domingo, 14 de setembro de 2008

Bravo, Chavez (croniqueta de fim-de-semana)



“Váyanse al carajo, yanquis de mierda, que aqui hay un pueblo digno”

Foi sempre assim. Qualquer tentativa dos povos se tornarem senhores dos seus próprios destinos é cortada ou por golpes de estado ou por guerras civis. O capitalismo internacional liderado pelos EUA e acolitado por muitos outros pretensos democratas não deixa as coisas por menos.
Lembremo-nos da Espanha, em 1936, tinha a Esquerda vencido as eleições. Do Brasil, em 1964, quando o governo de então se preparava para iniciar uma política de reforma agrária, foi derrubado e instituída uma feroz ditadura militar. Do Chile, depois de não conseguirem impedir que o governo democraticamente eleito tomasse posse, em 1970, aconteceu o sangrento golpe de estado, em 1973 e a não menos sangrenta ditadura do General Pinochet. Já em 1975, em Portugal, a Esquerda esteve perto do poder e o que se viu? Redes bombistas a operarem magnífica e “democraticamente”, além de boicotes quer à reforma agrária quer a tudo o que mexesse para mudar o estado das coisas que já caíam de podres. E qual é o país que temos? Claro, o que os grandes senhores querem.
Os exemplos são muitos, os que demonstram a ingerência do capitalismo internacional nos países onde não dominam os respectivos governos. Do anacrónico boicote ao povo cubano. Das tentativas de derrubar Chavez, através de um referendo a meio do mandato, de uma tentativa de golpe de estado, de uma greve geral que demorou meses, claro que bem pagas aos grevistas, pois aqui e hoje, num país democrático como o nosso as greves não atingem percentagens que façam os seus objectivos serem atingidos de imediato.
São tantos os exemplos que não há país da América Latina que não tenha para contar. Desta vez é o governo de Evo Morales que está em causa, na Bolívia.
A solidariedade para com a nação boliviana é um imperativo de todos os democratas.

10 comentários:

Anónimo disse...

Está na hora da América Latina se libertar do jugo dos EUA. “Váyanse al carajo, yanquis de mierda, que aqui hay un pueblo digno”
Estou de abalada, volto no final de Setembro. Abraço, Até já

alex campos disse...

Boas férias e um abração.

samuel disse...

Os nossos pensamentos andam em viagem pelos mesmos lugares... porque será? :)
É preciso ir denunciando estas situações, que tanta gente, ou é impedida, ou não se interessa por ver.
Obrigado pela referência!

Abraço

Zorze disse...

Aí está alguém que ainda fala grosso contra o poder dos EUA.

Abraço,
Zorze

dona tela disse...

Amoroso, amoroso é o post que acabei de fazer.

Muitos cumprimentos.

Anónimo disse...

É preciso ser solidário, com todos que fazem um grande esforço para sairem debaixo da besta imperialista!

Anónimo disse...

Chavez só ficará na História se conseguir que o seu povo se liberte da pobreza. Os insultos desbragados são só folclore.

Anónimo disse...

"A importância de Marx não é a sua força identitária que transformou o comunismo numa religião de agnósticos. Nem sequer a sua história, marcada por um capital de esperança que mobilizou, como nenhuma outra corrente política, milhões de seres humanos de quem só se esperava que produzissem e por um rol de crimes, purgas e sangue. Nem é saber onde falhou e acertou na teoria económica. A importância do marxismo hoje (...) é a de ser a partir dele que poderá nascer um qualquer movimento crítico do capitalismo. O que conta não é a doutrina, mas a tradição do pensamento marxista(...)" - Daniel Oliveira, revista Actual do Expresso de 13 Set.2008

Capitão Merda disse...

A julgar pelas palavras do Anónimo, não existe pobreza nos EUA!
Deve ser em virtude do magnífico sistema de segurança social que por lá se aplica...

Anónimo disse...

O sr. Capitão Merda tem que cuidar da clareza das suas interpretações de soltura fecal. Quem afirmou que nos EUA não há pobreza? Que raio é que isso tem que ver com o comentário aos insultos do Chávez?