quarta-feira, 31 de agosto de 2011

É do caralho, senhores leitores

Não sei se terá sido uma simples gaffe ou se é manifestamente a sua opinião, mas não concordo com o Agostinho quando ele diz que na Figueira a blogosfera é uma pasmaceira. Está bem que rima. Mas convenhamos que já o vigilante supremo da dita se manifestou com uma opinião mais coincidente com a minha. Reconheceu mesmo capacidade de indignação por parte dos bloggers cá da praia da claridade.
E provas não faltam. Estou certo que depois de lerem isto também se irão indignar. O que será, de resto, muito mais saudável do que adorarmos os mercados, os reitingues, os obamas, os barrosos, os cavacos, os joes, os sócrates, os seguros, os coelhos, os sarkozis, as natos, as merkeles, os cedeésses, os pêésses, os “assalariados”, os pêéssesdês, os megamerceeiros. Chega por agora, senão nunca mais acabávamos.

É que não há festa como esta!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O tempo das cerejas 2


O tempo das cerejas*, o blogue de Vitor Dias foi, digamos, vítima de pirataria informática. Um burlão apoderou-se da sua conta associada ao blogue e, pura e simplesmente, eliminou-o. Não será só uma brincadeira de mau gosto, pois quem conhecia e frequentava o blogue sabe que se perderam anos de registos importantes tanto no domínio político como no cultural. Uma atitude fascista, como facilmente se depreende.
Mas a luta continua. Vitor Dias, a quem deixamos um abraço solidário, pode continuar a ser lido em O tempo das cerejas 2.

Adenda em 2011/08/31, às 06h00:  O "tempo das cerejas" está novamente on-line, não sei se Vitor Dias o conseguiu recuperar ou se continua a ser brincadeira do burlão.

domingo, 28 de agosto de 2011

Afrobasket2011: Angola perde na final


Angola não conseguiu revalidar o título de campeão africano de basquetebol, ao perder a final com a Tunísia por 62-51, após 5 vitórias consecutivas. Não se pode ganhar sempre.
Entretanto, o governo angolano foi convidado pela Federação Internacional de Basquetebol a realizar pela primeira vez um mundial da modalidade em África, em ano a indicar.
Este convite teve “em conta as infra-estruturas existentes e o exemplo demonstrado durante a realização de vários campeonatos africanos”, segundo declarações à imprensa do ministro da Juventude e Desporto Gonçalves Muandumba, noticia a agência AngolaPress.
Muandumba afirmou ainda “ser um orgulho para Angola receber este convite, visto que tem demonstrado a sua hegemonia no basquetebol do continente e o desenvolvimento da modalidade”.

E “prontos” !!!!!!

Há uns dias, uns cérebros, suponho que mal formatados, (não digo mal formados porque respeito a inteligência das pessoas) admiraram-se porque eu disse ser contra a invasão da Líbia. Como também fui contra a destruição do Iraque, do Afeganistão, do golpe de estado nas Honduras… e por aí fora.
Estarão contentes porque a Líbia já é “nossa”. Gostava mesmo de entender, até pagava para tal, o que é que eles, depois de milhares de mortes de inocentes, mulheres, crianças, jovens, ganham com isso. Mas enfim...
A superioridade das suas propostas, do modelo de sociedade que propõem, deve ser inegável.

Si le Grand Jacques le dit..

sábado, 27 de agosto de 2011

11º título está quase




Amanhã Angola disputa a final do Afrobasket fente à Tunísia, depois de ter vencido esta tarde a Nigéria, nas meias-finais, por 76-68. Os tunisinos venceram, na outra meia-final, a Costa do Marfim, finalista na edição de 2009, ganha pelos angolanos.
Em caso de vitória a selecção da "palanca negra" consegue o 11º título, quinto consecutivo.

Afrobasket: Angola nas “meias”


Um jogo épico, como classifica o jornal “A bola”, (84-83 frente aos Camarões, após prolongamento) apurou Angola para as meias-finais do Campeonato Africano de Basquetebol. Os “palancas negras” já venceram esta competição por 10 vezes e tentam agora o seu 11º título.
Jogam hoje, às 16h30 frente à Nigéria, o acesso à final.

Os diamantes são eternos. E as nomeações também

O governo ainda não completou 100 dias. Mas no que diz respeito a nomeações não se pode dizer que tem trabalhado mal. Já vai em 492, seguindo a linha do seu antecessor. Só que neste capítulo é bem mais eficiente e competente, pois o ministro que lidera o ranking delas é precisamente um ministro que não tem ministério. Perguntarão vocês: “e se tivesse?”.
Quando li esta notícia fiquei com a sensação que a humanidade iria ser deixada em paz. Imaginei logo a Nato, os mercados, a UE, troikas e o diabo a quatro, bem como alguns filhos da puta de assalariados como o Amorim das Cortiças, aquele que, segundo dizem, está de garras afiadas sobre o mercado da Figueira da Foz,  de armas e bagagens em demanda do planeta.
Quanto à Nato a coisa até ficava em conta, uma vez que não teriam civis para proteger. O que diminuiria os custos.
Infelizmente a minha esperança revelou-se sem qualquer fundamento. Aqui Samuel conta que as agências de viagens já informaram que quatro mil anos-luz são uma distância muito grande.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Nada de novo!!!

