 freguesias da cidade.. 
Na Figueira da Foz também não correu muito mal: duplicou-se os eleitos nas assembleias municipais, 3 deputados municipais, tendo ficado "só" o amargo de não se ter conseguido a eleição de um vereador por uns escassos 41 votos.
Mas trabalhou-se bem. aliás como sempre. E quem conhece os comunistas sabe que vamos continuar a trabalhar.

sábado, 28 de setembro de 2013

Frutos da reflexão


 
Isto de reflectir lembrei-me de uma discussão com uns camaradas, há uns tempos atrás. As discussões ideológicas entre os comunistas são sempre acaloradas. Acho que utilizamos, saudavelmente, a ideia com violência, ao contrário do inimigo, que utiliza a violência como ideia (obrigado Luís Cília).

Ainda me lembro das suas expressões completamente atónitas, assim como se eu tivesse acabado de assinar a minha própria sentença de morte por traição ao Partido. Não gostei da discordância deles acerca do meu ponto de vista e atirei: “Mas eu não sou democrata”. Bem, eles perceberam a ironia porque logo a seguir acrescentei que democratas são o Bush, o Barroso, o Sócrates, o Soares, o Cavaco, o Blair, o Ulrich, o Salgado, o Mexia, e outros trastes que por aí pululam, e que, pelos vistos, se reproduzem como coelhos.

Mas penso que não estava a ser irónico. De tanto reflectir, chego à conclusão que além de não ser “democrata”, e atendendo à maior "democracia" do mundo, sou mesmo anti-democrata.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Aviso à navegação

Estou a reflectir.
Façam o mesmo. Quanto mais não seja, para não fazerem a asneira do costume.

Uma carta de António Agostinho ao candidato do PSD





Numa carta dirigida ao candidato governamental à presidência da câmara da Figueira da Foz, António Agostinho põe a nu quer a demagogia pura quer a hipocrisia sem vergonha das gentes que nos governam e a quem insistimos em dar o poder.
Pode lê-la aqui. é um bom motivo de reflexão, que bem nos poderá ajudar a escolher o sentido do voto.

O voto necessário


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O legado de Soares é uma abantesma


Augusto Alberto

O IRS cresceu 30,1%. O IVA decresceu 2,1%.. E o IRC arrefeceu. Subiu o esbulho aos cidadãos e baixou a riqueza criada, em linha com a baixa actividade económica. E sem atinar com os factos, um anónimo chorou no ombro de António José Seguro, ao mesmo tempo que confessava, já não ter emprego nem recursos para sustentar a família. E, entretanto, António José lamechou-lhe ao ouvido: - “quando o Partido Socialista for governo, tratará do seu emprego”. E depois, embalado pelo paternalismo e pela necessidade dos votos, intentou correr, mas como o fez de pança cheia e com fraco fôlego, logo estacou. Mas como a persistência é regra num demagogo, logo saltou para uma bicicleta e tentou pedalar, mas como o jeito é pouco, decidiu jogar os pés ao chão, antes que a “cambalhota” fosse certa. Prova-se, pois, que ser demagogo é bem mais fácil do que ser corredor de fundo ou ciclista. De todo o modo, bom seria que o “chorão”, a contas com as contas por pagar, socialista dos sete costados, tivesse perguntado a António José, para que valeram os golpes “democráticos” do 28 Setembro de 1974 e o de 25 Novembro de 1975? Ah, esqueci-me. É novo e não sabe, mas a coisa conta-se de uma penada.

