Augusto Alberto
Bom dia! Os mais velhos lembrar-se-ão do pirolito com gás e
berlinde no interior da garrafa, que somado a outros, de tamanhos e cores
diferenciadas, fizeram as delícias da ganapada. Contudo, não me recordo de
alguma vez ter tido um berlinde cor-de-rosa. Por ventura, o rosa, na altura,
era coisa de meninas e por isso, não era a cor magnética, que após a revolução
atraiu muitos milhares de portugueses para a demagogia e uma existência
material miserável.
De todo o modo, o berlinde do pirolito, em regra, era nodoso
e por isso era sempre o primeiro a ser dado à voracidade do rei dos berlindes.
O abafador! E neste instante, pergunto, porque me ocorre lembrar do pirolito
com bola? Porque li uma coisa assim: "eu
sou o chefe que a direita sempre desejou ter". Bravo, José Sócrates! Bem sei que esta é uma frase cruel.
Vinda de Sócrates, o menino de ouro do Partido Socialista, só por si, captura o
corpo nodoso do berlinde do pirolito de há 60 anos.
Tal como ele, Sócrates é o tipo nodoso de hoje, ao ponto de
estar disponível para ser capturado pela direita, espécie moderna do berlinde
abafador. Aqui não há apostasia, mas simples verdade. E contas feitas, a
direita por ventura resignada ao insucesso dos actuais “pretos”, começa a
perscrutar a alternativa capaz de manter o assalto à nação. E quanto ao rosa?
Sócrates, afinal, é maricas ou não? Do ponto de vista político, sem dúvida.
Sócrates e o seu P.S. romperam com a ordem colorida dos berlindes. No passado,
não existindo berlindes rosas, o rosa nunca foi capturado, mas hoje, o rosa
político, está sistematicamente a ser capturado pelo lado mais mariconso,
negro, hostil e perverso da vida ideológica e política da nação.
Tenho pena que os militantes do Partido Socialista não
tenham ainda percebido a batota. E se não percebem, é sempre bom recordar e
perguntar. O que foram fazer Seguro e Portas à reunião anual do Clube Bilderberg,
em Londres, na primavera passada? O que foram fazer! É que os malvados do clero
e da nobreza que comandam o mundo, têm demasiado traquejo na arte de substituir
um “preto” por outro “preto”, para que tudo fique na mesma, quando o de serviço
começa a tropeçar no recado, como quer “Balsemão”, o manhoso que na pátria
indica os sobas.
Essa foi experiência adquirida no fausto do colonialismo,
porque na verdade, todos somos filhos de uma democracia menor. Pesquisem sobre
África e logo perceberão a política da substituição.
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