quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Como levar a água ao moinho da direita

(imagem sacada da Net)

Como um dos argumentos eleitorais o “ps” defende que votar no PCP ou no Bloco de Esquerda é facilitar o caminho para a direita. É o que tem apregoado o seu papagaio oficial, Vital Moreira, nas páginas do jornal de Belmiro de Azevedo. Disfarçam assim que têm feito todo o trabalho que a direita quer e que, por decoro, o PSD, o lídimo representante da minoria abastada que detém o poder, nunca o fez tão galhardamente.
O Código de Trabalho é um exemplo claro: o “ps”, uma vez chegado ao governo, não fez mais que o agravar. O PSD não ousou ir tão longe.
Com os ataques aos direitos dos trabalhadores, o aumento do trabalho precário, o aumento do desemprego para níveis que o PSD nunca houvera ousado, o aumento dos lucros da banca, da EDP, Galp e outras empresas, para as quais não há crise que os apoquente, o grande capital sabe que está muito bem protegido.
Portanto votar “ps” é votar nos interesses dos grandes capitalistas, é votar nesta política do “ps”, como será lógico deduzir não tem outra, e na degradação do nível de vida dos portugueses. Votar PCP será votar numa tentativa de fazer retroceder esta política. E é possível.
Há agora um dado novo. O voto na tradicional “extrema-esquerda” tinha o papel histórico de impedir um possível crescimento do PCP. Em termos eleitorais lembro-me, aqui há um bom par de anos, no distrito de Castelo Branco, onde o PCP nunca elegeu deputados, que numas eleições por cento e poucos votos não conseguiu eleger um. O MRPP, então o grande representante dessa área esquerdista obteve perto de 500. As coisas alteraram-se. Agora temos o Bloco de Esquerda, mas que não consegue tirar votos ao PCP. Ironicamente vai crescendo à custa do”ps”. Foi um tiro que saiu pela culatra. Viu-se nas “europeias”: o “ps” e o Bloco tinham, em conjunto, 13 deputados (12+1). Ficaram com 10 (7+3). A CDU tinha 2 em 24, manteve os mesmos 2 em 22 eleitos, tendo subido mais de 70.000 votos.
Está visto, então, que para “levar a água ao moinho da direita”, parafraseando o oráculo de José Sócrates, o caminho mais curto é votar no “ps”.

1 comentário:

samuel disse...

Contas bem feitas... :-)))

Abraço.