terça-feira, 23 de junho de 2009

Um novo estádio para investir? (Croniqueta futebolístico-imobiliária)




Não sou propriamente um entendido em futebol. Nem sequer sou o que se chama treinador de bancada. Sou mais treinador de sofá.
Mas há dias, através de alguns blogues, tive conhecimento de que o presidente da Naval defendeu que “a falta de um estádio é o principal travão ao investimento”.
Como isto ultrapassa o real domínio do pontapé no coiro, atrevo-me a dizer que um novo estádio é, já por si, um investimento. E, no caso da Naval seria, na compreensão que tenho da coisa, escusado por vários motivos: primeiro, porque o actual, melhorado quando da subida da Naval à 1ª Liga, tem condições satisfatórias, tanto que ainda não há muito tempo foi palco de um jogo internacional. Segundo, a capacidade do estádio atinge os 12.000 lugares e, como é sabido, a assistência média por jogo não atinge as mil almas. Ao que julgo saber nem o FC Porto nem o Sporting o conseguiram lotar. O único que o consegue é o Benfica, mas com seis milhões de adeptos também era melhor que o não conseguisse. O azar é que o “glorioso” só cá vem jogar uma vez por época, duas se calhar uma eliminatória para a Taça de Portugal.
Agora, antes de pensar no que não faz falta, os navalistas deveriam ter duas preocupações. Seriam as minhas se fosse navalista. Sem as enumerar por ordem de prioridades, passo a citá-las:
A construção de uma sede social, porque desde o incêndio em Julho de 1997 nunca me apercebi de alguma preocupação dos dirigentes do clube nesse sentido. É uma urgência.
A outra seria uma política correcta para o futebol de formação. Isso sim, seria um investimento. A muitos níveis. Desde a alimentação do plantel profissional, que seria composto a um preço mais barato e levaria mais gente ao estádio pois iriam ver jovens figueirenses, passando pela possibilidade de vender jogadores, o que constituiria uma mais-valia na aquisição de receitas. Mas o que nos é dado ver é isto.
E, já agora, quanto ao jogo de magistrados, este poderá ser contraproducente para um dos candidatos à Câmara Municipal…
A menos que, para manter o equilíbrio democrático, e aquela coisa de oportunidades iguais, se empreste o relvado para um jogo de professores, já que a candidata da CDU é professora. Assim eles podiam, sei lá, fazer um jogo entre socretinos fura-greves e os outros. E também para um jogo de engenheiros. Mas aqui os candidatos Duarte Silva e Daniel Santos teriam de jogar na mesma equipa. São ambos independentes.

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