Novos relatos de Londres, dizem que o regime castrista vive dias difíceis. Inclusive, comenta-se que um alto quadro do regime, de férias na paradisíaca ilha da Juventude, gritava e gesticulava: - pongam lá tropa en lá calle…enquanto aspirava mais ar, depois de uns momentos com a cabeça enterrada na areia, decerto, para não ver os factos. Alguns cubanos que por ali também andavam, diziam-lhe entretanto: - deixe-se lá de lamechices homem, nós só queremos, paz, pão e habitação.
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Fonte anónima, informa que jovens músicos cubanos, saídos do Conservatório de Música de Havana, rumaram até ao Malecon e sentados no largo muro, tocaram nos seus trompetes, clarinetes e flautas, modinhas de Sinatra como hinos à liberdade, enquanto, em frente, nas águas cálidas da baia de Havana, os parcos barcos da marinha cubana, rondam a Cidade, que continua agitada. Do largo da Baía, vê-se distintamente a forma furiosa como arde o bairro chinês. E disse quem viu, que em frente à Bodeguita del Meio, um velho cubano, desirmanado, com um charuto entre dentes e uma boina à Che, ainda lhes gritou: - ainda havereis de pagar bem pago por esta vossa ousadia.
Acordo e vou logo à janela tomar o ar dos campos do Mondego e inspirar a neblina da manhã. Um pouco atordoado, percebo que afinal tive um sonho difícil. A queimada não foi em Havana mas em Londres, como antes tinha sido em Paris. Afinal o homem cubano, não era cubano, mas um daqueles turistas Ingleses, com dinheiro para passar férias no Algarve, que entrevistado pelo nosso canal público de televisão, afirmou: - já na queimada de 1985, disse, se for caso disso, ponha-se o exército na rua para a caça aos desordeiros, após desenterrar a cabeça da areia.
Quer dizer, muito seriamente, que razão teve o Saramago, quando disse: -maior cego é aquele que não quer ver. E pior ainda, é acreditar que com papas e bolos se enganam eternamente os tolos, porque chegado o momento em que os tolos recusem a papa, então a cidades, (Londres, Paris, Madrid, Cairo, Tunes, Argel, Santiago do Chile e até Oslo), pegam fogo.
Isto sou eu a dizer, que sou um má língua.
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