por Augusto Alberto
Ao passar outro dia pelas muralhas de Buarcos, que é lugar dos meus passos diários, deparo-me com um estaleiro de obra e cheirou-me a coisa nova. Talvez em definitivo venham retirar aquelas pedras enormes que suportaram a estrada por cima das muralhas e recolocar o pano original que há uns anos arreou, pensei. Engano! Afinal, foi-me explicado, que se trata de uma intervenção no piso superior da muralha no sentido de ali se fazer um meio percurso pedonal, com circulação automóvel de uma só via, usando materiais mais próximos dos originais, como os paralelos, naquele lugar superior, que foi local de resistência contra quem regularmente pirateava as gentes, que resistiu também às invasões napoleónicas, e que hoje é um magnifico miradouro de observação do oceano, do areal, do molhe e da cidade. Aliás, a obra é para começar já, claro está, com paragem pelo Verão, e tem prazo para acabar no dia 30 Setembro. Sopa no mel, bem se vê.
Pessoa com quem partilho com alguma regularidade informações sobre pessoas, casos e coisas cá do burgo, mostrou-se surpreendida pelo tempo da obra, dado que, disse-me ela, numa altura em que o Presidente anda aos papeis com dinheiros, porque primeiro a crise, claro está, e depois, porque desgraçadamente o engenheiro ainda anda a apanhar as canas do foguetório lançado pelo outro, a Câmara atreve-se a lançar obra nova. Chegamos ao tempo em que a pescadinha anda com rabo na boca, está bom de ver. É tempo de eleições. E além do mais, das duas, uma, ou o empreiteiro tem a certeza de receber o dinheiro, com maior ou menor dificuldade, ou então, não sendo o primeiro nem o último, já está preparado para a falência, disse-lhe. Aqui chegados, estamos perante um golpe de fina estratégia, que vai deixar muito boa gente posicionada na área da direita embaraçada. Afinal, o actual Presidente da Câmara poderá não desistir e então, começa a posicionar-se para renovar a candidatura. Será? Como os lugares são poucos, é de esperar fartos golpes e contra golpes, em razão directa dos apetites.
Quanto aos outros, vem de novo no jornal, que a solução poderá muito bem vir de fora. Alguém com peso na estrutura partidária, mas muito menos do que o peso dos blocos de que se vai fazendo o prolongamento do molhe norte, claro está…Se assim for, mais um que da Figueira então, só conhece o areal e mais uma vez os cidadãos desta terra farão o papel de Figueirinhas. Virá um doutor, a modos como um D. Sebastião, figurinha sem canudo e sorte, sabemo-lo, e dir-nos-á, cá estou, votai em mim…
Vai entrar a Primavera, virá o Verão, subirá o calor nos dias das festas do S. João e depois se verá como vamos de temperatura até ao final do Outono. Mas, bom golpe Presidente. Antes o quero a si do que outro qualquer mafarrico. Pelo menos é afável e de fina simpatia, ainda que para estas coisas, não é que chegue, mas já é alguma coisinha.
Ao passar outro dia pelas muralhas de Buarcos, que é lugar dos meus passos diários, deparo-me com um estaleiro de obra e cheirou-me a coisa nova. Talvez em definitivo venham retirar aquelas pedras enormes que suportaram a estrada por cima das muralhas e recolocar o pano original que há uns anos arreou, pensei. Engano! Afinal, foi-me explicado, que se trata de uma intervenção no piso superior da muralha no sentido de ali se fazer um meio percurso pedonal, com circulação automóvel de uma só via, usando materiais mais próximos dos originais, como os paralelos, naquele lugar superior, que foi local de resistência contra quem regularmente pirateava as gentes, que resistiu também às invasões napoleónicas, e que hoje é um magnifico miradouro de observação do oceano, do areal, do molhe e da cidade. Aliás, a obra é para começar já, claro está, com paragem pelo Verão, e tem prazo para acabar no dia 30 Setembro. Sopa no mel, bem se vê.
Pessoa com quem partilho com alguma regularidade informações sobre pessoas, casos e coisas cá do burgo, mostrou-se surpreendida pelo tempo da obra, dado que, disse-me ela, numa altura em que o Presidente anda aos papeis com dinheiros, porque primeiro a crise, claro está, e depois, porque desgraçadamente o engenheiro ainda anda a apanhar as canas do foguetório lançado pelo outro, a Câmara atreve-se a lançar obra nova. Chegamos ao tempo em que a pescadinha anda com rabo na boca, está bom de ver. É tempo de eleições. E além do mais, das duas, uma, ou o empreiteiro tem a certeza de receber o dinheiro, com maior ou menor dificuldade, ou então, não sendo o primeiro nem o último, já está preparado para a falência, disse-lhe. Aqui chegados, estamos perante um golpe de fina estratégia, que vai deixar muito boa gente posicionada na área da direita embaraçada. Afinal, o actual Presidente da Câmara poderá não desistir e então, começa a posicionar-se para renovar a candidatura. Será? Como os lugares são poucos, é de esperar fartos golpes e contra golpes, em razão directa dos apetites.
Quanto aos outros, vem de novo no jornal, que a solução poderá muito bem vir de fora. Alguém com peso na estrutura partidária, mas muito menos do que o peso dos blocos de que se vai fazendo o prolongamento do molhe norte, claro está…Se assim for, mais um que da Figueira então, só conhece o areal e mais uma vez os cidadãos desta terra farão o papel de Figueirinhas. Virá um doutor, a modos como um D. Sebastião, figurinha sem canudo e sorte, sabemo-lo, e dir-nos-á, cá estou, votai em mim…
Vai entrar a Primavera, virá o Verão, subirá o calor nos dias das festas do S. João e depois se verá como vamos de temperatura até ao final do Outono. Mas, bom golpe Presidente. Antes o quero a si do que outro qualquer mafarrico. Pelo menos é afável e de fina simpatia, ainda que para estas coisas, não é que chegue, mas já é alguma coisinha.
2 comentários:
Mas ninguém comenta este excelente post?!
Bela também a foto! Que saudades tenho de aí passar uns dias de férias!
Beijinho
Isto é uma cidade de anónimos, por isso é que ninguém comenta o que diz respeito a todos.
É a Figueira da Foz, "tout court".
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