Para além da “democracia” estar mesmo prestes a chegar a Tripolí, não há mais nada de novo.
A não ser se considerarmos que, afinal, a questão do mercado não foi aflorada na reunião de câmara. Pelo menos enquanto lá estive. Mesmo assim, seguimos depois, via “faisse buque”, um jornal local. Também nada. Nadica mesmo.
Mas enquanto estivemos no salão nobre do município constatamos que, apesar de  algo sonolento durante a loooonga alocução da sua colega Teresa Machado sobre o CAE, o vereador Miguel Almeida, do PSD, arrebitou e acabou por fazer a faena da tarde. E só não lhe atribuímos as "duas orelhas e o rabo" porque o grupo de vereadores do citado partido democrático ainda não se pronunciou sobre a nossa proposta de acordo, que aqui reiteramos. Apesar de o considerarmos o grande triunfador.
Passo a explicar:
Colocada a questão do Festival de Xadrez não se ter realizado por falta de apoio municipal, a vereadora da maioria afirmou que desconhecia que o apoio do município era indispensável à realização do festival e que o apoio a tal evento não estava nos objectivos da empresa que superiormente dirige. O presidente manifestou-se muito condoído com o triste desfecho da coisa,  que só soube pelos jornais, e que se tivessem falado com ele se tinha arranjado uma solução.
Foi aqui que gostamos da resposta/solução de Miguel Almeida: “Falem uns com os outros”, disse ele.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Hoje, há reunião de câmara




Pelas 15h00 GMT
E será hoje apresentado o projecto para as famosas obras de requalificação do Mercado Engenheiro Silva?
A ver vamos, como diz o ceguinho, uma vez que na agenda estão pontos relacionados com o mercado. Mas que já foi anunciado que as ditas obras já têm financiamento, lá isso foi.
A minha curiosidade é saber quem financia umas obras sem  projecto.
Será hoje desvendado o mistério?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ainda Londres...


Os acontecimentos recentes de Londres podem dar azo a muitas e variadissimas leituras. A perda de valores, sociais, éticos e humanos levam-nos a perceber que o decadente capitalismo já não resolve problema absulutamente nenhum. Antes os inventa.
Aqui se pode ver, para além deste problema ter já antecedentes, o tipo de dirigentes que o capitalismo produz.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dia Mundial de Fotografia

O Castelo de Santo Ângelo, em Roma, e o Rio Tibre visto do castelo.


Ponte Vittorio Emanuele II (a primeira), e Ponte Amadeo Savoia Aosta

Ponte Santo Ângelo

fotos: alex campos

Efemérides

Augusto Alberto

Disse um padre católico de um poeta: “é mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver”. E por causa de ser poeta e possuir perigosa caneta, foi assassinado com um tiro pelas costas na Serra Nevada, no dia 19 de Agosto de 1936, faz hoje 75 anos. Garcia Lorca, poeta, morto às mãos do fascismo espanhol, o prenúncio da segunda guerra mundial que liquidou cerca de 50 milhões de pessoas e destruiu milhares de infra-estruturas. Cerca de 30 milhões na União Soviética, 1 milhão na cidade de Leninegrado. Só no maior cemitério da cidade, 700 mil estão em vala comum.

Com efeito, em 1989 Leonard Bernstein dirigiu a Filarmónica de Berlim, para celebrar o desmantelamento do “muro”, que se queria fosse o equilíbrio entre uma experiência social e politica nova contra a soma de uns tipos vencidos e vencedores, que cedo enrolaram os trapinhos e passaram de desavindos a casamenteiros, a provar que no capital não existem fracturas ideológicas mas simplesmente diferenças de forma. Infelizmente, a nova experiência social e política não seguiu o seu curso, muito por culpa própria, porque se perdeu em batalhas e contradições avulso. Como convém aos vencedores, o muro é hoje o ícone do anticomunismo. Mas que se cuidem, porque o mundo dá muitas voltas e para a derradeira derrota, falta o quase.
A propósito, há muitos anos, uma televisão independente alemã chamou-me a atenção para uma entrevista a um vendedor de armas, alemão, sentado confortavelmente na sua poltrona. De chofre o repórter perguntou-lhe: “o senhor não sente remorsos pelas crianças que morrem com o fogo das armas que vende?” O “democrata” alemão, não se desuniu e respondeu: “sabe, infelizmente faz parte da regra do jogo”. Grande porcalhão! E hoje, sabemos que bancos ingleses, Lloyds, TSB, Barclays, HSBC, resgatados da falência com dinheiros públicos, investem em empresas de armamentos, no caso, em empresas que fabricam bombas de fragmentação. A mim, algo me diz que tanto o porcalhão do alemão, negociante de armas como os porcalhões dos banqueiros e accionistas necrófilos dos bancos Ingleses, que investem em bombas de fragmentação, estiveram em Berlim, em 1989, a assistir ao solene concerto dirigido por Leonard Bernstein e tocado pela filarmónica local.
Sabemos, hoje, de fonte segura, que há muros que são levantados para gáudio dos que continuam a viver dos estilhaços e sangue alheio. Por isso, se me perguntarem se um muro faz falta, direi, um qualquer, nem que seja um forte muro cultural que nos separe destes bandidos e porcalhões.