Mário Soares e Alegre, subiram ao Norte, a um encontro com Carlucci, para discutirem a melhor maneira de vender a Pátria ao “diabo” e, simultaneamente, liquidar um portentoso e hiperbólico golpe comunista. Pela estrada nacional nº 1, andaram, enquanto olhavam para as raparigas na berma, aguados, porque afinal, já naquela altura, a carne era fraca e velha, na “venda das raparigas”. E em Rio Maior, subiu o desejo a Soares de utilizar a moca para rachar as cabeças comunistas, acção que Carlucci, espantado, rubricou. E concluíram, os três, que nada melhor do que fazer baixar à capital a tralha fascista remanescente e pelo caminho, juntar os crédulos na “democracia”, num movimento que arreasse de vez os comunistas. À primeira, a coisa saiu mal, mas a 25 de Novembro de 1975, a coisa pegou, e Soares e Alegre livraram a Nação, de quase 800 anos, de uma ditadura comunista.
Para efeitos da escrita, admitamos que o “chorão”, foi um dos que desceu à capital a 28 Setembro e rejubilou com o golpe pela “democracia”, de 25 Novembro. Pois agora, é hora da História lhe perguntar, apesar de ainda não ter percebido que Soares, Alegre e a “democracia” lhe pregaram uma peta, se continua a acreditar ser possível, uma putativa ditadura comunista, nesta praça-forte da Europa e da NATO? Nunca pensou na coisa. Mas é bom que pense e que saiba, que o mixoalho se fodeu na complexidade das milongas do pai fundador da democracia.
Afinal, nem a “merdocracia” é democracia, nem os comunistas
desistem. E o legado de Soares e Alegre, é uma abantesma despojada de humanidade.

Vamos a isso!

Da cidadania

A cidadania pode-se exercer de várias formas. Não se esgota só no voto. Que não deveria servir só para manifestarmos um protesto, mas também para a manifestação de uma opinião sobre a sociedade que queremos construir.
As petições pelos nossos interesses e direitos também.
Assim, se ainda não assinou a petição pelo não pagamento de parqueamento pago no Hospital Distrital da Figueira da Foz ainda vai a tempo. É um direito nosso, das cerca de 250 mil almas abrangidas por aquela unidade de saúde. Tanto mais que se trata de uma execrável arbitrariedade.
Pode assinar clicando na foto do HDFF, na barra lateral do lado direito.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A ida aos mercados

Isto das televisões não quererem fazer a cobertura da campanha eleitoral para as autárquicas tem muito que se lhe diga. Pode induzir as pessoas em erro. Como aconteceu com o Samuel. No dia aprazado para a dita ida aos mercados, diz ele que foi espreitar e não viu ninguém.
 Mas esteve lá alguém, sim senhor. E posso provar, com esta foto de Pedro Agostinho da Cruz, que pelo menos o candidato do PSD à câmara da Figueira da Foz foi ao mercado. Não consegui foi saber se foi a mais do que um, mas pelo menos ao "Engenheiro Silva" foi, como se pode atestar. Ficou foi encoberto por melões.
 

Uma questão de opção


domingo, 22 de setembro de 2013

Encenações de putas

Augusto Alberto

Tântalo cumpriu o castigo destinado aos cruéis. Metido na lagoa, vê a água escoar quando intenta beber e vê fugir os frutos, quando intenta alcançá-los. E o “portuga”, que crueldade fez para ter de suportar tanto suplicio? Atente bem no quadro e perceba porque lhe foge o pão quando tem fome e a água quando tem sede.

I Governo Constitucional (PS)) – Mário Soares 
II Governo Constitucional (PS/CDS)
Mário Soares 
III Governo Constitucional (presidencial)
Nobre da Costa 
IV Governo Constitucional (PSD)
Mota Pinto 
- V Governo Constitucional (presidencial)
Lurdes Pintassilgo 
- VI Governo Constitucional (PSD, AD)  
Sá Carneiro

- VII Governo Constitucional (PSD, AD)
Pinto Balsemão 
- VIII Governo Constitucional (PSD, AD)  
Pinto Balsemão 
- IX Governo Constitucional (PS/PSD, bloco central)  
Mário Soares 
- X Governo Constitucional (PSD)  
Cavaco Silva 
XI Governo Constitucional (PSD)  
Cavaco Silva 
XII Governo Constitucional (PSD)  
Cavaco Silva 
XIII Governo Constitucional (PS)
António Guterres 
- XIV Governo Constitucional (PS)  
António Guterres 
XV Governo Constitucional (PSD, CDS)
Durão Barroso 
- XVI Governo Constitucional (PSD, CDS)  
Santana Lopes 
XVII Governo Constitucional (PS)   
José Sócrates 
XVIII Governo Constitucional (PS)  
José Sócrates
XIX Governo Constitucional
(PSD)  
Passos Coelho
XX Governo Constitucional
(algo entre as bichas para a sopa e a ostentação das bichas).
(PS/PPD/CDS).

