quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Bandeira
É um braço de Fevereiro e outro de Novembro
que te içam.
Os nossos olhos sobem lentamente
a ver teu desfraldar a noite as cores antigas
o vermelho e o preto.
Bandeira catana de campesina luta
aliança na roda
dentada proletária força
sem fim até ao brilho sem limite
da estrela.
Eles vinham pelo norte e pelo sul
para estar hoje mas não chegaram.
E de ti o luar começa a ser inveja!
Olhamos-te bandeira agora
e vamos percorrer contigo este país
até semearmos Novembro em toda a parte.
Manuel Rui (poeta angolano, na imagem visto por Fernando Campos)
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