"Les guitarres jouent des sérénades"

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

“Aldeia Olímpica”: uma proposta de acordo com o PSD

Como aqui prometido, apresentamos a nossa proposta de acordo com o PSD. Solidarizando-nos com o grupo de vereadores do PSD em relação à defesa do património da cidade, tendo mesmo partilhado da sua preocupação com o desaparecimento dos pilaretes, o “Aldeia Olímpica” responsabiliza-se em denunciar qualquer outra tentativa de furto ou danificação de qualquer pilarete, com o objectivo da “imperatividade da defesa e salvaguarda do património”.

Mais: assumimos a responsabilidade de ganhar para a causa os bloggers marxistas da terrinha, se os houver. Bem como o blogue que, pelos vistos, continua a vigiá-los.
Por seu lado, solicitaríamos ao PSD para que defendesse, também, o Mercado Engenheiro Silva, que também é património cultural, económico, arquitectónico, de qualquer pilharete de que possa eventualmente ser vítima.
Caso aceitem o acordo, os vereadores do PSD poderiam avançar desde já com um primeiro passo, ou seja, uma explicaçãozinha. Importante não só para o “Aldeia Olímpica” mas também para toda a população da Figueira da Foz.

Essa explicaçãozinha é simples, e pode ser dada mesmo em nome da transparência: como é que o actual regulamento do Mercado Engenheiro Silva (pelo menos o que está em vigor, e que data de 1998 se percebi bem na última reunião de câmara) está assinado por quem não possui, nem possuía à data, alguma concessão?
Um mistério que urge ser desvendado.
A bem da democracia, a bem da transparência, esperamos, naturalmente, pela resposta.
E tem mais uma: o PSD não tem de estranhar.
É troika por troika. Nem mais.

Tudo pelo património, Nada contra o património!!!

A bem do património!!!

fotos: alex campos

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O muro de Berlim

Mas esses são muros da casa...

De silêncios


1.
As questões aqui colocadas a uma presumível Maria R. S. Santos ficaram sem resposta. Na altura até aventei a hipótese da virtual senhora ser um qualquer apaniguado da vereação da CMFF.
Que se dê guarida aos intrépidos anónimos nas caixas de comentários, ainda vá. Agora, assim, parece-me uma falha do António Flórido, o animador do blogue – e jornal on-line – “O Palhetas na Foz”.
Porque publicar uma carta anónima é uma afronta a qualquer código deontológico ou ético de um jornal, ainda atendendo que o jornalismo, local, regional ou nacional, já teve melhores dias.

2.
Um comentário que enviei para este post não foi publicado. A minha estranheza é absoluta, além de legítima. Primeiro, porque me solidarizei com a defesa do património. Segundo, porque o referido blogue é um blogue de gente democrática, que respeita as opiniões dos outros, coisa e tal.
Para provar que não há ressentimentos, o “Aldeia Olímpica” irá propor um acordo ao PSD, em breve. Precisamente para a defesa do património. E, como a união faz a força…

sábado, 13 de agosto de 2011

Quando o filhadaputismo faz sentido...

"Reunião"

O trabalho que aqui apresentei, do guitarrista Fernando Motta e do flautista Domingos Mariotti, está já pronto.
Aí vai a música que inicia o trabalho. Boa audição.

O Comandante faz 85 anos





Aqui ficam os parabéns do "Aldeia Olímpica".

Havana está a arder (é o fim)

Augusto Alberto (texto e foto)

Novos relatos de Londres, dizem que o regime castrista vive dias difíceis. Inclusive, comenta-se que um alto quadro do regime, de férias na paradisíaca ilha da Juventude, gritava e gesticulava: - pongam lá tropa en lá calle…enquanto aspirava mais ar, depois de uns momentos com a cabeça enterrada na areia, decerto, para não ver os factos. Alguns cubanos que por ali também andavam, diziam-lhe entretanto: - deixe-se lá de lamechices homem, nós só queremos, paz, pão e habitação.