Torcer o braço, dói, já sabemos. De todo o modo, insisto. Os dedos das duas mãos são demasiados para contabilizar as vezes em que Partido Socialista ou o Partido Social-democrata votaram contra o programa de governo ou as grandes opções do plano, quer se tratasse da responsabilidade de um governo do P.S ou do P.P.D. E acrescento, sugerindo aos complacentes militantes do Partido Socialista para deixarem cair a rábula do PEC-IV, (a maioria nunca lhe passou os olhos por cima, porque logo achariam o embuste). Queriam o deficit em 2014 com o valor de 1% do “pib” quando afinal, o “antoninho”, agora sugere 5%. Razão tem em vos chamar imberbes, aquele tipo da direita, reluzente neto do fascismo, com barba de arame farpado. Os nossos males não são coisa para serem resolvidos num disléxico “pec”, porque estão associados ao facto de toda essa gente acima descrita, à vez, ter derrubado de forma convicta e exaustiva, durante os 39 anos de “merdocracia”, as bases da nossa economia. É certo que de quando em vez, P.S e P.P.D. dão ar de zangados, mas na verdade, é só encenação de puta velha, porque ambos servem os mesmos senhores.

Mesmo assim continua céptico. Então, tenho de lhe gabar a resiliência. Lembro que após o dia 29 deste Setembro, haverá mais putices. Dias de cafune, de beijos e mais coisas de off shores e cama. 

Mais um contributo para a reflexão

sábado, 21 de setembro de 2013

É preciso muita lata


O charlatão que ocupa o cargo de primeiro-ministro defende que é preciso manter o rumo seguido. Atendendo que desde que o deixaram ocupar o cargo a dívida pública subiu para 132%, o PIB caiu 5,4%, o desemprego subiu para os 17%, o investimento caiu cerca de 20%, a situação social é calamitosa, onde iremos parar mantendo o rumo seguido?
Mais um caso para reflexão.

Reflexão antecipada

Há um dia especifico, chamado dia de reflexão, que, confesso, nunca entendi muito bem. Até porque penso que todos os dias são bons para reflectir. Neste caso particular temos quatro anos, quatro, para isso. Claro, se formos suficientemente inteligentes, ou sensíveis, para tal. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

E desta vez, vamos acertar?

Já não era sem tempo.

Mais uma arbitrariedade

O comissário político, ou representante governamental se preferirem, que exerce funções tipo administrador no Hospital Distrital da Figueira da Foz quer colocar parqueamento pago no parque do Hospital.
O comissário político, ou representante governamental se preferirem, não está lá para atender aos interesses e direitos quer  de utentes quer dos trabalhadores da unidade hospitalar. Está lá para servir os seus donos.
Daí não saber que os horários dos transportes públicos para aquela unidade hospitalar não coincidem quer com os horários de mudança de turnos, quer com os horários das consultas ou visitas. Como também não sabe que quer os utentes, visitantes e trabalhadores da unidade hospital pagam impostos e não tão poucos como isso. Também não sabe que as concessões para os transportes públicos são atribuídas pelos partidos do chamado "arco do poder" (não percebo esta expressão, mas sempre consegui utilizá-la) para as empresas se safarem sem terem em conta os direitos dos utentes.
Assim corre um abaixo-assinado contra o estacionamento pago no HDFF, que pode assinar aqui.
Claro que isto deverá resolver.
Mas o que resolvia mesmo era todo e qualquer comissário político levar uns tabefes de quando em vez. Quando o povo acordar, talvez.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

"Cada voto, cada melro"

Isto da política tem muito que se lhe diga. Por um lado, é a arte de enganar papalvos. Por outro é uma maneira de estar, de ser, de defender pontos de vista que estão de acordo com o que realmente pensamos e defendemos.
Cabe-nos, a nós, diferenciarmos a "coisa", quanto mais não seja para não nos deixarmos enganar. É que não é uma questão de inteligência, é uma questão de sensibilidade.
Aqui explica-se melhor.

