quarta-feira, 6 de março de 2013

Carta a uma quadrilheira


Augusto Alberto
   

Quem não quer ser cabra, não lhe veste a pele. Será, Yoani Sanchez, que uma má distribuição da riqueza na ilha pobre, te deram os cabedais necessários que te permitem degustar a traição? Não creio, porque a repartição tem critérios rígidos. Então de onde chegam? Seguramente da máfia de Miami e de um gabinete do departamento do estado, especializado em apoiar quadrilheiro(a)s.
E de que direitos humanos falas? Exigir que se cumpra sucessivas deliberações aprovadas na ONU, que condenam os Estados Unidos pelo néscio embargo económico à ilha onde nasceste? Exigir que, em definitivo, deixem Guantanamo, o nicho de terra aprisionado no teu país? Nem pensar! Vais, sim, conspirar contra a terra onde nasceste, que a ter sucesso, te recompensará. Ou talvez não! Deu-se o caso, há muitos anos, um degustado dissidente, como Solzenitzin, ter sido vomitado. Informas, que irás ao México falar de direitos humanos. Como? Serão estes? A Human Rights Watch, denuncia 149 casos de “desaparecimentos forçados” no México, ao longo dos últimos seis anos da presidência de Filipe Calderon, e nos quais estão envolvidos o Exército, a Marinha, a polícia federal ou polícias estaduais ou municipais. Na plateia, hipócrita, vão estar do mesmo passo, assassinos e um Estado incapaz de proteger os seus cidadãos. Mas deixa que aprofunde o verbo. Em algum momento, em Cuba, tua terra, te viste na contingência de desaparecer à semelhança dos cidadãos mexicanos referidos? Imagino ver-te rufiar o cenho, e dizer, talvez! Mas não foste, porque andas por ai num papelinho! Adiante por S. Paulo!
Mas não é na grande metrópole que se matam pessoas e polícias, como se se tratasse da mais pacífica traquinice? E pela Espanha? Se os mortos falassem, alguns dir-te-iam que foram vítimas do modelo social e económico que andas por ai a aconselhar. Nessa decrépita monarquia, Yoani, há gente sem emprego, pão e habitação e branca, muito branca corrupção, pelo que uma linha estreita a separa do colapso. E saberás que na República Checa, foram construídas prisões, estritamente, para amedrontar prisioneiros de guerra, e pela Alemanha e Itália, passaram aviões carregados de prisioneiros com destino ao chicote e ao duche frio de Guantánamo?
Concluirás o périplo nos Estados Unidos. Com efeito, esperam-te gangsters. Cuidado, não te convide Pousada Carriles, para uma bombinha aqui, outra ali. Fazes-te de sonsa, mas não passas de uma galdéria. Acabada a função, serás encontrada com o ventre dilatado nas águas cálidas do golfo, que é o modo como se paga a quadrilheiras. De que direitos humanos falas, cachopa?

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