quarta-feira, 3 de março de 2010

Os zigue-zagues de uma barata tonta

Não foi a primeira vez que o deputado à Assembleia Municipal Nelson Fernandes deixou a bancada socialista a falar sozinha com as suas contradições. Movidas, claro, por interesses privados e muitas vezes perigosos. Digamos que neste capítulo a tarefa de Nelson não é muito difícil, e é por vezes até divertida.
Mas desta vez, pelo que leio em alguns blogues, ficou a descoberto, se já não estava, a falta de ideologia e de norte de um partido que se diz de esquerda, traduzidas na sua política de difícil sustentação.
Porque é difícil mesmo defender a aniquilação do Serviço Nacional de Saúde, a perda de valências em hospitais distritais, com o objectivo de favorecimento à medicina privada.
E perante uma moção apresentada contra o encerramento do Serviço de Oncologia do HDFF os “socialistas” reagiram como baratas tontas, não sabendo se haviam de defender a sua própria política ou se haveriam de dar espaço ao bom senso. Foram imbuídos pelo independente que os lidera na Câmara a terem um pouco de tininho. Tiveram-no sim senhora. Hipocritamente ou não, agora não interessa.
O deputado da CDU não fez mais do que ser coerente com a política da coligação que representa, tendo defendido as ideias e os interesses quer dos que nele votaram quer da maioria da população. Quando do encerramento da maternidade, em 2006, foi a CDU a força mais visível, senão a única a lutar. Já em 2001 o “ps” tentou encerrar as urgências. Foi a CDU que se mexeu. É importante não termos a memória curta.
A culpa não será toda destes cafres que nos governam. Quem votou neles deverá proceder a uma reflexão muito séria, sob pena de poderem ser responsabilizados, eticamente claro, do estado do país.
Porque com freportes, faces ocultas e outras quejandices os que neles votam não ganham nenhum.

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