Entretanto, mais relatos dizem que na Havana Velha, na praça onde param diariamente dezenas de alfarrabistas, houve um progon. Obras das mais importantes figuras da independência da América Latina, como Simão Bolívar, José Martí e Camilo Cienfuengos, por exemplo, voltearam pelo ar e foram queimadas numa enorme fogueira. Abaixo Fidel, e mierda para Che, ouviu-se. Entretanto as forças do regime, balançam na atitude a tomar.
Fonte anónima, informa que jovens músicos cubanos, saídos do Conservatório de Música de Havana, rumaram até ao Malecon e sentados no largo muro, tocaram nos seus trompetes, clarinetes e flautas, modinhas de Sinatra como hinos à liberdade, enquanto, em frente, nas águas cálidas da baia de Havana, os parcos barcos da marinha cubana, rondam a Cidade, que continua agitada. Do largo da Baía, vê-se distintamente a forma furiosa como arde o bairro chinês. E disse quem viu, que em frente à Bodeguita del Meio, um velho cubano, desirmanado, com um charuto entre dentes e uma boina à Che, ainda lhes gritou: - ainda havereis de pagar bem pago por esta vossa ousadia.
Acordo e vou logo à janela tomar o ar dos campos do Mondego e inspirar a neblina da manhã. Um pouco atordoado, percebo que afinal tive um sonho difícil. A queimada não foi em Havana mas em Londres, como antes tinha sido em Paris. Afinal o homem cubano, não era cubano, mas um daqueles turistas Ingleses, com dinheiro para passar férias no Algarve, que entrevistado pelo nosso canal público de televisão, afirmou: - já na queimada de 1985, disse, se for caso disso, ponha-se o exército na rua para a caça aos desordeiros, após desenterrar a cabeça da areia.
Quer dizer, muito seriamente, que razão teve o Saramago, quando disse: -maior cego é aquele que não quer ver. E pior ainda, é acreditar que com papas e bolos se enganam eternamente os tolos, porque chegado o momento em que os tolos recusem a papa, então a cidades, (Londres, Paris, Madrid, Cairo, Tunes, Argel, Santiago do Chile e até Oslo), pegam fogo.
Isto sou eu a dizer, que sou um má língua.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Laionel, lembram-se?

É um cara muito repetitivo, não acham?

E sem Roberto.

Havana está a arder!

Augusto Alberto (texto e foto)*

Londres está a arder! Vai gente ao Malecon e vem com baldes cheios de água para atirar para cima das chamas, e os bombeiros empurram carroças com latões, porque faltam os meios adequados ao combate aos fogos e por isso, as chamas não param. Havana velha está nas mãos de jovens sem eira nem beira. A Bodegita del Meio, lugar mítico, onde Hemingway bebia uns mojitos, foi saqueada.
A polícia chegou tarde e não conseguiu sequer que, ali ao lado, o lindíssimo edifício Baccardi, herança do deboche americano, fosse poupado. Os acessos ao Capitólio foram barrados por centenas de jovens, com cartazes a reivindicar melhor apoio social e médico, porque diziam, não há quem aguente o preço do acto médico. Os médicos cubanos são impreparados e chulos, gritava-se. Uma mãe berrava que o filho tem o ventre dilatado da fome e não sabe quando tem escola e tem medo da ida e do regresso a casa, porque pedófilos atacam à luz do dia.
Entretanto chegaram ministros e outros quadros do partido, para ver como tudo está partido. O mais novo dos Castros foi vaiado em frente ao edifício da delegação dos interesses americanos e, ao que se diz, o mais velho dos Castros ficou furioso, porque muitos cubanos davam vivas ao liberalismo americano e alguns exigiam, inclusivamente, o êxodo. Segundo relatos da imprensa da Flórida, refugiados cubanos estão a preparar o regresso, liderados pelo finíssimo Pousada Carriles, inimigo estomacal do regime castrista. Fala-se à boca cheia de um novo desembarque à moda da Baía dos Porcos. Aliás, parece que o Museu da Revolução foi saqueado e que o famoso painel que colava Bush pai, Batista e Pousada Carriles à estupidez e cretinice, percorre agora as ruas de Havana enfeitado com cravos brancos e um ramo de oliveira.
Inclusive, Cienfuengos e Santiago enviaram delegações para juntos dos revoltosos. Uma fonte anónima, relatou que a estrada que liga a estância de Varadero a Havana foi tomada por jovens de cara tapada, que recusam passagem a turistas estrangeiros. Aliás, alguns foram sequestrados às portas da Cidade de Matanzas, a cidade em que a juventude, às dezenas, faz da vela, sem custos, o seu desporto favorito e por isso é chamada a capital da vela.
Mas a cena mais patética nesta total barafunda, foi o teatro bufo, montado junto ao velho palácio de Fulgêncio Baptista. Mulheres, algumas já bem roliças, sobre um estrado, ensaiaram uma cena de vermelhinha, póquer, mojitos e deboche, para reivindicar o regresso de chulos, gangsters e borracholas. Diz-se à boca cheia que o guerreiro Carriles trará consigo Bush pai, Bush filho, alguma dúvida quanto à presença da senhora Clinton, embora garantam que já tem quarto preparado no colonial Hotel Nacional, mas parece certa a presença de Arnold Schwarzenegger, o governador que faliu o estado da Califórnia, que montará logo ali uma cena de chapada e pontapé, numa imitação do herói triste.
Aliás, é patético o modo como a tropa não reage, porque muitos comandantes abdicaram e deixaram os soldados entregues ao acaso.
E eu, que agora estou cansado, vou fazer uma folga e prometo voltar, para relatar mais histórias das cidades que ardem, Paris, Madrid, Atenas, Londres, Cairo, Argel, Tunes, e, até Oslo.


