Helen Stephens e Jesse Owens
Não sei, nem posso saber e, por isso mesmo, não tenho ideia absolutamente nenhuma formada acerca do caso que se vive nos mundiais de Atletismo a propósito de uma atleta sul-africana chamada Caster Semeneya. Há que esperar para ver.
Mas o caso obriga-nos a cirandar pelos confins da memória e, nessa estranha viagem por acontecimentos que forçosamente não vivemos, mas dos quais tivemos um qualquer eco, foi fácil chegar aos Jogos Olímpicos de Berlim, 1936, os tais em que um tal Jesse Owens humilhou positivamente um tal de Adolfo Hitler.
Não foi o único. Na final feminina de 100 metros a americana Helen Stephens venceu de uma forma aparentemente fácil (11,5s). A grande rival era a atleta polaca, anterior campeã, Stanislawa Walasiewicz. Através da imprensa, pelos vistos é uma coisa imutável, conseguiram fazer circular um boato que Helen era homem. Não existiam testes de sexo e os polacos chegaram a pedir que a atleta americana se despisse, um pedido ousado para a época, diante de uma junta médica.
Foi a própria atleta que se ofereceu, rezam as crónicas que não foi obrigada, para passar por essa prova. O engraçado da questão é que 44 anos depois veio-se a descobrir que quem era efectivamente homem, era a atleta polaca.
Mas tem mais: que foi verdade que Helen deu “tapa” a um senhor que tinha fama de sedutor, rezam os anais. Transcrevo parte de um texto da edição “Jogos Olímpicos um século de glória”, do jornal “Público”, editado penso que em 2000:
“Stephens ainda teve que “enfrentar” os apetites libidinosos de Adolf Hitler. Desde que a viu correr os 100m, o fuhrer ficou vivamente impressionado e, pelos vistos, nunca teve dúvidas quanto à sua feminilidade.
No estádio olímpico, Hitler convidou-a para a sua”suite” particular e, logo aí, quando a cumprimentou com a saudação nazi, teve o primeiro dissabor. “Respondi-lhe com uma forma muito própria de apertar a mão do Missouri”, revelou, anos depois, Stephens.
Hitler não se ficou por aí. Esqueceu, por completo, os seus grandes planos e os monumentais jogos que estavam a decorrer e, após colocar o braço sobre os ombros da norte-americana, convidou-a para passar um fim-de-semana na sua companhia. Como o fascínio que produzia sobre a maioria do seu povo não tinha grande repercussão em todas as pessoas de outras paragens, o líder alemão ouviu a palavra que não estava habituado a escutar naqueles tempos: “Não”.
Mas o caso obriga-nos a cirandar pelos confins da memória e, nessa estranha viagem por acontecimentos que forçosamente não vivemos, mas dos quais tivemos um qualquer eco, foi fácil chegar aos Jogos Olímpicos de Berlim, 1936, os tais em que um tal Jesse Owens humilhou positivamente um tal de Adolfo Hitler.
Não foi o único. Na final feminina de 100 metros a americana Helen Stephens venceu de uma forma aparentemente fácil (11,5s). A grande rival era a atleta polaca, anterior campeã, Stanislawa Walasiewicz. Através da imprensa, pelos vistos é uma coisa imutável, conseguiram fazer circular um boato que Helen era homem. Não existiam testes de sexo e os polacos chegaram a pedir que a atleta americana se despisse, um pedido ousado para a época, diante de uma junta médica.
Foi a própria atleta que se ofereceu, rezam as crónicas que não foi obrigada, para passar por essa prova. O engraçado da questão é que 44 anos depois veio-se a descobrir que quem era efectivamente homem, era a atleta polaca.
Mas tem mais: que foi verdade que Helen deu “tapa” a um senhor que tinha fama de sedutor, rezam os anais. Transcrevo parte de um texto da edição “Jogos Olímpicos um século de glória”, do jornal “Público”, editado penso que em 2000:
“Stephens ainda teve que “enfrentar” os apetites libidinosos de Adolf Hitler. Desde que a viu correr os 100m, o fuhrer ficou vivamente impressionado e, pelos vistos, nunca teve dúvidas quanto à sua feminilidade.
No estádio olímpico, Hitler convidou-a para a sua”suite” particular e, logo aí, quando a cumprimentou com a saudação nazi, teve o primeiro dissabor. “Respondi-lhe com uma forma muito própria de apertar a mão do Missouri”, revelou, anos depois, Stephens.
Hitler não se ficou por aí. Esqueceu, por completo, os seus grandes planos e os monumentais jogos que estavam a decorrer e, após colocar o braço sobre os ombros da norte-americana, convidou-a para passar um fim-de-semana na sua companhia. Como o fascínio que produzia sobre a maioria do seu povo não tinha grande repercussão em todas as pessoas de outras paragens, o líder alemão ouviu a palavra que não estava habituado a escutar naqueles tempos: “Não”.
Helen Stephens, que venceu nesses jogos de 1936 2 medalhas de ouro, faleceu em 1994.
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