segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Estala o verniz e salta o gás

Augusto Alberto


Bom dia! Os mais velhos lembrar-se-ão do pirolito com gás e berlinde no interior da garrafa, que somado a outros, de tamanhos e cores diferenciadas, fizeram as delícias da ganapada. Contudo, não me recordo de alguma vez ter tido um berlinde cor-de-rosa. Por ventura, o rosa, na altura, era coisa de meninas e por isso, não era a cor magnética, que após a revolução atraiu muitos milhares de portugueses para a demagogia e uma existência material miserável.
De todo o modo, o berlinde do pirolito, em regra, era nodoso e por isso era sempre o primeiro a ser dado à voracidade do rei dos berlindes. O abafador! E neste instante, pergunto, porque me ocorre lembrar do pirolito com bola? Porque li uma coisa assim: "eu sou o chefe que a direita sempre desejou ter". Bravo, José Sócrates! Bem sei que esta é uma frase cruel. Vinda de Sócrates, o menino de ouro do Partido Socialista, só por si, captura o corpo nodoso do berlinde do pirolito de há 60 anos.
Tal como ele, Sócrates é o tipo nodoso de hoje, ao ponto de estar disponível para ser capturado pela direita, espécie moderna do berlinde abafador. Aqui não há apostasia, mas simples verdade. E contas feitas, a direita por ventura resignada ao insucesso dos actuais “pretos”, começa a perscrutar a alternativa capaz de manter o assalto à nação. E quanto ao rosa? Sócrates, afinal, é maricas ou não? Do ponto de vista político, sem dúvida. Sócrates e o seu P.S. romperam com a ordem colorida dos berlindes. No passado, não existindo berlindes rosas, o rosa nunca foi capturado, mas hoje, o rosa político, está sistematicamente a ser capturado pelo lado mais mariconso, negro, hostil e perverso da vida ideológica e política da nação.
Tenho pena que os militantes do Partido Socialista não tenham ainda percebido a batota. E se não percebem, é sempre bom recordar e perguntar. O que foram fazer Seguro e Portas à reunião anual do Clube Bilderberg, em Londres, na primavera passada? O que foram fazer! É que os malvados do clero e da nobreza que comandam o mundo, têm demasiado traquejo na arte de substituir um “preto” por outro “preto”, para que tudo fique na mesma, quando o de serviço começa a tropeçar no recado, como quer “Balsemão”, o manhoso que na pátria indica os sobas.

Essa foi experiência adquirida no fausto do colonialismo, porque na verdade, todos somos filhos de uma democracia menor. Pesquisem sobre África e logo perceberão a política da substituição.

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