(*Museu da Revolução, em Havana)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Escanzelados

Augusto Alberto

Que cidades são estas que sofrem danos tão formidáveis, em tempo de paz, como quase os que sofreram no blitz, com as bombas v1 e v2, disparadas por Berlim?
A pergunta que fiz, nas vezes em estive no Reino Unido, foi: - que gente se está a parir por cá? Carregada de álcool e brocas, de gente aos berros para se fazer ouvir, (os pubs no Reino Unido, são geniais). E depois? Um mundo marejado de tontices, em que o importante é enviar um palerma, armado com máquina fotográfica e apanhar, de todo o modo, para que o maior número de gente consuma até à alarvidade, todo o tipo de maneirismos reais e de correlativos, sir (s), cavaleiros e paneleiros, para que o Reino Unido se passe, quando passa a realeza. É bem claro que num mundo onde os maneirismos tomam o lugar das políticas humanistas, cedo ou tarde, a cidade pega fogo. Já Nero, que era chalado até ao tutano e copioso nos maneirismos, pegou fogo a Roma.

Não vale a pena enterrar a cabeça na areia. As autoridades do Reino Unido sabem que esta gente é a mesma que faz de um jogo de futebol uma pândega, patrocinada por gente duvidosa e sem rosto, tal como hoje o pessoal dos mercados, que continua a espalhar o mal e a caruma. E não vale a pena dizer que os pretos devem regressar às origens. Basta levantar um pouco a história, para sabermos que muitos desses castanhos e pretos, são filhos do império, das índias, da Ásia da guerra do ópio, (proibido a cães e a chineses), das terras de África, (vale a pena pesquisar), como a elf, a do petróleo, engendrou milhares de mortos com a guerra do Biafra). Para desencanto de muitos palermas, por estes dias, no Reino Unido, também há brancos num salto transversal sobre uma montra, porque os problemas são de classe, transversais a todas as peles.
Mais cedo do que tarde, os homens pedirão um mundo diferente, mas até lá, de volta e meia, Paris, Londres, Amesterdão que é uma tocha colorida, e por ai adiante, pegarão fogo. Não chega fazer de órfãos campeões olímpicos para gáudio da multidão, e depois enviá-los de novo para Brooklyn, para a lavagem de pratos, como sucedeu com Bob Beaman, magistral campeão olímpico e recordista mundial do salto em comprimento. E também em 1968, nos Jogos Olímpicos do México, do alto do pódio, Tommie Smith, medalha de ouro e John Carlos, medalha de bronze, na corrida de 200 metros, avisaram, (pesquisem), que os guetos são incubadoras de violência. Ao que parece, o mundo de lá para cá, continuou escanzelado e os homens dos partidos do sistema, liberais, e de ética pouco recomendável, que tem longe do coração os vândalos que o sistema (vencedor), fabrica, só dão conta da autofagia, quando a cidade começa a arder.
Se estes liberais são surdos, então, às vezes, infelizmente, precisam de um boneco para boa compreensão.

Blogoesfera figueirense, um novo provedor?

Confesso que não tinha reparado que havia uma blogosfera marxista figueirense. Mas, pelos vistos, há. E até tem um super vigilante. Precisamente a via pela qual lhe descobri a existência.
Num dos - telegráficos - relatórios apresentados, há dias, pelo super vigilante, este diz que já lhes achou (à dita blogosfera) alguma graçola mas que agora está a ficar um nadinha farto deles.
Daqui se pode depreender que os referidos blogues vermelhos, estão a perder qualidades, isto atendendo, como é óbvio, ao ponto de vista do diácono remédios, perdão, do super vigilante, o novo provedor do cânones da bem-pensância local. Portanto, que se cuidem.
Mas nestas coisas da blogosfera, como outras, embora nem todas, há sempre uma grande vantagem: não é de leitura obrigatória.
Talvez por isso me lembrei de um certo “provedor blogosférico”, infelizmente já retirado das lides.
Mas “prontos”, não é por aí que a blogosfera figueirense não deixa de ser engraçadíssima.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Paris já está a arder?


Esta frase é atribuída ao "tio Adolfo". Está bem que, lá, teve o seu quinhão de glória. No fim de contas cumpriu um sonho: desfilou nos Campos Elísios.
Estará ele, agora, a dar saltos de contentamento, com o que se passa em Londres?
Para aqueles que pensavam termos chegado ao fim da História, isto é um enorme erro. Quando muito é o fim de um capítulo. Mas, atenção, um fim que poderá demorar umas décadas enormes. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A bem da Nação

Augusto Alberto

A bem da Nação era o modo como se dava andamento aos documentos oficiais do estado novo, após respectiva assinatura fascista por cima do carimbo ou selo.

A bem da Nação fez-se, em 1974, Abril. Mas a bem da Nação, logo se elegeu, rotativamente, o partido socialista, o partido social-democrata e o centro democrático social.

