sexta-feira, 8 de julho de 2011

Os pífaros de Soares e Cameron

Augusto Alberto

O que dizer quando um vigarista chama vigarista a outro vigarista? Que quando se zangam as comadres se descobrem as verdades. É assim com Soares sobre Blair.
Ainda que a Soares tenhamos que acrescentar uma outra qualidade, a de pulha, porque à boleia do seu socialismo de rosto humano ou do socialismo em liberdade, fomos, em primeiro, anestesiados e depois conduzidos ao mais selvagem capitalismo, que nos está a arrancar o couro e o cabelo.

E a Blair, que ainda hoje se faz pagar muito bem pelas patranhas que continua a vender aos que como ele resfolgam na gamela comum, somar a qualidade de terrorista. Aliás, o mundo está a abarrotar de tipos que moldados e caldeados no pó da mentira, nos vão arrastando para a desgraça. E por isso, centremo-nos agora em David Cameron, actual primeiro-ministro inglês, que sucedeu a Brown, que por sua vez tinha sucedido a Blair. Disse recentemente Cameron: - sim senhor, negociar com os talibãs no Afeganistão, porque no meu país fizemos o mesmo, em referência à Irlanda. Ora Cameron sabe muito bem que Irlanda e Afeganistão não cabem no mesmo saco, e por isso, ao falar como falou, não passa também de outro vulgar e serôdio vigarista. Se não sabe, recomendo e a quem queira saber também, que leia o magistral romance, “O sonho do celta”, de outro sabido vigarista, infelizmente, Mário Vargas Losa, prémio Nobel da Literatura, que nos explica os amores pelos celtas e pela Irlanda e o modo como os ingleses lhes provocam dor no arrancar das vísceras.
Pena é que não exista tribunal penal internacional que julgue e sancione gente como esta, que ao mundo tanto mal tem feito. Antes pelo contrário. O sancionamento tem sido feito pelos povos, que usando um papel de 4 em 4 anos, vão democraticamente ao engano.
E por isso, até me poderão continuar a garantir que isto é a democracia, porque eu vou continuar a dizer que não, respondendo com um velho e popular ditado, hoje quase caído em desuso: Que ao caralho também se poderá chamar um pífaro.

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