sábado, 21 de agosto de 2010

O campo da morte lenta (2)

O jornalista e investigador cabo-verdiano José Vicente Lopes esclareceu à Lusa que a expressão "Tarrafal era um paraíso" foi utilizada por um dos emissários da Cruz Vermelha Internacional (CVI) de visita ao Campo de Trabalho de Chão Bom (CTCB) em novembro de 1971.
A expressão "paraíso" foi utilizada pelo autor numa entrevista ao jornal Expresso, a propósito do seu novo livro, na passada semana e provocou um coro de críticas de ex-prisioneiros.
"Não fui eu, até porque não tenho autoridade para tal. Como vinham outras missões, comparando o Campo de Concentração do Tarrafal com as outras prisões que Portugal tinha em Angola, Moçambique e Guiné, um dos emissários da CVI exclamou que o `Tarrafal era um paraíso`", disse.
São as chamadas desculpas de mau pagador. Só pergunto o que o dito senhor tem de jornalista e de investigador. Haja vergonha!!!

2 comentários:

Fernando Samuel disse...

E se o emissário da CVI rivesse dito «o arrafal era um inferno», ele teria repetido a dirmação?...

Um abraço.

alex campos disse...

Tenho dúvidas. O senhor em causa deve ter um bom "cachet". Um jornalista ou um investigador que se preze deve saber destrinçar as fontes, aquilatá-las. Estou convencido que há má fé da parte dele.

abraço