E a campanha continua


E há razões para se votar nos partidos neo-liberais, tais como PSD, CDS ou PS. aí vão:

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Continua a campanha eleitoral

Já viu o cartaz de hoje?
Espreite aqui.
É um  por dia, conforme já informamos. Não garantimos a hora, mas é sempre de manhã, pela fresquinha. E sempre no mesmo sítio. No sítio dos desenhos, aliás como, certamente, já reparou.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Kamov

Augusto Alberto

Portugal…arrisca-se a ser um dos países mais desiguais… entre 2010 e 2011 a desigualdade nos rendimentos tem beneficiado as “elites económicas”, com o crescimento do mercado de bens de luxo, que vêem os seus rendimentos crescer 10%, enquanto os mais pobres, os perdem na mesma proporção.
Quem diz? A Oxfam.
Que ONG fala assim da velha nação e da sua elite, que ao mundo, deu novos mundos? Portugal continua pujante, diz a elite usuária, como no período das descobertas, pensadas para servir o seu clero e a sua nobreza, enquanto, ao seu serviço, nas naus, a arraia-miúda morria podre por falta de laranja. Mas a elite nunca se desmancha. A actual é herdeira da anterior e por isso, é sem surpresa que tenha sido um absurdo, chamar ao charco, para espantar os mosquitos, nas ilhargas de Armação de Pêra, o esforçado Kamov, num esforço titânico para dar sossego aos veraneantes. Todavia, não se julgue que em matéria de saco, a elite prima pelo absurdo ou pela sonsice. Pelo contrário. Centremo-nos no levantamento da Center for Research on Multinational Corporations, que confirma a Oxfam, em referência às 11 empresas do PSI 20, constituídas em holding ou sociedade de investimento na Holanda. O relatório prova com abundância, como a elite usa os paraísos fiscais para dar descanso à riqueza acumulada, à custa do trabalho mal pago, como por exemplo, o fariseu do “Pingo Doce”, Soares dos Santos. De todo o modo, os capitais transferidos para a Holanda não foram carregados dentro de arcas e despachadas num Kamov, mas seguiram as vias legais, desenhadas por próceres muito bem pagos, como Marques Mendes, Lobo Xavier ou António Vitorino e etc. Adivinhe, assim, no dia 29 do corrente mês, em quem vai votar o patrão mais a sua gente? E o cidadão? Vota nos candidatos da corja ou vai abster-se? Sente-se cansado? Abjurado? Tretas de quem está por cima.

Se continuar a manter a mesma opção eleitoral, vai experimentar mais dor, como os de antanho, atirados ao mar, nas naus quinhentistas, agora, por ironia, por excesso de laranja. E depois, alguém para lhe afagar o desânimo, oferecer-lhe-à uma rosa. Mas a rosa é uma embustice. Dúvida? Então leia. Enquanto Passos se prepara para roubar à aposentadoria dos f.p, 10%, logo António José, disse: - quando eu for primeiro-ministro, devolverei imediatamente aos aposentados da f.p., o roubo de Passos. E se Seguro nunca chegar a primeiro-ministro! É que lá para a sede ao Rato, os gatos estão de pelo eriçado, prontos a saltar sobre o António José. E depois…que da promessa? Leva-as o vento…e os gatos, ou o Kamov.

