domingo, 6 de julho de 2008

Ingrid e as FARC


Pelo aspecto demonstrado, denunciando estar em boas condições físicas e mentais após 6 anos de cativeiro, não me parece que Ingrid Betancourt tivesse sido muito mal tratada pelos “terroristas” das FARC. Sente-se muito bem e feliz, palavras da senhora.
Mas folgo saber, e regozijo-me, pelo facto dela ter chorado durante os anos de cativeiro e agora só chorar lágrimas de alegria. E, mais, também fico feliz por ela ter encontrado na selva como animais mais perigosos os homens que andavam armados. Isto é obra, numa selva cuja fauna se compõe de pumas, onças ou crocodilos.
Porque, raptada durante uns anos ela teve sempre a esperança, ou mesmo quase certeza, de um dia ser libertada.
A esperança que teve e as lágrimas que derramou, foram coisa que nunca tiveram nem derramaram, nem têm nem derramam, os sindicalistas, os comunistas, ou quem quer que seja que se oponha ao regime do terrorista, narcotraficante e lacaio Uribe, e que foram ou são torturados e assassinados. Só em 2006 foram 144 sindicalistas assassinados.
Esses nunca terão hipótese de ver como bichos mais perigosos homens que andam armados. Mesmo os que estão nas prisões não têm a esperança de serem libertados.

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