quinta-feira, 5 de março de 2009

Da utilidade da arte

Sempre fui dos que entenderam que a Arte não é só uma mera forma de expressão, de representação pura e simples da realidade. Possui também uma componente funcional, acompanhando sempre a evolução da sociedade onde está inserida. Ora, acabo de ter uma experiência de como a arte também tem um lado didáctico.
Experiência com dois casos relacionados com o grande e empolgante comício em que se transforma sempre um congresso de qualquer partido burguês que se preze.
O primeiro foi o congresso em si mesmo. Confesso que não percebi rien de rien do que eles andavam ali a fazer, por muita atenção que prestasse às televisões. Não falavam de coisa nenhuma importante e que dissesse respeito à grande maioria das pessoas, coisas como o código de trabalho, o emprego precário, os baixos salários, as pensões ridículas, a desvalorização do trabalho, a corrupção que por aí grassa, das Pontes galantes, dos freeports... etc, pois nunca mais daqui sairia. Teríamos de passar pelos problemas na Saúde, na Educação...
Foi então que um excelentíssimo cartoonista me fez um resumo do dito congresso, bastante sintetizado diga-se de passagem, mas que deu à vontade para eu perceber o que então se tinha passado. Foi Henrique Monteiro, a quem deixo os meus sinceros agradecimentos. Ora, aqui está:



Bem, continuemos para bi…, desculpem, continuemos para o segundo caso:
José Sócrates, o actual primeiro-ministro, diz que decidiu recandidatar-se para “travar um combate decisivo pela decência na vida democrática”. Fiquei perplexo como, aliás, qualquer um de vocês. É que nem sabia se havia de rir se de chorar. A minha sorte é que apareceu um outro excelentíssimo cartoonista que me elucidou sobre tal questão, pois de política, como já deixei a entender, não percebo patavina. O cartoon, que vai já a seguir, da autoria de Fernando Campos, até tem um link para o caso de não entendermos muito bem a figura de estilo.

Ver aqui o que diz a este respeito a Gramática de língua Portuguesa

E pronto. Fiquei elucidado, mas também fiquei um pouco estarrecido, pois isto de imitar o grande poeta deve trazer água no bico. Se o hábito se tornar rotineiro o meu medo irá intensificar-se. Como se sabe o grande poeta era derramadinho para andar à traulitada por dá cá aquela palha.

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