Autárquicas figueirinhas ou como me lembrei de Siné


O artista Fernando Campos resolveu tomar partido. Faz parte das listas da coligação pela qual aceitou o convite. Levou a coisa a sério. Aliás ele explica tudinho aqui. 
Mas como artista, o lápis, ou a mente ("o desenho é cosa mentale", como diria Leonardo) não podia ficar quieta. Daí que a partir de hoje vai editar 11 vinhetas no seu blogue, um por cada dia de campanha. A primeira está aí em cima.
Fez-me recordar a campanha de Siné para a candidatura de Coluche à presidência francesa, nos inícios dos anos 80.
Naõ poderei dizer que Siné é muito mais agressivo, ou contundente se preferirem, por dois motivos: ele teve de confrontar a ternurenta figura do actor gaulês, ao passo que Campos trata a combatividade histórica dos comunistas portugueses, e, segundo, também ainda não vi as outras vinhetas que hão-de vir, é uma por dia, se se recordam que expliquei um pouco mais acima. Mas também devem, como esta, prometer.
De qualquer maneira, um tom colorido, numa campanha e numa sociedade cinzenta.





sábado, 14 de setembro de 2013

Catarina de Alexandria

Augusto Alberto


 Há tipos que só conseguem estar de bem com a vida, se estiverem com o microfone, em permanência, à frente dos queixos, sem contudo, tamanho é o inchaço, perceberem, que é por essa via que dão ar de pacóvios. É o caso desse inenarrável Santana Lopes, o homem que mais não sabe, do que aproveitar sobras e deixas, e Ângelo Correia, que há dias foi à Rádio Renascença, falar, também, como um clérigo absolutista.
Em tempos idos, A.C. ficou conhecido pelo “ministro dos pregos”, a propósito de uma putativa intentona comunista. Estava-se no governo da A.D, (PSD+CDS), dirigido por Pinto Balsemão e Freitas do Amaral e era o tempo da primeira greve geral após o 25 de Abril, 12 Fevereiro de 1982. A polícia apanhou uma furgoneta carregada de pregos e logo Ângelo Correia, ministro do “interior”, indicou que se tratava de material para sabotar a circulação rodoviária, nesse dia de greve geral. Mais tarde, na noite de 30 de Abril para 1 de Maio desse ano, no Porto, Ângelo Correia, toda a direita e mais o P.S., insistem na cabala. Com a chamada à cena da UGT, liderada à época por Torres Couto, avança o denominado plano “Alfa”, que acabou com a morte, a tiro, de dois trabalhadores.
Este Ângelo, homem de más explicações, como o da insurreição dos pregos, que materialmente acabaram numa obra, evidentemente, ou das razões, nunca explicadas, que o levaram a enviar a policia de choque para o Porto, nesse 1º Maio de 1982, com o resultado referido, tem por hábito, também, acertar nas análises, sempre com anos de atraso. Foi assim, a propósito do modo como desancou na citada entrevista, o afilhado político, Passos Coelho. Mas não se julgue que o pacóvio é imaterial e tem falta de esperteza. Pelo contrário! Lembro o que disse à imprensa escrita, em 14 de Junho de 2010: - “A terminologia política sindical proclama a existência de direitos adquiridos … Ora numa democracia, adquiridos são os direitos à vida, à liberdade de pensamento, acção, deslocação, escolha de profissão, organização política … Continuarmos a insistir em direitos adquiridos intocáveis é condenar muitos de nós a não os termos no futuro.”

Mas mais tarde, a 24 de Outubro de 2011, numa entrevista à RTP, torce e acomoda o raciocínio, perante a eventual supressão da acumulação da referida subvenção vitalícia com vencimentos privados e reage a gosto: - “Os direitos que nós, (os políticos subvencionados), temos, são direitos adquiridos”. Na vida, A.C. faz o pleno. É pacóvio, esperto e “clérigo” absolutista. Aliás, alguma coisa me diz, que tem sempre, no momento da liturgia, aconchegado ao peitinho, uma medalhinha da santinha dos necessitados,Catarina de Alexandria. 

