sábado, 5 de abril de 2008

E sempre que Abril aqui passar*… (I)

Em 2007, António Agostinho, no seu blog “Outra Margem”, evocou o 25 de Abril com textos sobre figuras figueirenses que desempenharam papel relevante pela Democracia e na luta anti-fascista. Colaborei nessa iniciativa com textos sobre Mestre José Ribeiro e os meus camaradas João Vilela e Guige Baltar.
Entre outros, que ele relembrou, contam-se Ruy Alves, Melo Biscaia, bem como dois amigos muito especiais, José Martins e Joaquim Namorado. Pedro Biscaia escreveu sobre Leitão Fernandes, e o texto sobre Agostinho Saboga, foi escrito pelo seu neto. Gente que, de uma maneira ou doutra, deu o seu contributo para a luta que se impunha. Gente a quem nós, e os que nunca souberam, e os que nem imaginam o que foi aquele tempo, devemos, maior ou menor, uma fatia da liberdade que vamos vivendo. E com quem estamos em dívida.
Vale a pena uma visita ao “Outra Margem”. Em Abril de 2007. Quanto mais não seja, porque é necessário preservar a memória.
Aqui e agora, Abril de 2008, evocarei a data libertadora com um tributo ao amigo, ao camarada, a esse “purista do verbo que concebia o jornalismo como uma arte e uma missão nobre”. E, repito-me, nome maior do jornalismo figueirense.
Recordaremos, ao longo de Abril, a pena do saudoso José Martins.



*O título da evocação do 25 de Abril é retirado de um verso de uma canção de José Mário Branco, "Eu vim de longe".

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