sábado, 3 de outubro de 2009

De democraticidades, zangas de comadres e memórias curtas (croniqueta em tempo de campanha eleitoral)

Este e este são dois factos perfeitamente normais em forças “democráticas”. Antes de tecer alguns considerandos acerca, devo dizer que exemplificam e ilustram muitíssimo bem aquela minha ironia que escandaliza alguns dos meus camaradas, quando digo que não sou “democrata”.
O primeiro caso faz-me lembrar, ainda que seja uma prática democrática usual, uma zanga de comadres, pois, como se sabe, um das importantes figuras “socialistas” da freguesia em questão era um grande apaniguado defensor do líder da LISP (Lista Independente de S. Pedro), quando comiam todos do mesmo tacho. Isto a acreditar numa famosa frase do referido quando afirmou que era capaz de se atirar a um poço com o Carlos Simão (o líder da LISP), pois este ajudá-lo-ia. Mudou de ideias, com certeza, pois concorre agora contra ele. Ou, se calhar, nem tanto.
O segundo é uma baixaria medonha tendo em conta uma vivência democrática, que responde, ela própria, por quem a comete. Trata-se de um cartaz, que não reproduzo por decoro, mas que seguindo os links o verão. É que, quando não temos ideias para apresentar, o mais fácil é denegrir, ou tentar denegrir, os adversários.
Mas também se trata de um caso clamoroso de memória curta. Os “socialistas” estiveram na Câmara mais de vinte anos seguidinhos, sem tirar fora. E em que estado está a Figueira?
Mas porque raio a culpa é sempre dos outros? Poder-se-à adivinhar que a Figueira irá ter mais do mesmo?
A palavra aos figueirenses.

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