Do debate

O debate não tendo sido esclarecedor, foi o que qualquer cidadão atento estaria à espera. Mas devo dizer que fiquei surpreendido, pela positiva, diga-se em abono da verdade, com o candidato do MRPP. Foi ele e o meu candidato, António Baião, que se referiram a dois dos mais graves problemas com que a Figueira se debate, no meu ponto de vista, claro: transportes públicos deficientes, em que a Câmara é responsável pois é a entidade que atribui as concessões, e a água privatizada que é uma das mais caras do país. Neste aspecto quer o candidato governamental, "privata" por excelência, quer o do Partido Socialista não poderiam dizer fosse o que fosse, nunca estariam à vontade, pois foram os socialistas que começaram a concessão do precioso líquido que é de todos.
Outra das questões fundamentais é o PDM. Não existe, mas lá vai aparecendo de quando em vez. Foi quando da "transacção" dos terrenos da Ponte Galante, num consu(o)lado laranja e, como toda a gente sabe e o candidato da CDU notou, também de quando em vez para alegria da Princesa Isabel de Portugal, já no consu(o)lado rosinha.
De resto, parece caricatural, e dá vontade de rir, Miguel Almeida dar a entender que se afasta do seu próprio partido quando fala em investimento e criação de emprego, sabendo toda a gente a obsessão, doentia, que o seu governo tem pelo desemprego. Como quando fala em escola pública, sabendo toda a gente o ódio que o seu governo tem da "coisa pública", seja educação seja saúde. "Balhamedeus".
Um grande mérito de António Baião é ter orgulho de ser quem é e de representar quem representa: referiu a obra, no terreno, demonstrada pelo seu partido e pela coligação de que faz parte, nas autarquias em que está no poder.
Se o debate desse ou tirasse votos, devo confessar que estaria tranquilíssimo. Que a Figueira, não rapidamente e em força logicamente, iria mesmo prá frente. 


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Bou ao debate

 Mas não sei bem o que o que lá vou fazer. Claro que estou de acordo com as propostas do meu camarada António Baião. Mas para além disso o que é que neo-liberais, de pacotilha, fingidos ou sinceros, têm para me dizer ou propor? O país está no estado em que está, a maioria das câmaras estão no estado em que estão, bem podem prometer isto e aquilo, mais aqueloutro, que isto não passa do mesmo, além de não me divertirem por aí além.
E mesmo de esquerdelhos anti-comunistas o que há a esperar?
Pensando bem, sei o que lá vou fazer: vou divertir um pouco a minha costela anarquista. 
Voilá!

Cristo baralhado

Augusto Alberto


 O padre “Chico” favorece “indulgências e bênçãos”, aos romeiros da festa da Penha, em Guimarães e a quem siga a missa pela televisão ou pela rádio. Não existe necessidade, padre, de te colocares um pouco na condição de “pimba”, porque os padres por cá, tem sido simultaneamente, mestres nas indulgências e também no pecado. Informo-te que o padre Cerejeira foi um fascista da porra, que bem sabia o que se fazia nas prisões de Peniche e do Tarrafal, sem nunca ter levantado a mão a favor de quem ali padeceu. Pelo contrário. Bastas vezes terá dito: Arreia-lhes! De todo o modo, melhor será que solicites a Jesus da Galileia, que ponha a salvo os cristãos daquele pedaço do mundo, porque só ele os pode salvar da selvajaria que por lá vai.
Para que dúvidas não restem, ouçamos o Secretário de Estado americano, John Kerry, que fez na passada quarta-feira, uma descrição “optimista” dos rebeldes na Síria. A oposição ao regime de Bashar al-Assad, define-se cada vez mais pela moderação, pela transversalidade dos seus membros, pela adesão ao processo democrático e a uma constituição inclusiva, que proteja as minorias. A descrição…teve lugar precisamente no mesmo dia em que a vila crista de Maalula, um dos poucos locais onde ainda se fala aramaico, o dialecto de Jesus Cristo, foi atacada por rebeldes islamitas. Um posto de controlo à entrada da aldeia foi atacado…por rebeldes, que mataram oito soldados do regime. Num vídeo…ouvem-se gritos de “Allahu Akbar”, palavra que significa “Deus é Grande”, enquanto filmam os corpos dos soldados.
Cristo está baralhado, e por isso é bem capaz de não atender ao putativo pedido do padre “Chico”, sem antes lhe perguntar: Porque recebestes no Vaticano, a minha casa, em audiência privada, a antiga lady Heinz e o seu actual esmerado esposo, o secretario John Kerry, que se apresenta neste momento, como o fogoso testa de ferro do complexo politico militar americano? O cio da “comunidade internacional” é enorme, bem sei, mas eu, amigo “Chico”, até me sinto atado, porque a minha igreja parece que tem um gosto especial por privar com sacanas. Como explicas, então, que um tal lobbysta e devoto cristão senador, McCain, arreigado defensor da guerra na Síria, tenha recebido da indústria militar americana, contribuições no valor de 133.840 euros? E já que vives na terra, “Chico”, diz-me, em quantas guerras já se meteram os E.U.? O que fazer, pois? É certo que ouve um Lenine, que em tempos, na Rússia, soube “o que fazer”, mas eu, Cristo, balanço.

