Novos relatos de Londres, dizem que o regime castrista vive dias difíceis. Inclusive, comenta-se que um alto quadro do regime, de férias na paradisíaca ilha da Juventude, gritava e gesticulava: - pongam lá tropa en lá calle…enquanto aspirava mais ar, depois de uns momentos com a cabeça enterrada na areia, decerto, para não ver os factos. Alguns cubanos que por ali também andavam, diziam-lhe entretanto: - deixe-se lá de lamechices homem, nós só queremos, paz, pão e habitação.
Entretanto, mais relatos dizem que na Havana Velha, na praça onde param diariamente dezenas de alfarrabistas, houve um progon. Obras das mais importantes figuras da independência da América Latina, como Simão Bolívar, José Martí e Camilo Cienfuengos, por exemplo, voltearam pelo ar e foram queimadas numa enorme fogueira. Abaixo Fidel, e mierda para Che, ouviu-se. Entretanto as forças do regime, balançam na atitude a tomar.
Fonte anónima, informa que jovens músicos cubanos, saídos do Conservatório de Música de Havana, rumaram até ao Malecon e sentados no largo muro, tocaram nos seus trompetes, clarinetes e flautas, modinhas de Sinatra como hinos à liberdade, enquanto, em frente, nas águas cálidas da baia de Havana, os parcos barcos da marinha cubana, rondam a Cidade, que continua agitada. Do largo da Baía, vê-se distintamente a forma furiosa como arde o bairro chinês. E disse quem viu, que em frente à Bodeguita del Meio, um velho cubano, desirmanado, com um charuto entre dentes e uma boina à Che, ainda lhes gritou: - ainda havereis de pagar bem pago por esta vossa ousadia.
Acordo e vou logo à janela tomar o ar dos campos do Mondego e inspirar a neblina da manhã. Um pouco atordoado, percebo que afinal tive um sonho difícil. A queimada não foi em Havana mas em Londres, como antes tinha sido em Paris. Afinal o homem cubano, não era cubano, mas um daqueles turistas Ingleses, com dinheiro para passar férias no Algarve, que entrevistado pelo nosso canal público de televisão, afirmou: - já na queimada de 1985, disse, se for caso disso, ponha-se o exército na rua para a caça aos desordeiros, após desenterrar a cabeça da areia.
Quer dizer, muito seriamente, que razão teve o Saramago, quando disse: -maior cego é aquele que não quer ver. E pior ainda, é acreditar que com papas e bolos se enganam eternamente os tolos, porque chegado o momento em que os tolos recusem a papa, então a cidades, (Londres, Paris, Madrid, Cairo, Tunes, Argel, Santiago do Chile e até Oslo), pegam fogo.
Isto sou eu a dizer, que sou um má língua.
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