E a bem da nação, para melhor confundir, ainda apareceram figurinhas como Otelo, Pintassilgo, Alegre e Nobre. A bem da Nação os partidos da rotação privatizaram e deram o golpe misericordioso em toda a indústria de transformação. A bem da Nação abateu-se a indústria da pesca, e a bem da Nação o mar serve hoje para a pesca lúdica e uns banhos de mar em tempo de férias. A bem da Nação a lavoura foi reduzida à sua mais baixa cotação e, hoje, a bem da Nação a nação produz muito pouco do que consome.

E a bem da Nação, aqui chegados, Mota Soares, ministro dos assuntos sociais, neto do estado novo, da agremiação do Paulo Portas, o já citado portas do PP, o Passos Coelho do PSD, o Seguro do PS, mais o Cavaco, o Cardeal Patriarca e os bispos de sotaina, decretam que 3 milhões depPortugueses, 1/3 de nós, fiquem reféns do pes, esquema assistencialista e caridoso, filosofia do estado novo, sem o qual morrerão à fome. Confortáveis, os herdeiros do estado velho, mais a santa madre igreja, a bem da Nação, perderam a vergonha e estão como peixe na água, a fazer nado sem barbatanas, tal a confiança e segurança.

A bem da Nação, de modo persistente, vêm a terreiro uns tartufos garantir que esta é a única solução, e ainda, a bem da Nação, escondem que há outras maneiras de resolver o assunto. Por isso, eu recomendo que a bem da Nação, se leia, estude e se ponha em prática as múltiplas propostas económicas e sociais saídas das conferências económicas, de 1997 e 2007, organizadas pelo Partido Comunista Português, onde às tantas, num domingo, 26 Agosto de 2007, se diz:: Portugal precisa de um forte investimento público e não de sucessivos cortes em cega obediência ao Pacto de Estabilidade e Crescimento, de apostar no aparelho produtivo e no desenvolvimento da produção nacional e não na financeirização da economia e das actividades especulativas… aplicando o princípio de que a um posto de trabalho permanente corresponde um contrato efectivo de trabalho.

E se não acreditarem, então que se continue a privatizar. Os elementos, a terra e a água, o fogo e o ar, montes e vales, o Gerês, porque o Alentejo voltou ao que sempre foi, o Rio da minha Aldeia, que para mim é maior do que a soma de todos os rios do mundo, o canal público de televisão, e se não vos sossegar, que se privatize e decrete o fim da inteligência e consciência, para que se não importune o sossêgo de poltrões e usurpadores.

sábado, 6 de agosto de 2011

6 de Agosto: para não esquecer

Faz hoje 66 anos que a Alemanha Nazi capitulara há 3 meses. E que o Japão decidira render-se há 2.
Mas para "proteger civis e salvar vidas humanas", os EUA utilizaram as mesmas justificações dadas mais tarde no Iraque, no Afeganistão ou na Líbia.
Não faço a mínima ideia, muito provavelmente devido aos meus conhecimentos de História serem bastante rudimentares, de quantos civis foram, e continuam a ser, protegidos e salvos, em todos estes actos atrás referidos.
Mas algo me diz que preferiam não ser.

Porque também pertenço aos outros...


... tomo a liberdade de copiar, na totalidade, este post, daqui. Aí vai:


"Se eu estivesse de visita a uma pequena empresa ou escritório de um conhecido e se, logo a abrir a visita, chegasse a notícia de que uma trabalhadora desse local se tinha aí mesmo suicidado... eu cancelaria a visita, sem mais argumentações ou desculpas. O ano tem 365 dias e a vida muitos anos... mas a morte é apenas um momento. Um momento breve e único. Tal como a oportunidade de mostrar o respeito que esse momento exige.
Deve ser por isso que eu não tive, não tenho e nunca terei aquilo que é preciso para ser super-chefe de cobranças das Finanças, pago a peso de ouro, ou, logo a seguir, ministro do negócio da saúde.
Pertenço aos outros! Aqueles que acham que tentar ajudar “os pobres” com mais 11 euros por mês, num programa “social” que tem por sigla PES (Programa de Emergência Social), para além da evidente demagogia, não passa de uma amarga ironia... já que é exactamente com os pés que sucessivos governos têm tratado aqueles a quem chamam “os pobres”, ou “desfavorecidos”, quando têm sido as suas miseráveis políticas, ao longo dos últimos 35 anos de rotativismo partidário, a lançá-los para a pobreza".

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Da moita

Moita é uma mata espessa de plantas de pouca altura. É também um conjunto de castanheiros novos que nasceram juntos. E chama-se também a uma espécie de seda crua de Benguela. Isto deve de ser verdade, vem no dicionário da Porto Editora.
Mas o que não sabíamos, porque não vem no dicionário da Porto Editora, é que Deus tem uma. Uma moita. Quer dizer, se não tiver é porque estamos na silly season.
aqui uma espreitadela para a ver.

Proibida a mendicidade

Augusto Alberto

Numa cidade do norte, cortada pela estrada nacional nº1, referência do país sorumbático, lá esteve, anos, uma excrescência do tempo fascista, que dizia: “proibida a mendicidade”.
E agora mesmo, li das coisas mais interessantes na rede: “Creio que o Álvaro tem um grande estilo... Nota-se-lhe uma grande vontade e uma grande motivação para transformar Portugal no Canadá. Já que Passos que transformar Portugal nos EUA, e Portas no Estado Novo...”

