quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mea culpa

Achei justo um comentário de um anónimo no post anterior. Há erros que se podem justificar e erros indesculpáveis.
Tentei tão só relembrar que a Paz, para os angolanos, teve um preço exacerbado: o de ter caído no seio do império. “Desconsegui” e reconheço-o.
Apesar de continuar a ser simpatizante do MPLA, é claro que não me revejo neste “MPLA”. No do Dos Santos, do Amorim das Cortiças e de outros nababos, portugueses e não só, que nada produzem e “comem tudo”. Que dominam, controlam, sugam, apoiados por uma burguesia local, reduzida, endinheirada e apoiada pelo capitalismo internacional.
A situação não é estranha, só para quem anda distraído, já que, ainda nos anos 80, em plena guerra, o “MPLA” assistiu pela primeira vez, embora como observador, a uma reunião da internacional socialista. Significa isto que a ocidental democracia, o imperialismo, lá foi dando a volta por cima, tendo depois deixado cair o seu grande cabo de guerra, Jonas Savimbi. Lembro, também, já que estamos em maré de lembranças, que os que agora se dão muito bem com Dos Santos se davam muito bem com o homem da Jamba, até chegaram a cair de uma avioneta abaixo e tudo.
Apesar disto, vale e valeu a pena a paz, vale sempre, mas, repito, teve e tem um preço muito alto. Que os angolanos não merecem pagar.
Mas mesmo assim, um qualquer Almada angolano poderá escrever: “ao menos isto passa-se numa terra de mulheres bonitas”.
“Putaqueospariu”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Nunca o erro foi em si mesmo um problema. O Mal é persistir no erro e autoflagelar-se à maneira dos suplicantes medievais...