Augusto Alberto
Se por cá andasse, Camilo Castelo Branco haveria de continuar a falar sobre a velha corja, porque ela vai continuar a atacar. Mas também Guerra Junqueiro, falaria da “viajem à roda da Parvónia”, porque é tudo o que nos saiu, mais uma vez, destas eleições.
Primeiro, porque se fez vender a ideia de que o parlamento não tem corpo e voz própria, para melhor se poder reinar. Que se acabe então com o parlamento e se eleja logo directamente o 1º ministro e pronto, escusamos de ter estes deputados e esta maçada eleitoral.
Depois, porque começou a aritmética, ou seja, como somar para que a corja se continue a governar. Afinal, a coisa mudou um pouco, mas tudo vai ficar na mesma. E desse modo, já ouvi e li, falar num entendimento do Partido Socialista com o partido do deputado Portas. O deputado Portas, um celibatário nos géneros, parece que do ponto de vista político se prepara, ao que parece, para dar o nó, com o Partido Socialista, a fazer fé no Chico Van Zeller. Com papas e bolos se enganam os tolos e pelos vistos, o deputado Portas, quando mudou de partido democrata cristão para um partido “meio espertalhão”, de tanto papaguear, acertou e prepara-se para dar o conforto político que os amigos do Chico necessitam. Porque se o Chico Van Zeller assim o diz, assim se fará, aliás, em linha com o que de pior se fez no que diz respeito ao código do trabalho, essa coisa responsável por graves distorções na vida individual das pessoas, e não sou eu que o digo, mas gente que essas coisas estuda. Se o ministro Vieira da Silva, seu bom amigo, lhe deu ouvidos naquele instante, bem certo lhe dará ouvidos de novo.
A corja porque não é trouxa, sabe bem o que faz e como o faz.
Conseguiu à custa de traquinices o seu grande objectivo, ainda que com um pequeno custo. Manter o Partido Socialista como poder, agora, bem garroteado pelo CDS, a fazer fé na vontade do Chico Zeler, porque aquela gente do PPD/PSD está hoje completamente insane. Mas houve um pequeno engano. O Bloco de Esquerda, que foi criado para morder no PCP, acaba antes por morder no seu criador, porque acolheu os chateados urbanos e por isso, em breve veremos como se vai matar o Bloco, pois então. E ao contrário, contra muitos esforços, a CDU, única força escorreita e séria do xadrez político, acaba mais uma vez, laboriosamente, a consolidar o seu campo, numa luta desigual, ainda que muita gente considere que os comunistas são coisa má.
Afinal, não foi Jerónimo quem fez as considerações mais certas, que só por maldade não se amplificaram? Quem disse, por exemplo, que uma parte dos lucros da EDP poderia simplificar a vida às pessoas e empresas, as pequenas, sobretudo, de que o esperto do Portas agora se lembrou? Esta foi daquelas que a corja calou, porque esta gente foge como o diabo da cruz, quando se trata de ouvir dizer, vá lá, reparta-se um poucochinho a riqueza.
Guerra Junqueiro disse que este Povo é sisudo e sempre disponível para ser ultrajado. É um atavismo e isso faz as delícias da corja.
E eu, em conversa amena, já no rescaldo do dia, à volta dos restos do leitão, ainda disse para a mesa: - ainda hão-de os mais novos um dia de pagar para trabalhar, e logo dois companheiros acrescentaram: -sabemos quem cedeu terrenos e pelo menos um deles, a mulher, a troco do emprego.
Que dizer? Que a corja vai continua a andar à volta da parvónia.
Se por cá andasse, Camilo Castelo Branco haveria de continuar a falar sobre a velha corja, porque ela vai continuar a atacar. Mas também Guerra Junqueiro, falaria da “viajem à roda da Parvónia”, porque é tudo o que nos saiu, mais uma vez, destas eleições.
Primeiro, porque se fez vender a ideia de que o parlamento não tem corpo e voz própria, para melhor se poder reinar. Que se acabe então com o parlamento e se eleja logo directamente o 1º ministro e pronto, escusamos de ter estes deputados e esta maçada eleitoral.
Depois, porque começou a aritmética, ou seja, como somar para que a corja se continue a governar. Afinal, a coisa mudou um pouco, mas tudo vai ficar na mesma. E desse modo, já ouvi e li, falar num entendimento do Partido Socialista com o partido do deputado Portas. O deputado Portas, um celibatário nos géneros, parece que do ponto de vista político se prepara, ao que parece, para dar o nó, com o Partido Socialista, a fazer fé no Chico Van Zeller. Com papas e bolos se enganam os tolos e pelos vistos, o deputado Portas, quando mudou de partido democrata cristão para um partido “meio espertalhão”, de tanto papaguear, acertou e prepara-se para dar o conforto político que os amigos do Chico necessitam. Porque se o Chico Van Zeller assim o diz, assim se fará, aliás, em linha com o que de pior se fez no que diz respeito ao código do trabalho, essa coisa responsável por graves distorções na vida individual das pessoas, e não sou eu que o digo, mas gente que essas coisas estuda. Se o ministro Vieira da Silva, seu bom amigo, lhe deu ouvidos naquele instante, bem certo lhe dará ouvidos de novo.
A corja porque não é trouxa, sabe bem o que faz e como o faz.
Conseguiu à custa de traquinices o seu grande objectivo, ainda que com um pequeno custo. Manter o Partido Socialista como poder, agora, bem garroteado pelo CDS, a fazer fé na vontade do Chico Zeler, porque aquela gente do PPD/PSD está hoje completamente insane. Mas houve um pequeno engano. O Bloco de Esquerda, que foi criado para morder no PCP, acaba antes por morder no seu criador, porque acolheu os chateados urbanos e por isso, em breve veremos como se vai matar o Bloco, pois então. E ao contrário, contra muitos esforços, a CDU, única força escorreita e séria do xadrez político, acaba mais uma vez, laboriosamente, a consolidar o seu campo, numa luta desigual, ainda que muita gente considere que os comunistas são coisa má.
Afinal, não foi Jerónimo quem fez as considerações mais certas, que só por maldade não se amplificaram? Quem disse, por exemplo, que uma parte dos lucros da EDP poderia simplificar a vida às pessoas e empresas, as pequenas, sobretudo, de que o esperto do Portas agora se lembrou? Esta foi daquelas que a corja calou, porque esta gente foge como o diabo da cruz, quando se trata de ouvir dizer, vá lá, reparta-se um poucochinho a riqueza.
Guerra Junqueiro disse que este Povo é sisudo e sempre disponível para ser ultrajado. É um atavismo e isso faz as delícias da corja.
E eu, em conversa amena, já no rescaldo do dia, à volta dos restos do leitão, ainda disse para a mesa: - ainda hão-de os mais novos um dia de pagar para trabalhar, e logo dois companheiros acrescentaram: -sabemos quem cedeu terrenos e pelo menos um deles, a mulher, a troco do emprego.
Que dizer? Que a corja vai continua a andar à volta da parvónia.
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