Os portugueses têm um coração grande e bondoso e, por isso, bastas vezes, acabam com uma lágrima no canto do olho. Em linha com esta bondade, estiveram no estádio da Luz, mais de 50 mil, num momento de recolha de fundos para a recuperação do Haiti. Foi o modo como naquele momento, um povo terno, convencido da sua razão, se mobilizou para ajudar gente que desde há longos anos não conta exactamente para nada. E será por isso que me fica uma dúvida. Receio que estes portugueses solidários e de coração derretido, desta feita, não tenham sabido bem ao que foram. Aliás, tenho cá em casa alguém que metodicamente registou exactamente essa minha dúvida, num simples desabafo: ” Será que o dinheiro vai mesmo chegar ao Haiti?.” Sendo esse o nó da questão, boa pergunta, claro está. Em boa verdade, eu também acho que não. Ou melhor, o que eu acho é que o dinheiro vai cair, mais uma vez, na caixa da Haliburton, a empresa que plana acima dos estados, que presta serviços para o Iraque e para o Afeganistão, como por exemplo, acções de reconstrução, segurança privada, ou fornece os alimentos para a tropa. E que tem com o lucro uma relação de tal modo trapaceira, que num dado momento não hesitou em fornecer alimentos estragos, e por via disso, conseguiu pôr a tropa no Iraque de caganeira. Uma empresa assim só pode ter rostos muito pouco filantrópicos, claro está.
Aliás, bem conhecidos, e de quem se diz, mansamente, serem os falcões da administração americana, ou a palavra encontrada por gente que tem o mau hábito de se colocar em posição de quatro patas, para branquear criminosos encartados, como o vice-presidente do chalado e analfabeto do Bush, os terroristas, Dick Chiney e o seu chefe militar, Rumsfeld, o amigo, que antes de sair, condecorou o “nosso” Portas. Estas personagens têm uma máxima cruel, mas acertiva: - do caos, nascem novas oportunidades. Como no Iraque, no Afeganistão e agora, porque a natureza se deu ao curso natural, no Haiti, com quem ninguém se preocupou em tempos idos e, muito menos, tão ilustres personalidades.
A estarmos perante um axioma, fica claro que aqueles portugueses que encheram o estádio da luz, se colocaram no papel de pombas, porque não me engano, se disser que o produto sincero dessa noite de bondade, vai cair na caixa desta gente muito pouco recomendável.
Está em curso um colossal branqueamento, porque não se contam as verdades, as histórias e factos e por isso, solicitado a contribuir, respondi que de parvo tenho pouco e que a idade já não me deixa espaço para o engano. E sabem porquê? Porque há muitos anos que ando avisado.
A estarmos perante um axioma, fica claro que aqueles portugueses que encheram o estádio da luz, se colocaram no papel de pombas, porque não me engano, se disser que o produto sincero dessa noite de bondade, vai cair na caixa desta gente muito pouco recomendável.
Está em curso um colossal branqueamento, porque não se contam as verdades, as histórias e factos e por isso, solicitado a contribuir, respondi que de parvo tenho pouco e que a idade já não me deixa espaço para o engano. E sabem porquê? Porque há muitos anos que ando avisado.
1 comentário:
Não esquecendo o escândalo das vacinas da gripe e do Tamiflu, coincidentemente do sr. Rumsfeld.
Está em todas!
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