Todavia, neste vai e vem, os cristãos no médio oriente estão perto de cair nas mãos de selvagens, armados e treinados pela “comunidade internacional”. E ao que parece, nem tu, Cristo, lhes vais valer. E se Cristo balança, os trusts do petróleo e das armas, já preparam o champanhe, os Cohíbas e as orações de graças.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Cabral

Faria hoje 89 anos. Assassinado, em 20 de Janeiro de 1973, pelo fascismo português em desespero de causa. O mandante, por ironia do destino, e da vergonha de um povo, foi o primeiro presidente da república portuguesa após o 25 de Abril. Um anátema de que a direita portuguesa não se consegue livrar. Diga-se que nem sequer tenta.
O desespero de causa, traduzindo a derrota militar fascista em África, ficou bem expressa em 24 de Setembro desse mesmo ano: a proclamação unilateral da independência da Guiné-Bissau.
Amílcar Cabral pela sua dimensão humana, pelas suas ideias e pela sua acção, tem um estatuto ao nível de um Nelson Mandela ou de um Patrice Lumumba.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Fio-de-prumo

Augusto Alberto

Diz-me a quem te atrelas e dir-te-ei quem és! Na imodéstia desta frase convêm perguntar por onde anda a tropa portuguesa, ao serviço da NATO, (essa coisa, cada vez mais deplorável). No Kosovo! E a presença no Kosovo é um bom exemplo de legalidade? A “comunidade internacional”, diz que sim, mas eu acho que não. E nesse sentido, socorro-me, mais uma vez, da insuspeita Carla del Ponte, ex-Procuradora do Tribunal Penal Internacional (agora embaixadora suíça na Argentina, que terá sido aconselhada por Berna a manter silêncio).

O Exército de Libertação do Kosovo, extirpou os órgãos de prisioneiros sérvios que levou para a Albânia, no Verão de 1999, com o objectivo de os introduzir no tráfico internacional. E tudo com o conhecimento de…Hashim Thaçi, o primeiro-ministro do Kosovo. Terra onde Portugal está com um contingente militar para proteger o estimado aliado do ocidente, (elevado à condição de democrata), mais a trupe, que se tem dedicado ao contrabando de órgãos humanos, de armas, drogas, e à especialíssima arte da prostituição e fundamentalmente, a manutenção na região, de um posto avançado, da “comunidade internacional”, com vista à sempre renovada politica da canhoneira.
 É para os braços desta gente que a elite manhosa desta velha nação nos manda. Já fomos enviados para África, só porque os interesses económicos e negreiros na África Portuguesa, reclamava, com efeito, a presença. “Uma da características fundamentais do capital colonial português é o seu elevado grau de concentração…Estes investimentos…são orientados para infra-estruturas caras e sem interesse para o país dominado, mas necessárias à exploração capitalista” (Armando de Castro, in “O sistema colonial Português em África, meados do século XX).

