O governo angolano apresentou um protesto ao embaixador francês em Angola pelo facto de as autoridades politicas e judiciais francesas “não condenarem com veemência, e accionarem os mecanismos desejáveis contra o cidadão que assumiu a autoria moral e material do ataque de 8 de Janeiro contra a caravana do Togo na fronteira em Cabinda”.
O cidadão em causa “circula livremente” pela França, de onde foi emitida a nota de reivindicação do atentado perpetrado pela FLEC.
Começa-se a perceber quem manipula esse grupelho terrorista. Com ou sem consentimento de “governos democráticos”, ou com esse consentimento encapotado ou não, parece fácil de entender que são algumas das grandes petrolíferas.
Num post no seu blogue, o jornalista angolano Wilson Dada, um crítico, como eu, do governo angolano, condena sem margem para dúvidas o atentado terrorista. Nesse post, um comentário de um angolano, que preferiu manter o anonimato, dá uma ajuda para a compreensão do complicado problema.
Transcrevo-o de seguida:
"No fundo o MPLA agradece pois a FLEC acabou por se colocar numa posição intolerável. Penso que esta história de Cabinda já foi longe demais e que está na altura de os diversos intervenientes se sentarem e conversarem de boa fé. Angola via MPLA errou ao usar em benefício próprio o dinheiro do petróleo de Cabinda não garantindo que uma grossa fratia de tais rendimentos ficasse no território. Os interessados na independência de Cabinda a meu ver estão apenas ao serviço de estranhos a Angola e a Cabinda. É evidente que Angola nunca aceitará a separação de Cabinda pois isso seria aceitar a desfragmentação da unidade territorial de Angola. Não foi por acaso que os portugueses resolveram integrar administrativamente Cabinda em Angola. Sempre actuaram, em termos territoriais de forma muito pragmática. Aliás, não fora a Conferência de Berlim onde Portugal para tentar proteger os seus territórios cedeu uma fatia para acesso do Congo ao mar, e nunca teria havido descontinuidade territorial entre Cabinda e o restante território de Angola. A meu ver esta é a altura para se implementar uma solução federativa para Angola. O caso do Brasil é uma demonstração do sucesso de tal solução. Também aqui houve tentativas de secessão e no entanto todos os diferendos se resolveram de forma adequada. Cabinda isolada será presa fácil para os países vizinhos, iniciará o processo de fragmentação tribal de Angola, processso este que se estenderá, como uma praga aos países vizinhos e dará certamente início a um novo período de guerras civis. Será bom para a rapaziada do petróleo e das armas. Ou seja, interessará muito boa gente mas certamente não interessará aos Africanos que tenham dois palmos de testa. Não é por acaso que a política Portuguesa, ao contrário do que se passou com Timor, anda a assobiar para o lado nesta questão de Cabinda. Para o MNE português a questão de Cabinda não existe".
O cidadão em causa “circula livremente” pela França, de onde foi emitida a nota de reivindicação do atentado perpetrado pela FLEC.
Começa-se a perceber quem manipula esse grupelho terrorista. Com ou sem consentimento de “governos democráticos”, ou com esse consentimento encapotado ou não, parece fácil de entender que são algumas das grandes petrolíferas.
Num post no seu blogue, o jornalista angolano Wilson Dada, um crítico, como eu, do governo angolano, condena sem margem para dúvidas o atentado terrorista. Nesse post, um comentário de um angolano, que preferiu manter o anonimato, dá uma ajuda para a compreensão do complicado problema.
Transcrevo-o de seguida:
"No fundo o MPLA agradece pois a FLEC acabou por se colocar numa posição intolerável. Penso que esta história de Cabinda já foi longe demais e que está na altura de os diversos intervenientes se sentarem e conversarem de boa fé. Angola via MPLA errou ao usar em benefício próprio o dinheiro do petróleo de Cabinda não garantindo que uma grossa fratia de tais rendimentos ficasse no território. Os interessados na independência de Cabinda a meu ver estão apenas ao serviço de estranhos a Angola e a Cabinda. É evidente que Angola nunca aceitará a separação de Cabinda pois isso seria aceitar a desfragmentação da unidade territorial de Angola. Não foi por acaso que os portugueses resolveram integrar administrativamente Cabinda em Angola. Sempre actuaram, em termos territoriais de forma muito pragmática. Aliás, não fora a Conferência de Berlim onde Portugal para tentar proteger os seus territórios cedeu uma fatia para acesso do Congo ao mar, e nunca teria havido descontinuidade territorial entre Cabinda e o restante território de Angola. A meu ver esta é a altura para se implementar uma solução federativa para Angola. O caso do Brasil é uma demonstração do sucesso de tal solução. Também aqui houve tentativas de secessão e no entanto todos os diferendos se resolveram de forma adequada. Cabinda isolada será presa fácil para os países vizinhos, iniciará o processo de fragmentação tribal de Angola, processso este que se estenderá, como uma praga aos países vizinhos e dará certamente início a um novo período de guerras civis. Será bom para a rapaziada do petróleo e das armas. Ou seja, interessará muito boa gente mas certamente não interessará aos Africanos que tenham dois palmos de testa. Não é por acaso que a política Portuguesa, ao contrário do que se passou com Timor, anda a assobiar para o lado nesta questão de Cabinda. Para o MNE português a questão de Cabinda não existe".
2 comentários:
a questão de Cabinda existe sim!
Beijinho
Ainda se o dinheiro de Cabinda fosse utilizado para o bem do povo Angolano...
Todos fecham os olhos ao que se passa em Angola, porquê?
Onde está a moral dos que falam contra os Cabindas, quando sabem muito bem, o saque que ali é feito.
Querem uma solução para Cabinda, fácil, chama-se DESENVOLVIMENTO, e as pessoas sentirem que as suas riquezas são usadas para o seu desenvolvimento, aliás o mesmo se aplica aos Angolanos.
Deus lhes perdoe que eu não.
F.S
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