A vida social e política está na fronteira da paródia e do riso, se não se desse o caso de muita gente já andar a chorar, por isso, cuidem-se porque há motivos suficientes para preocupação. Na História, houve momentos em que a desonra caiu dolorosamente sobre os povos, e o caso, de baixar taipais, proibindo legalmente a mendicidade no país miserável, tal como a proibição, pelos ingleses, da frequência dos jardins públicos na China, a cães e chineses, são momentos miseráveis, que a todo o momento merecem ser revelados, para sabermos como fomos tratados e por quem. Por isso, cuidado com as terapias, porque a vontade de replicar em Portugal o liberalismo americano, requer rotunda recusa, porque, não tenhamos a mínima dúvida, potenciará a desgraça. Não sou eu que digo, mas um vestuto matutino, ainda que com os cuidados necessários, para limitar a chegada à notícia, que diz: - Central Falls é a quinta cidade dos EUA que este ano se vê obrigada a abrir falência por não cumprir com as suas responsabilidades. Central Falls, no estado norte-americano de Rhode Island, requereu ontem protecção do tribunal depois dos reformados da cidade terem rejeitado cortes nas suas pensões e nos seus benefícios, obrigando a cidade a abrir falência…são já cinco municípios norte-americanos a abrirem falência em 2011. Este número compara com os seis municípios que seguiram o mesmo caminho em 2010, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
Cuidado, pois, com o estranho mundo que nos querem impingir, porque tipos como o cavaco, o passos, o portas, o gaspar, o álvaro, são boas espécies na arte do disfarce, na caridadezinha e sabem fazer uns bons caldos de galinha em tempo de mendicidade.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Os amigos de Savimbi cedo perceberam que os amigos são para as ocasiões

Augusto Alberto

Mudam-se os tempos, mas não mudam as vontades e, para tanto, procuram-se amigos, que outrora foram inimigos. É o pragmatismo, sim senhor. É o caso dos amigos de Savimbi, que cedo perceberam que os amigos são para as ocasiões e que a ocasião faz o ladrão.
Lembram-se do João que ao regressar da “Jamba”, por pouco não morreu no desastre de avião? Pois, primeiro foi a família Soares que se encheu de amores pelo velho tribalista, depois Cavaco e a sua corte, sobejamente convencidos que ali estava o homem capaz de se opor à construção de uma sociedade mais justa, que impediria que as manápulas voltassem a ser postas nas riquezas de Angola. Choraram baba e ranho a cada nova derrota de Savimbi, mas era impossível descolar-lhe. Contudo, Savimbi sofreu a maior derrota, paga com a vida, mas feita uma pausa, o pragmatismo concluiu amizades com quem antes era inimigo. 
Tal como formiga pelo carreiro, todos os que tinham por amigo, o velho tribalista e por inimigo o M.P.L.A., como o Mira Amaral, o Amorim e CIA, fazem de inimigos de ontem, amigos de hoje, e adiante a hipérbole, que os negócios não têm pátria. Vivas a quem foi amigo de Savimbi e hoje cultiva, unha com carne, com o melhor da elite angolana, esquecendo velhos desejos de morte.
A ocasião faz o ladrão e para que haja bom sucesso, o pragmatismo, parece que se aprende nos bancos da universidade, é elevado à categoria de ciência, como nesta história calhandra do BPN/BIC, onde se prova que debaixo da asa do cavaco, medrou toda a sorte de gatunos, e que à conta dos pacholas, conseguem o feito de um presidente, um governo, uma maioria e sem pedra na consciência, toca a roubar.
Esta história mostra que já se vai em vassalagem ao “Futungo de Belas”, prova mais do que evidente de que as elites desta pátria, que correm por Belém, pelas Necessidades e alguma por São Bento, são pouco mais do que puxa-sacos, ladrões e vigaristas, e que quem vota neles, nunca irá além de burro de carga.
Se julgais que isto se resolve com um Zé do Telhado, estais enganados. Não chega roubar aos ricos para dar aos pobres. A puta da caridadezinha nunca foi solução para coisa nenhuma, meus santos.
Abram o olho, que vai sendo tempo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Zeca


Professor de História e grande poeta. Símbolo enorme da Cultura Portuguesa.
Deixo, neste dia, a palavra a um dos seus "compagnons de route".  Por favor...

Que pilaretes! Que desplante!



O PSD levantou a questão, em reunião de câmara, do extravio de uns quantos pilaretes, (vejam só) exigindo esclarecimentos “sob pena de poder ser sinónimo de descuido com a defesa e salvaguarda do património”.
Não será um pouco caricata esta preocupação? Miguel Almeida, um dos 9-vereadores-9, apontou ainda “para a imperatividade de salvaguardar o património da cidade de ficar mais pobre”.
O património da cidade mais pobre por falta de uns tantos pilaretes? Isto é para rir ou quê? Património da cidade, por exemplo, é o Mercado Engenheiro Silva. Aí não há preocupação porquê? 
Mas que responsáveis elegemos nós que confundem a beira da estrada com a estrada da Beira?
Ou então será um fait divers como manobra de diversão.