Diz-me, pois, elite, com quem andas? Com déspotas e ladrões. E digo-te quem és. Servil, bacoca, energúmena, sem nenhum respeito pelo povo que infelizmente te elege. Abandonastes o pé rapado, quando pressentiste as ordens napoleónicas. Vendeste-nos aos filipinos, apesar de saberes que os teus ganhos seriam escassos, e meteste-nos na Europa e na tragédia do euro, só para estares segura de que não te expunhas a um ímpeto mais hostil. És intelectualmente chula e puxa saco, e mais uma vez vais a reboque da política belicista americana, direita ao patíbulo, como bem explicou à nação, o bandalho do ministro Aguiar Branco. 

sábado, 7 de setembro de 2013

É a festa de toda a gente


Os neo-liberais rosas mais os neo-liberais fascistóides, "cést à dire", os xuxas e os laranjecas não gostam muito. Até todos os anos inventam ou não sei quê das Farc´s, ou não sei de fotos escondidas de ex-agentes da CIA ou outros quejandos afins. Não conseguem evitar a grandiosidade da festa feita por comunistas e amigos para toda a gente,é o que é. 
É que não há mesmo festa como esta. Da cultura, da solidariedade, da paz, da amizade, da vida. De toda a gente, mesmo daqueles que inadvertidamente continuam a votar neles.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Truísmo em Homs!

Augusto Alberto
    

A “comunidade internacional” é amiga de quem é sua amiga, mas inimiga de quem lhe tira da frente dos queixos o barril de petróleo.
Foram precisos 60 anos para a CIA confirmar como trabalhou para fazer cair Mohammed Mossadegh, (Iran Coup), um convicto nacionalista e muito popular primeiro- ministro iraniano, que optou por nacionalizar o petróleo, retirando-o desse modo, debaixo dos queixos dos ingleses. Nesse tempo, era Roosevelt presidente americano e o aristocrata conservador Churchill, primeiro- ministro britânico, e só mais tarde, chegaram à liderança politica da “comunidade internacional”, novas hienas, de que Cameron, Hollande e Obama, são a última expressão.
Mohammed Mossadegh

O Irão sempre foi uma farpa encravada na “comunidade internacional” e tanto assim, que em 1988, os americanos sabiam com toda a evidência, que o exército iraniano estava a ponto de abrir brechas irresolúveis no exército iraquiano de Saddam. Contudo, nesse contexto, a C.I. fez de Saddam um conjuntural amigo e permitiu que o seu exército gazeasse o exército iraniano, (Foreign Policy- Exclusive: CIA Files Prove America Helped Saddam as He Gassed Iran), invertendo em definitivo, o curso da guerra. Mas logo após, Saddam passou de amigo a vilão. Enquanto tudo isto, 26 milhões de curdos continuam sem uma Pátria, entalados entre a pesporrente e reaccionária elite muçulmana turca, de quem amiúde leva tautau, (sobretudo quando nas montanhas neva), e à mercê de criminosos que pululam pela Síria e pelo despedaçado Iraque. Ao assunto a C.I. diz nada, ou não seja a Turquia um dos membros da sinistra máquina de guerra da aliança atlântica.
Esta é, em forma remanescente, a verdadeira acutilância táctica. (Segredos, leva-os o vento, e o que há, é uma confessa máquina com vista a tornar boa gente, em receptivos e tansos cidadãos). Saddam e Kadhafi foram boas pessoas, enquanto estiveram em posição de quatro patas, mas estragaram tudo, quando se viraram, porque com os interesses do petróleo, não há meio-termo. Neste caso, bom, bom, é acautelar também, o porta-aviões hebreu, o contratorpedeiro do títere rei de Marrocos e as barcaças das cruéis monarquias do golfo, porque há gaz em Homs.

Assim, eu, cidadão indefeso, me confesso. Quando oiço ou leio notícias, em regra sublinhadas, como sendo a opinião ou a actuação da “comunidade internacional”, logo fico macambúzio e começo a sentir o rufar dos tambores e o bafo das hienas.