Continua a saga colonial

Augusto Alberto

O norueguês Behring Breivik, faz-me lembrar a personagem central do filme de Bernard Bertolluci, 1990, o fascista que atira com toda a sua potência gatos à parede, para exemplificar como se deveria fazer com os resistentes e patriotas italianos.
Muito cuidado, será um desastre dar de barato a arenga de Breivik, que vai na teoria de que todos os terroristas são muçulmanos, porque o palerma não está só. Breivik não deve desconhecer que os seus antepassados assassinaram e saquearam, fundaram povoados e estabeleceram comércio e que também, na actualidade, militares da sua pátria, continuam por ai em cruzadas que parecem não ter fim. Obliterado e produto do tempo fascista que corre, tal como o fascista de Bertolluci, que após anos de terror, acaba, só, com um tiro certeiro que lhe estoirou a cabeça, também, Breivik, só, pela calada do sossego, e sem resistência, covardemente matou cerca de oito dezenas de pessoas.
Após parcos dias sobre os factos na Noruega, o nosso ministro dos estrangeiros deu nota de uma decisão, pouco comentada por constituir grossa asneira. A gente entende que a estratégia seja pensada, mas que os pressupostos sejam serenamente divulgados, por falta de tacto, é um colossal erro. Até o Portas se pode enganar.
O que nos disse, então, o trocista e cínico ministro? Que no conforto dos gabinetes, pesados os interesses de Portugal na Líbia, o governo resolveu reconhecer como legitimo representante do povo líbio, o conselho nacional de resistência, à semelhança, por exemplo, do Reino Unido e Noruega. Eu que fui à guerra, que matou milhares de jovens portugueses e africanos, fico espantado por saber que ao cabo de mais de 35 anos da saga colonial, a política externa portuguesa moderna se rege simultaneamente pelo seguidismo e pelo colonialismo. Que fervores Portugal terá na Líbia que impliquem a guerra, marejada de morte e destruição?
O Daniel Proença de Carvalho, o Murteira Nabo, ou o Fernando Gomes, e os grandes accionistas da GALP, para quem trabalham, saberão, evidentemente. E eu, humilde cidadão, não prescindo do direito de dizer que este Portas é, do ponto de vista ético, um anão, e do ponto de vista politico, um neo-fascista.
É também por causa de gente como este Portas, e amigos, que de volta e meia aparecem colossais palermas, como este Behring Breivik.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

BICaram (mais uma vez) o BPN


O contribuinte português é um mãos largas. Depois de ter colocado 2,4 mil milhões de euros no BPN para tapar o buraco lá cavado pelo presidente da República e pelos seus rapazes, acaba de o oferecer à Rainha Isabel de Portugal, e ainda fica com a despesa decorrente do aumento do desemprego, pois a rainha não quer a totalidade dos funcionários, só quer 750 dos 1580, bem como do encerramento dos balcões  que a dita não quiser abertos.
Isto de estarmos há perto de 35 anos a sermos governados por descendentes directos do Miguel de Vasconcellos, gente que não tem sequer um conceito de pátria, de nacionalismo ou de vergonha, ainda vai acabar mal.

Quem pergunta quer saber


“O Palhetas na Foz”, jornal on-line, publica uma carta enviada por uma leitora. Chama-se a senhora Maria R. S. Santos e a carta foi enviada por e-mail. Podem ler aqui.
Não sei se a senhora existe ou não. Pelo conteúdo, até pode ser um qualquer anónimo apaniguado da vereação da CMFF. Isto porque de e-mails é muito complicado. Mas que a senhora, ou alguém, tem direito à sua opinião, é inalienável.
Assim, o António Agostinho, no seu blogue “Outra Margem”, escreveu a sua opinião.
Eu não. Não vou emitir opinião. Gostava só de colocar três questões à autora, ou autor, porque fiquei com a convicção que me saberá responder:
- a primeira é que me mostre o projecto das putativas obras que se vão efectuar no mercado, já que qualquer um dos 9-vereadores-9 não o conseguiu.
- a segunda é porque raios é que o famoso regulamento do referido mercado, que ao que tudo indica foi promulgado sem consulta pública, está assinado por quem não é concessionário do mercado.
-a terceira é  porque razão nenhum dos 9-vereadores-9,  presidente incluído, explicam o que falta ser explicado.
Respeitando a opinião da suposta senhora, gostaria que ela (ou alguém por ela) me desfizesse estas minhas dúvidas.
E, já agora, também se poderia espraiar sobre as obras que se fizeram no mercado há não muitos anos.
Terão sido a expressão máxima do empreendorismo santanista ou apenas, mais prosaicamente, um desperdício do erário público para mostrar obra de fachada aos pacóvios figueirinhas e se prepararem as eleições em Lisboa?

-Aguardo resposta, mesmo que incógnita ou, sei lá, críptica (desde que fundamentada).